Ou, "pressão dos pares".
Tenho um colega que tem uma filha pequena. Estávamos discutindo educação infantil e ele, cuja filha acabou de
entrar no colégio, veio com o seguinte argumento (parafraseando):
"É, a gente tem que fazer eles acreditarem em alguma coisa. Imagina, eles estão em um ambiente
onde todas as crianças são religiosas! Eu não quero que ela se sinta excluída."
Sei que esse colega é o típico religioso social, não praticante, e sei também que ele deseja o melhor para sua filha.
Por um lado, fiquei pensando que esse não é um bom ponto de partida para criar uma pessoa com mentalidade crítica
e independência intelectual. Por outro lado, não deixo de pensar que ele tem uma certa dose de razão (lembrando que se trata
de uma criança pequena - discordo totalmente desse argumento se aplicado a um adolescente).
A questão é: até que ponto o estímulo à superstição nessa idade pode resultar em um espírito crédulo no futuro?
Dado: fui criado por pais católicos pero no mucho, em colégios católicos, virei católico de ir à missa, mas acabei me
tornando ateu na adolescência.