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Conheça a Casa da Moeda do BrasilVeja o infográfico do processo de fabricação das cédulas e moedasA Casa da Moeda já produziu 16,6 bilhões de cédulas e 20,5 bilhões de moedas desde a estreia do Real, em 1994. De acordo com o Banco Central, há em circulação hoje R$ 122 bilhões, sendo que poucas notas são de plástico.Veja no infográfico abaixo como são fabricadas as cédulas e moedas brasileiras, desde a seleção da matéria-prima até o acabamento.http://images.ig.com.br/infografico/casadamoeda/preload_v1.swfhttp://economia.ig.com.br/conheca+a+casa+da+moeda+do+brasil/n1237565702026.html
Casa da Moeda exportará dinheiro em 2010Instituição investiu R$ 280 milhões para aumentar a capacidade de produção; agentes buscam clientes na América LatinaAo lado da soja, do suco de laranja e do minério de ferro, um novo produto deve entrar na pauta de exportações brasileira este ano: dinheiro. Com uma equipe na rua, visitando compradores em toda a América Latina, a Casa da Moeda pretende começar exportar dinheiro já em 2010.“Temos agentes percorrendo a América Latina para vender nossos produtos”, afirma o presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci. “Todos os países do continente têm espaço para adquirir nossas cédulas ou os documentos de segurança que produzimos.” Contratos com outros países devem ser assinados assim que as novas linhas de produção de cédulas entrarem em operação, neste ano.Para que essas novas linhas comecem a operar, a Casa da Moeda investiu cerca de R$ 280 milhões na aquisição de máquinas que estão sendo instaladas nas fábricas de cédulas e moedas. A capacidade de produção vai aumentar de 2 bilhões para 2,8 bilhões de cédulas por ano. No caso das moedas, a produção deve dobrar, para 4 bilhões de unidades. “Fizemos um plano para atender a demanda até 2018, além de nos voltarmos à exportação”, diz Denucci.Foi a estabilidade econômica que abriu mercados para a Casa da Moeda. Sem inflação, nem necessidade de emitir dinheiro como no passado, a empresa pública aumentou a venda de documentos de segurança, como passaportes, carteiras de trabalho e selos fiscais no País. Lucrou com a diversificação e agora investe o capital ganho em modernização e aumento de capacidade produtiva.De 2007 a 2009, o faturamento da Casa da Moeda triplicou, indo de R$ 500 milhões para R$ 1,5 bilhão. O lucro líquido do ano passado foi de R$ 330 milhões.Para a Casa da Moeda, essa guinada rumo às exportações é uma espécie de volta às origens. Criada em 1694, a instituição nasceu com a missão de organizar o caos monetário que a abundância de ouro causou no Brasil Colônia. Era mais fácil e seguro para Portugal vender moedas do que minério cru. Porém, os governantes portugueses enviavam riquezas para a Europa, sem nenhum ganho para os brasileiros. Três séculos depois, a empresa pública com status de companhia privada novamente vai mandar seus produtos para o exterior. Só que, agora, quer lucrar.Impressora nova importada da AlemanhaAs duas novas linhas de produção de cédulas da Casa da Moeda entram em operação neste ano, ao lado das unidades que já existem. A previsão é que comecem a operar em abril, produzindo cédulas de cinquenta e cem reais da nova família do Real – com tamanhos e cores diferentes. Em setembro, começam a ser feitas as notas de dez e vinte reais com formato novo.“No passado, o motivo da troca da moeda e do formato da cédula era por causa da inflação galopante. Agora estamos lançando a nova família, justamente por ser o Real uma moeda mais forte, que precisa de mais segurança.”, diz Denucci, lembrando que a cara das notas já tem quinze anos. Quanto mais tempo no mercado, mais vulneráveis a falsificadores ficam as notas, segundo ele.A Casa da Moeda já produziu 16,6 bilhões de cédulas e 20,5 bilhões de moedas desde a estreia do Real, em 1994. De acordo com o Banco Central, há em circulação hoje R$ 122 bilhões, sendo que poucas notas são de plástico. Foram retiradas do mercado cerca de 253 milhões de cédulas desse tipo porque, de acordo com o diretor de Produção da Casa da Moeda, Cláudio Lagoeiro, as notas não tiveram boa aceitação, principalmente por comerciantes. Apesar de a nota feita com polímeros ser mais difícil de rasgar, quando rasga, diz ele, não tem jeito de recuperar. Outro inconveniente do dinheiro de plástico é o custo maior de impressão.Fachada da Casa da MoedaAs máquinas novas vão produzir notas e moedas para o País, enquanto as linhas antigas serão voltadas para exportação. Denucci diz que as máquinas atuais da Casa da Moeda não oferecem segurança para produzir dólares ou euros, já que são moedas mais valiosas e exigem mais segurança.Para as moedas menos valorizadas, no entanto, a tecnologia ainda funciona. “Nossos antigos equipamentos continuam produzindo cédulas de qualidade, que podem ser vendidas para outros países”, afirma. Os alvos são países latino-americanos e africanos. http://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/casa+da+moeda+exportara+dinheiro+em+2010/n1237557120235.html
Moedas de até R$ 0,25 custam mais do que valemUma moeda de R$ 0,01 custa R$ 0,09 para o Banco Central; a despesa para fabricar cada cédula de real na Casa da Moeda é de R$ 0,15Moedas de um, cinco, dez e vinte e cinco centavos não se pagam. O custo delas para a sociedade supera o valor que estampam em seus discos de aço. Aliás, os contratos celebrados entre a Casa da Moeda e o Banco Central apresentam uma curiosidade: as moedas de vinte e cinco centavos custam mais caro do que as esferas de cinqüenta centavos.Leia mais: Rasgar dinheiro é profissão na Casa da MoedaUma moeda de um centavo tem preço de R$ 0,09 estipulado ao Banco Central. Ou seja, a fabricação de cada uma delas sai pelo preço de nove centavos de real. A esfera de cinco centavos sai por R$ 0,12 da Casa da Moeda, enquanto a de dez custa R$ 0,16. A moeda de vinte e cinco centavos quase vale o quanto pesa: sai da fábrica custando R$ 0,27.O Banco Central compra moedas de cinquenta centavos e de um real por R$ 0,24 e R$ 0,28, segundo contratos firmados em 2009. Para 2010, não há previsão de mudanças substanciais no preço do dinheiro. A defasagem entre o preço das moedas de até vinte e cinco centavos e o seu valor de face continua neste ano, de acordo com a Casa da Moeda.Produção de moedasMesmo sendo mais caras do que valem na carteira, as moedas são fundamentais para fazer a economia funcionar, afirma Lagoeiro, o diretor de Produção da Casa da Moeda. “É dever do Estado colocar as moedas em circulação para haver paz social”, diz. “Esporadicamente pode-se ter um seignorage (a razão entre custo e valor do dinheiro) negativo.”Cédulas valem mais e custam menosSegundo Lagoeiro, a Casa da Moeda tem cuidado para não agregar valor demais às moedas, para que não percam sua finalidade. “Se usássemos metais mais nobres, ou mais metais na produção, as pessoas pegariam as moedas para outra utilidade. As moedas de um centavo já foram usadas para fazer artesanato. Também tinham firmas que faziam arruelas de aço”, diz.A Casa da Moeda utiliza aço, cobre e estanho para produzir moedas. A quantidade de metal usado na produção depende de espessura, tamanho e material usado em cada uma. A moeda de vinte e cinco centavos leva cobre e estanho, para resultar no bronze que caracteriza sua cor.O fenômeno não se repete na produção de cédulas. Todas se pagam. Em média, cada cédula custa R$ 0,15.http://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/moedas+de+ate+r+025+custam+mais+do+que+valem/n1237557136022.html