http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=82090Mataram o “Papa”. A notícia correu de boca em boca em toda Cabanagem, quando dois elementos, a pé, perseguiram e mataram Cleison da Conceição Pereira, de 19 anos, conhecido como “Papa” que residia na rua dos Comerciários, no bairro da Cabanagem em Belém.
Uma devota moradora do bairro chegou a sintonizar vários canais de televisão para saber de alguma notícia pensando que fosse o homem forte da Igreja Católica mas, ao se inteirar do “buxixo” que corria nas ruas adjacentes ao crime, o “Papa” na verdade era um elemento com várias passagens pela polícia e que acabou de forma trágica com quatro “balaços” no rosto e peito.
Quando a viatura 2143 da 5ª Zona de Policiamento chegou ao local do crime com os cabos Wilson, J. Roberto e Caldas, as informações em crimes desta natureza tornam-se escassas à medida que ninguém quer falar, mesmo sabendo quem são os assassinos.
É a conhecida “lei do silêncio” que empurra estes crimes para a impunidade e cai no popular “acerto de contas”. Testemunhas, certamente, não faltariam para a elucidação do assassinato mas, até a companheira de “Papa” que vinha acompanhando a vítima na bicicleta, pouco adiantou à reportagem do DIÁRIO.
Sem querer ser identificada, a mulher, de aproximadamente 18 anos, aos prantos, dizia não saber os motivos que levaram os dois “moleques” que estavam a pé e de boné, abordarem Cleison da Conceição, mandarem ela “vazar” e, em seguida, atirarem contra a cabeça da vítima.
“Como é que eu vou criar meu filho agora?” chorava a viúva consolada por duas adolescentes que juravam ter visto os assassinos com umas meninas na esquina da rua Tocantins com a avenida Independência, momentos antes do crime.
Refeita do choque, ela contou aos policiais militares que vinha com o companheiro da avenida Independência, quando viu um rapaz se aproximar e sacar de uma arma de fogo. Cleison deixou a bicicleta e tentou correr quando foi alvejado, caindo a cinquenta metros de onde recebeu os tiros.
Segundo os policiais, que atenderam a ocorrência policial repassada pelo Centro Integrado de Operações Especiais, Cleison da Conceição Pereira era um velho conhecido da polícia, inclusive na semana passada foi abordado e levado para a Seccional da Marambaia para averiguação mas, como nada foi provado contra a sua pessoa, foi liberado.
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