Tópico: França passa a negar nacionalidade a homem que força mulher a usar véu

[Unknown]

França passa a negar nacionalidade a homem que força mulher a usar véu

O primeiro-ministro da França, François Fillon, anunciou nesta quarta-feira que assinou um decreto negando a naturalização de um estrangeiro que obriga a mulher, que é francesa, a usar um véu semelhante a uma burka.

Em entrevista à rádio "Europe 1", Fillon explicou que assinou o decreto porque há uma lei que diz que qualquer um que não aceitar os princípios do laicismo e da igualdade entre homens e mulheres terá a aquisição da nacionalidade francesa negada.

Segundo o premiê, já que obriga a mulher a vestir uma espécie de burka, o homem em questão "não merece a nacionalidade francesa".

O decreto assinado por Fillon tinha sido proposto pelo ministro da Imigração, Eric Besson. Este argumentou que, durante "a pesquisa regulamentar e a entrevista prévia", foi constatado que o solicitante "obrigava a mulher a vestir um véu de corpo inteiro".

Esse homem, de acordo com a versão de Besson, "privava a mulher da liberdade de sair com o rosto descoberto e rejeitava os princípios de laicismo e da igualdade entre homens e mulheres".

O decreto negando a naturalização do homem é assinado uma semana depois de uma comissão parlamentar encarregada de estudar a regulação do uso do burka na França ter recomendado a proibição da peça no funcionalismo público.

Os legisladores da mesma comissão também propuseram ao Parlamento que aprove uma resolução condenando o uso da burka, classificada como "contrária aos valores da República".

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/02/03/premie+frances+decide+negar+nacionalidade+a+homem+que+forca+mulher+a+usar+veu+9385676.html

[Felius]

Bem, se estava realmente forçando a mulher a usar o véu, acho razoável a decisão, até uma ação policial poderia ser adequada.

Mas que é uma decisão suspeita, isso é. Tem fedor pesado de preconceito.

[DDV]

Acho que a questão é mais simbólica: independente do uso do véu ou burka ser forçado ou não, constitui um símbolo vívido da opressão das mulheres. Daí a proibição, pois seu uso soaria como uma "propaganda" ou promoção da opressão.

Algo semelhante ocorre com os símbolos nazistas: embora o uso e distribuição dos mesmos não seja algo nocivo em si mesmo e não constituam atentados à liberdade de ninguém, eles são fortes símbolos do racismo, daí sua restrição em diversos países.

Em minha opinião, não devemos ser tolerantes com a intolerância. Em outras palavras, deve haver direito de expressão irrestrito, EXCETO para idéias que ameacem a própria liberdade e direito de expressão.

[Unknown]

E se a mulher resolve optar por usar um véu ou burca? Como isso poderia ser considerado opressão?

[DDV]

E se a mulher resolve optar por usar um véu ou burca? Como isso poderia ser considerado opressão?

Não seria opressão.

[Unknown]

E se a mulher resolve optar por usar um véu ou burca? Como isso poderia ser considerado opressão?

Não seria opressão.

Então porque proibi-la de usá-lo?

[FxF]

Em minha opinião, não devemos ser tolerantes com a intolerância. Em outras palavras, deve haver direito de expressão irrestrito, EXCETO para idéias que ameacem a própria liberdade e direito de expressão.

Esses paradoxos sempre me esquentam a cabeça... liberdade de expressão, exceto quando a liberdade de expressão está sendo reprimida. Mas dentro de uma interpretação, essa excessão já é uma repressão da liberdade de expressão, e portante falar em excessões a liberdade de expressão deveria ser reprimido?

[Pandora]

Há um modo mais simples de pensar nesse caso em especial. Se esse homem quer se naturalizar francês, então ele deve aceitar as regras da França! Se não gostar delas, procure outro país!

[DDV]

E se a mulher resolve optar por usar um véu ou burca? Como isso poderia ser considerado opressão?

Não seria opressão.

Então porque proibi-la de usá-lo?

Talvez seja pelo SÍMBOLO de opressão que ela representa. É mais ou menos como proibir um negro de usar símbolos racistas.

Os caras lá consideram o burca/véu um símbolo da opressão feminina (pelo menos é o que eu acho). Mesmo que a mulher realmente queira usá-lo, quem garante que não está usando-o sob pressão? (às vezes até sob pressão, inconsciente ou não, de valores anti-femininos internalizados pela própria mulher). Eles proibem de vez para garantir.

[Derfel]

Para mim isso tem mais a ver com argelinos e o medo de uma Europa mulçumana do que a opressão em si.

[Fabrício]

Para mim isso tem mais a ver com argelinos e o medo de uma Europa mulçumana do que a opressão em si.

E não é para ter medo mesmo? Eu sinto calafrios quando ouço a expressão "qualquer-coisa-com-um-mínimo-de-poder-muçulmana".

[Dbohr]

Bom, eu discordo da postura do governo francês.

Acho muito estranho isso de "libertar" mulheres que se submetem de livre e expontânea vontade à doutrina de cobrir o corpo. Em minha humilde opinião, uma convivência tolerante com outras culturas onde o sexo feminino não é submisso pode ser muito mais eficaz do que um Estado paternalista dizendo o que se pode ou o que não se pode fazer. Aliás, o suposto laicismo do Estado Francês está sendo tão paternalista quanto qualquer fundamentalista religioso.

Estou de pleno acordo quanto ao imigrante se conformar aos modos, leis e costumes locais. Especialmente se o imigrante for tratado com a mesma dignidade que um cidadão nato. Não é o que os franceses costumam fazer.

Parece-me mais que a França está usando o Laicismo como desculpa para dizer, muito "à francesa", que argelinos e demais muçulmanos não são bem-vindos.

[O Grande Capanga]

Nuns 50 anos o mundo será de maioria maometana e haverá um grande número de maometanos em todas as regiões do planeta, em especial na Europa (onde já estão bastante numerosos) e nos EUA. Na África eles já dominam, na Ásia dominam uma boa parte.

[Pregador]

Nuns 50 anos o mundo será de maioria maometana e haverá um grande número de maometanos em todas as regiões do planeta, em especial na Europa (onde já estão bastante numerosos) e nos EUA. Na África eles já dominam, na Ásia dominam uma boa parte.

Bem... há um lado positivo: haverá mais chances de surgirem movimentos "protestantes" dentro do islamismo e reformar de dentro para fora essa religião que parou no tempo. O Islã não vai conseguir se instalar sem sofrer inúmeras influências das culturas locais, sobretudo da européia.

[O Grande Capanga]

Nuns 50 anos o mundo será de maioria maometana e haverá um grande número de maometanos em todas as regiões do planeta, em especial na Europa (onde já estão bastante numerosos) e nos EUA. Na África eles já dominam, na Ásia dominam uma boa parte.

Bem... há um lado positivo: haverá mais chances de surgirem movimentos "protestantes" dentro do islamismo e reformar de dentro para fora essa religião que parou no tempo. O Islã não vai conseguir se instalar sem sofrer inúmeras influências das culturas locais, sobretudo da européia.

Com certeza. Tenho esperança de que o maometanismo será equivalente ao cristianismo de hoje (não é tão ruim quanto foi).

[Pregador]

Nuns 50 anos o mundo será de maioria maometana e haverá um grande número de maometanos em todas as regiões do planeta, em especial na Europa (onde já estão bastante numerosos) e nos EUA. Na África eles já dominam, na Ásia dominam uma boa parte.

Bem... há um lado positivo: haverá mais chances de surgirem movimentos "protestantes" dentro do islamismo e reformar de dentro para fora essa religião que parou no tempo. O Islã não vai conseguir se instalar sem sofrer inúmeras influências das culturas locais, sobretudo da européia.

Com certeza. Tenho esperança de que o maometanismo será equivalente ao cristianismo de hoje (não é tão ruim quanto foi).

É a última esperança... mas em 99% das chances eu acho que o futuro será uma bosta...

[Derfel]

Parece-me mais que a França está usando o Laicismo como desculpa para dizer, muito "à francesa", que argelinos e demais muçulmanos não são bem-vindos.

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[Barata Tenno]

Bom, eu discordo da postura do governo francês.

Acho muito estranho isso de "libertar" mulheres que se submetem de livre e expontânea vontade à doutrina de cobrir o corpo. Em minha humilde opinião, uma convivência tolerante com outras culturas onde o sexo feminino não é submisso pode ser muito mais eficaz do que um Estado paternalista dizendo o que se pode ou o que não se pode fazer. Aliás, o suposto laicismo do Estado Francês está sendo tão paternalista quanto qualquer fundamentalista religioso.

Estou de pleno acordo quanto ao imigrante se conformar aos modos, leis e costumes locais. Especialmente se o imigrante for tratado com a mesma dignidade que um cidadão nato. Não é o que os franceses costumam fazer.

Parece-me mais que a França está usando o Laicismo como desculpa para dizer, muito "à francesa", que argelinos e demais muçulmanos não são bem-vindos.

Então se ela aceitar apanhar do marido ele é livre pra fazer?E se os filhos aceitam ser oprimidos beleza?Se ele quiser cortar o clítoris dela e ela deixar, ok?

[Dbohr]

Declive Escorregadio, Ilustre Filho dos Céus

Se o camarada corta o clitóris da filha na França, no Brasil, ou em outros países do Ocidente, ele deve responder por lesão corporal. Ponto. SE a filha concordar e SE o advogado da família alegar que o fez por motivos religiosos é uma questão para os advogados (eu ia querer ver o cara na cadeia de qualquer modo).

Mas aqui se trata de algo diferente -- da tutela do Estado em contraposição ao sentimento religioso do indivíduo. E francamente, não vejo muita diferença entre um Estado paternalista ou uma família fundamentalista interferindo em códigos de conduta.

Na minha humilde opinião, o convívio franco e aberto com diversidade de opiniões e ponto de vista de outras mulheres seria muito mais eficiente na derrubada desses costumes machistas do que uma orientação do Estado, que pode ser encarada como mais uma tentativa de opressão e, portanto, algo a ser combatido.

[Barata Tenno]

O princípo é o mesmo Dbohr, a opressão de mulheres por uma  religião, ela concordar ou não é indiferente visto que ela não tem voz pra negar.

[Dbohr]

Na terra dela talvez ela não tenha voz para negar e talvez não saiba nem que tem esse direito. Daí ela emigra com a família para um país do Ocidente e encontra um Estado que a obriga a não expressar um sentimento que ela sempre considerou "correto". O que você acha que vai acontecer na maioria dos casos, uma sensação de liberdade ou um MEDO e desconforto horripilantes por estar sendo "oprimida"?

Perseguir fanáticos religiosos nunca é uma boa ideia. Eles se sentem fortalecidos, como se a perseguição validasse seus costumes frente ao secularismo decadente. De novo: se a França queria mesmo ajudar essas mulheres, deveria aceitá-las como são e fazê-las conviver com outros costumes. Do jeito que está, parece muito mais com "eu não quero essa gente morena no meu quintal".

[Pregador]

Quero ver provarem que a mulher está usando véu por obrigação ou pela própria vontade. Não vejo grande coisa num lencinho na cabeça. Aqui em Gorpa City algumas muçulmanas usam e outras não. Na verdade, as mães sempre usam e as filhas nunca. A nova geração não é chegada em véu e aqui ninguém reclama, nem os pais muçulmanos...

[Dbohr]

Cara, sabe qual é o problema? Na França viram pro imigrante (muçulmano ou não) e pedem que fale francês, que se comporte como um francês e que cultive os costumes franceses. Nada contra até aí; acho que o imigrante tem mais é que se integrar mesmo. Daí o filho do imigrante sai da escola achando que é francês, mas é tratado como estrangeiro e parasita o resto da vida.

E depois perguntam por que tem porrada nas ruas de vez em quando.

[Pregador]

Cara, sabe qual é o problema? Na França viram pro imigrante (muçulmano ou não) e pedem que fale francês, que se comporte como um francês e que cultive os costumes franceses. Nada contra até aí; acho que o imigrante tem mais é que se integrar mesmo. Daí o filho do imigrante sai da escola achando que é francês, mas é tratado como estrangeiro e parasita o resto da vida.

E depois perguntam por que tem porrada nas ruas de vez em quando.

São é esquisitos. Se não querem estrangeiros, tudo bem. Porque deixaram entrar então? Por que não proibir de vez? Eles tem soberania para isso oras. Ficam criando estas medidas e vão angariando ódio. Agora, quando os muçulmanos forem 51% da população da França entre 2040 e 2050 eles farão questão de eleger um presidente muçulmano, metade de um parlamento muçulmano e farão questão de perseguir os franceses típicos. Quem planta, colhe.

[Dbohr]

Penso o mesmo.