Todos nós, eu presumo, passamos por momentos difíceis. Às vezes financeiros, profissional, físico, familiar, psicológico; às vezes uma depressão, uma saudade, uma desilusão. Enfim, esses e outros são sentimentos que invadem nossas “almas” e nos perturbam.
Eu mesmo, sem hipocrisia já vivi momentos cruéis por causa de um problema de saúde. Nas horas mais difíceis eu me perguntei: “será que deus está querendo me dizer, ou será que ele quer me humilhar, ou será que estou errado...?” Enfim, é obvio que tais questões só surgem nas horas que a dor é maior que a razão. Pois um deus, pelo menos da forma como o cristianismo apresenta, seria de fato impossível. Pois tal deus seria puro amor e misericórdia. Portanto, a falácia dessas afirmações faz com que tal deus seja apenas ilusão.
Mas enfim, como encarar a dor perante a grandeza da solidão? Eu vejo dor em rostos de pessoas, filhos abandonados de seus pais; vejo um mundo, muitas vezes cruel perante nós. Como nos preparar para dor, para o desespero?
Não estou aqui a me lamuriar, não. Estou apenas a perguntar aos colegas, livres pensadores, que também sentem dor, que digam como, racionalmente, o ser frágil que somos podemos evoluir perante a escuridão, a morte, o medo?
Um dos meus primeiros textos postados foi este: ”aí vai minha pergunta idiota: Certa vez uma pessoa me disse que não existe ateu na hora da morte, não tem esse que não chame por Deus na hora do sufoco. Então eu respondi: “e se chamar, Ele vem?” De fato é uma pergunta idiota. Mas não deixa de nos levar a pensar, não na possibilidade de que algum deus venha, eu sinceramente, diante do que já aprendi, não creio que deus nenhum venha. Mas devo admitir que ainda preciso aprender a encarar a dor, a solidão cósmica, o medo, a possibilidade de não saber como reagir perante o fim doloroso. Talvez tudo isso seja grande idiotice de minha parte, mas acredito também que aqui é um bom lugar pra sermos sinceros e também falarmos de nossas fraquezas, de nossos pontos fracos... Não para desdenhar, mas aprendermos um com outro sobre coisas boas e coisas ruins que podem nos arrebatar.
Como vocês encaram e como podemos aprender a ser fortes perante todos esses infortúnios? Existe alguma maneira? Ou simplesmente tentamos, sem certeza, a nos tornar fortes para encarar aquilo que não sabemos o que é: a dor que ainda não sentimos.
Um abraço
Rony