Autor Tópico: Qual a origem da riqueza?  (Lida 4007 vezes)

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Offline DDV

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Qual a origem da riqueza?
« Online: 19 de Fevereiro de 2010, 13:55:31 »
Andei percebendo que essa questão que abre o tópico está invariavelmente por trás de quase todas as discussões entre direitistas e esquerdistas.

Deixo o espaço para as opiniões. Pretendo postar minhas teses mais tarde. Antes disso, quero definir o que quero dizer com o termo "riqueza" e quais são os tipos de riqueza dos quais falo.

O termo riqueza, em sentido amplo, significa qualquer tipo de bem ou serviço útil. Em um sentido mais estrito e "popular", riqueza seria o estado de uma pessoa que tem mais capacidade de adquirir bens e serviços do que a média ou mesmo a grande maioria.

Ou seja, temos o sentido amplo e o estrito (ou popular).

Deixo então o espaço para as opiniões sobre as origens e causas da riqueza, nos sentido 2 sentidos apresentados, tantando explicar porque há diferenças de riqueza entre pessoas, países e regiões.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Fernando Silva

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Re: Qual a origem da riqueza?
« Resposta #1 Online: 20 de Fevereiro de 2010, 12:07:58 »
Riquezas são geradas por meio do trabalho e das matérias primas.

Se alguém faz uma panela a partir do barro, gerou riqueza.
Se alguém junta madeira e faz uma cadeira, gerou riqueza.
Se alguém planta algodão e faz uma camiseta, gerou riqueza.

E essa riqueza não foi tomada de ninguém, é uma riqueza nova, que não existia antes.

Offline _tiago

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Re: Qual a origem da riqueza?
« Resposta #2 Online: 20 de Fevereiro de 2010, 12:35:10 »
Aquilo que não necessito e tenho em excesso ou aquilo que sou feliz e tenho em excesso, ou seja, o excesso!

Offline Adriano

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Re: Qual a origem da riqueza?
« Resposta #3 Online: 20 de Fevereiro de 2010, 13:23:06 »
[ecochato]Inicia-se através da depredação da natureza[/ecochato] :lol:

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Qual a origem da riqueza?
« Resposta #4 Online: 20 de Fevereiro de 2010, 16:45:53 »
Riquezas são geradas por meio do trabalho e das matérias primas.

Se alguém faz uma panela a partir do barro, gerou riqueza.
Se alguém junta madeira e faz uma cadeira, gerou riqueza.
Se alguém planta algodão e faz uma camiseta, gerou riqueza.

E essa riqueza não foi tomada de ninguém, é uma riqueza nova, que não existia antes.

Pode nem necessitar de matéria prima alguma; se alguém compõe uma música, pode com ela gerar riqueza.

Offline Adriano

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Re: Qual a origem da riqueza?
« Resposta #5 Online: 21 de Fevereiro de 2010, 12:14:30 »
E esta riqueza imaterial, ou seja, a baseada em produtos da mente e em serviços será cada vez mais importante para a qualidade de vida humana. Economistas ecológicos falam em decrescimento econômico, mas descrescimento é numa forma neoclássica de abordar a riqueza. Na nova economia ecológica seria um aumento real da riqueza.

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A preocupação quanto aos problemas ambientais mundiais, na verdade,
pede mais do que a economia do meio ambiente pode oferecer. Precisa-se, de fato, de
indicadores econômicos – ou ecológico-econômicos – que incorporem estimativas de
degradação ambiental (e também humana) e depleção de recursos
: indicadores de
desenvolvimento sustentável, cujas grandezas sejam obtidas por dedução do PIB do
valor estimado dos recursos naturais esgotados e degradados (área florestal em
diminuição, erosão do solo, mangues cortados para a criação de camarões, jazidas
minerais que se esgotam, etc.). O sistema de contas nacionais contabiliza corretamente
a depreciação do capital feito pelo homem (máquinas, fábricas) como um item do
balanço negativo na determinação da renda nacional, mas deixa de considerar a
depreciação ou depleção do capital natural (árvores, minerais, solo, água). O consumo
de tais ativos é contado como renda, o que faz com que a verdadeira renda nacional
seja assim sobrestimada. Dessa forma, o desempenho econômico de um país ou região,
em determinado período, pode aparecer, por exemplo, com uma robustez medida pelos
critérios econômicos usuais que é totalmente falsa.

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O perigo de atribuir-se valor monetário a bens e serviços ecológicos é
tanto de levar, por um lado, a que se acredite que eles valem aquilo que os cálculos
mostram, quanto de fazer, por outro, pensar que ativos naturais possam ser assim somados
a ativos construídos pelos humanos (ambos referidos à mesma base em dinheiro),
tornando-os substituíveis. Na essência do conceito, porém, a sustentabilidade ecológica
deve ser vista como manutenção de estoques físicos de capital natural, não a de seus
correspondentes valores monetários (DALY, 2002). É aqui que entra a necessidade de
uma visão ecológica da economia, missão exatamente da economia ecológica, a qual
não se confunde, pois, com a economia ambiental. A análise econômica com base em
conhecimento ecológico adota a visão pré-analítica, no sentido schumpeteriano (DALY,
1997), que identifica o sistema econômico como subsistema aberto do ecossistema.
Daí, tem como uma de suas missões promover a modelagem dos elos ecológicos que
determinam as interfaces entre sistemas naturais e econômicos (ou "produtivos").
Os
sistemas econômicos convencionais não são apresentados pela análise econômica
ortodoxa dentro de um contexto biofísico do qual dependessem. São, por isso, sistemas
isolados. Como parte do contexto biofísico, porém, os sistemas econômicos configuramse,
verdadeiramente, como sistemas abertos.

Uma tentativa de caracterização da economia ecológica

Daí que valos ter que valorar a natureza e rever nossos conceitos de riqueza humana. É sabido por todos que o modelo de consumo atual dos países desenvolvidos é impraticável para o restante da humanidade.

A sustentabilidade é o caminho para a real riqueza humana e da vida como um todo.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

 

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