Essa notícia eu tirei de outro fórum, e como não tinha fonte eu resolvi postar na área Papo Furado.
"Faculdade de Prostitutas" põe mãos à obra em treinamento
As 25 alunas vestidas de jeans e camiseta poderiam seguir qualquer carreira que exige barulho. As aulas, que cobrem assuntos como marketing efetivo, redução de stress e problemas legais, poderia fazer parte de qualquer seminário de desenvolvimento profissional.
Mas esta era a “Faculdade de Prostitutas”, e qualquer ilusão a respeito era apenas outra instituição de “como fazer” para jovens ambiciosas que acabaram sendo objeto sexual durante uma demonstração gráfica que deu uma reviravolta no conceito 'pôr mãos à obra'.
“Ainda atuamos de maneira ilegal”, disse a instrutora Kimberlee Cline antes de sua demonstração de 20 minutos. “Se quisermos ser tratadas profissionais, precisamos ser éticas com a indústria”.
Apresentada em conjunto com o Festival de Artes e Filmes de Profissionais do Sexo de São Francisco, a aula dada numa galeria de arte erótica foi direcionada para homens e mulheres que trabalham no ramo para melhorar suas habilidades num ambiente acolhedor.
É a primeira vez que o festival, que começou em 1999 para mostrar filmes sobre e feito por “profissionais do sexo”, inclui uma sessão dedicada a como manter uma carreira satisfatória.
Apesar da cidade, famosa por sua permissividade, há algum tempo ser uma estufa para o ativismo pelos direitos das prostitutas, a escola reflete a maturidade do movimento que passou do foco na descriminalização para uma agenda mais ampla que inclui saúde, proteção profissional e construção de senso de comunidade, disse a organizadora Carol Leigh.
Algumas cidades no mundo tem eventos parecidos segundo Leigh, uma ativista veterana que leva o crédito de ter cunhado o termo “profissional do sexo”.
À luz do dia, homens e mulheres da noite trocaram dicas, discutiram sobre escolhas pessoais de aparência e ouviram pessoas consideradas experts na área. Muitos dos que compareceram se disseram motivados tanto pela oportunidade de entrar em contato com outros profissionais e fazer o que podiam para normalizar a profissão mais antiga do mundo assim como promover sua educação. Durante o workshop, por exemplo, muitos pegaram suas revistas e bateram papo apesar do conhecimento carnal desenrolando-se em sua frente.
Os participantes que ficaram o dia todo ganharam diplomas certificando seu bacharelado em “profissionais do sexo”. Muitos alunos foram prolixos em explicar que se viam como herdeiros de uma tradição maravilhosa – especialistas com uma escolha ao invés de vítimas exploradas.
“Minha experiência pessoal tem sido positiva e negativa, como em qualquer emprego”, disse Kimberly Cutter, 36, mãe de dois filhos que voltou à prostituição há dois anos para aumentar sua renda e encara isso como parte de sua jornada em busca pelo auto-conhecimento. Ela disse que seus filhos sabem o que faz para viver.
Leigh ainda disse que “Trabalho sexual é trabalho. Prostituição é trabalho.” “A coisa mais importante é que somos diferentes. Alguns trabalham na rua e estão em situação desesperadora. Outros estão numa situação de classe trabalhadora e talvez entediados com seu trabalho. E outros vêem o trabalho sexual como vocação”, completou.