Autor Tópico: Atentado no metrô de Moscou  (Lida 1313 vezes)

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Atentado no metrô de Moscou
« Online: 30 de Março de 2010, 02:03:27 »
Mulheres-bomba atacam metrô de Moscou e matam 38

Dois ataques lançados nesta segunda-feira em estações de metrô de Lubyanka e Park Kultury, no centro de Moscou, deixaram pelo menos 38 mortos e mais de 60 feridos. Segundo as autoridades, os ataques teriam sido cometidos por duas mulheres-bomba vinculadas a grupos insurgentes islâmicos do Cáucaso.

       
Os ataques foram os mais sangrentos já realizados na capital russa desde 2004, segundo o Ministério das Situações de Emergência.


Bombeiros carregam corpo de estação de metrô Lubyanka

"Segundo as primeiras informações, as duas explosões foram feitas por mulheres-bomba", afirma um comunicado dos Serviço de Inteligência russos (FSB, antiga KGB). A notícia sobre as mulheres-bomba já havia sido antecipada pelo prefeito de Moscou, Iuri Lujkov.

Os atentados foram provavelmente executados por "grupos terroristas" vinculados aos insurgentes do Cáucaso, afirmou o diretor do FSB, Alexander Bortnikov. "Segundo a versão preliminar, os atentados foram realizados por grupos terroristas vinculados à região do Cáucaso Norte. Privilegiamos essa versão", declarou Bortnikov.

Os serviços de inteligência russos acreditam que as duas mulheres-bomba que detonaram explosivos nas estações do metrô moscovita eram naturais dessa região, uma parte da Rússia majoritariamente muçulmana, cenário de uma violenta insurgência nos últimos anos.

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou que o país continuará combatendo o terrorismo sem hesitar e ordenou um reforço da segurança nos transportes de toda a nação.

"A política de repressão do terror e de luta contra o terrorismo continuará. Prosseguiremos com as operações contra os terroristas sem hesitação e até o fim", afirmou Medvedev durante uma reunião de emergência convocada após os atentados.

"Tenho certeza de que as agências de segurança farão todo o possível para encontrar e punir os criminosos", afirmou o primeiro-ministro do país, Vladimir Putin, durante uma visita à cidade siberiana de Krasnoyarsk. "Os terroristas serão aniquilados", completou.


Mulher chora enquanto forças de segurança bloqueiam sua passagem

Locais dos ataques

O primeiro atentado aconteceu às 7h57 locais (0h57 no horário de Brasília) em um vagão parado na estação Lubyanka.

O premiê, que suspendeu sua visita e voltará com urgência à capital russa, também manifestou a intenção de aprovar indenizações para as famílias das vítimas antes do fim do dia.

A Praça Lubyanka abriga a sede do FSB, sucessor da KGB soviética, que nesse edifício interrogava e eliminava os dissidentes na então União Soviética. O segundo atentado foi executado na estação Park Kultury às 8h40 locais  (1h40 de Brasília).

"Em Park Kultury, segundo dados preliminares, foi uma mulher-bomba. Segundo os fragmentos do corpo, que estão sendo examinados, o explosivo estava na altura da cintura. A situação é a a mesma em Lubyanka", disse o porta-voz do comitê de investigação do Ministério Público de Moscou, Vladimir Markin.

A polícia também procura duas mulheres que acompanharam as suicidas até o metrô, segundo fontes dos serviços de segurança.

Os atentados aconteceram em duas estações da mesma linha. As outras linhas do metrô de Moscou, que diariamente transporta 8,5 milhões de pessoas, permaneciam funcionando normalmente. Na Praça Lubyanka, os sobreviventes ligavam para os familiares para relatar o acontecido.


Paramédicos conversam com sobrevivente de explosão

Moscou registrou nos últimos dez anos uma série de explosões mortais reivindicadas por militantes da causa chechena - uma república do Cáucaso -, mas nos últimos anos os atentados se tornaram menos frequentes.

O último ataque no metrô de Moscou aconteceu em 6 de fevereiro de 2004, entre as estações Avtozavodskaia e Pavelestakia, com um balanço de 41 mortos e 250 feridos.

Nos últimos meses, as tropas russas intensificaram as operações militares contra rebeldes islâmicos no Cáucaso Norte e mataram vários dirigentes rebeldes.

Reação internacional

As autoridades estrangeiras condenaram rapidamente os atentados. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamou as ações de "atos monstruosos".

"O povo americano é solidário com a Rússia na oposição ao extremismo e aos atrozes atentados terroristas que demonstram tal indiferença à vida humana. Condenamos esses atos monstruosos", afirma Obama em um comunicado.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que "nada pode justificar tais ataques contra civis inocentes".

"A União Europeia (UE) apoia firmemente a Rússia no combate ao terrorismo sob todas as formas", declarou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.


Ferido é visto do lado de fora de uma das estações de metrô

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ter recebido com "consternação e horror" a notícia, enquanto o presidente francês, Nicolas Sarkozy, condenou os atentados "odiosos e covardes".

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o chefe de Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, também enviaram mensagens de condolências ao presidente Medvedev.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/03/29/mulheres+bomba+atacam+metro+de+moscou+e+matam+38+9442767.html

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Re: Atentado no metrô de Moscou
« Resposta #1 Online: 30 de Março de 2010, 21:15:32 »
Prender responsáveis por ataque em Moscou é questão de honra, diz Putin

O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira que capturar os responsáveis pelos atentados com bombas que mataram pelo menos 39 pessoas no metrô de Moscou na segunda-feira é uma "questão de honra para as agências de segurança".



Putin visita feridos em hospital

"Tenho certeza que conseguiremos - e os arrastaremos do fundo dos esgotos e os traremos para a luz do dia (...) Ao mesmo tempo, tendo em mente os recentes atos terroristas não apenas na Rússia, mas também em outros países, devemos melhorar o sistema de segurança e também o sistema de prevenção", afirmou.

Putin, que conseguiu destaque na política russa devido ao rigor contra os rebeldes da Chechênia na época em que era presidente (2000-2008), disse que tem certeza que os responsáveis pelos ataques poderão ser capturados.

"Um dos vagões do trem estava equipado com câmeras de vigilância. Como sabemos, estes sistemas não podem evitar ataques terroristas, mas eles não são inúteis - eles ajudam as agências de segurança a encontrar os organizadores do crime e os que os apoiaram", afirmou.

O primeiro-ministro aproveitou a terça-feira para visitar algumas das vítimas dos atentados no hospital.

Legislação

O presidente russo, Dmitri Medvedev, está analisando mudanças na legislação do país depois dos ataques. Medvedev pediu para que as autoridades apresentassem novas propostas de leis antiterrorismo.

"Acredito que podemos também prestar atenção em certas questões relacionadas à melhoria da legislação para evitar atos de terrorismo", disse.

"Isto inclui uma operação eficiente de várias organizações cuja tarefa é organizar crimes deste tipo, além de realizar outros procedimentos relacionados à observação de exigências de segurança em transporte público e outros locais onde há um número grande de pessoas reunidas."

A Rússia reforçou a segurança nesta terça-feira em diversas partes do país. Policiais e agentes foram mobilizados para reforçar a segurança em estações de metrô e aeroportos.

As autoridades russas temem que as explosões de segunda-feira, atribuídas a grupos separatistas do Cáucaso, deem início a uma nova onda de ataques no país.

Luto

Em meio à segurança reforçada, a capital russa observa um dia de luto em homenagem às 39 vítimas dos atentados no metrô da cidade. Os primeiros enterros das vítimas acontecerão nesta terça-feira.

Apesar dos temores de novos ataques, milhões de pessoas continuaram usando o metrô nesta terça-feira.


Menino faz o sinal da cruz durante serviço religioso em catedral de Moscou

Muitos russos acenderam velas e colocaram flores nas estações de Lubyanka, onde 23 pessoas morreram, e Park Kultury, onde houve 12 vítimas.

Desde os atentados, outras quatro pessoas que estava em estado grave morreram no hospital. As autoridades russas acreditam que o número de mortos ainda pode subir.

Autoria dos atentados

O atentado na estação de Lubyanka aconteceu no mesmo local onde funciona o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia. O chefe do FSB, Alexander Bortnikov acredita que os atentados foram cometidos por "grupos terroristas relacionados ao Norte do Cáucaso", onde fica a Chechênia.

"Esta provavelmente será nossa principal conclusão, porque fragmentos dos corpos de duas mulheres-bomba foram encontrados mais cedo no local dos incidentes e os exames mostram que esses indivíduos vieram do Norte do Cáucaso", disse ele.


Russa chora morte de neta em Moscou

Até agora nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas no passado, outros ataques na capital foram realizados ou atribuídos a rebeldes islâmicos que lutam pela independência chechena.

Há seis anos, dois atentados no metrô de Moscou mataram pelo menos 50 pessoas. Aqueles ataques foram atribuídos a separatistas chechenos. Na ocasião, o líder rebelde checheno Doku Umarov assumiu responsabilidade pelos atentados. No mês passado, ele havia prometido levar a guerra às cidades russas.

O líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, que é apoiado pela Rússia, condenou os ataques à capital russa e prometeu cooperar com as autoridades para achar os culpados. Mais de 100 mil pessoas morreram nos últimos 15 anos na Chechênia devido a conflitos entre o governo e rebeldes.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2010/03/30/prender+responsaveis+por+ataque+em+moscou+e+questao+de+honra+diz+putin+9444098.html

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Re: Atentado no metrô de Moscou
« Resposta #2 Online: 30 de Março de 2010, 21:25:32 »
Citar
Mais de 100 mil pessoas morreram nos últimos 15 anos na Chechênia devido a conflitos entre o governo e rebeldes.

Isso explica muita coisa, do revanchismo na guerra e no terrorismo.

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Re: Atentado no metrô de Moscou
« Resposta #3 Online: 31 de Março de 2010, 22:42:55 »
Líder rebelde checheno assume ter ordenado ataques em Moscou

Um líder separatista checheno admitiu em uma mensagem divulgada pela internet que seu grupo está por trás dos dois atentados suicidas que deixaram 39 pessoas mortas no metrô de Moscou, na Rússia, na última segunda-feira.


Doku Umarov no vídeo divulgado nesta quarta-feira

Em um vídeo publicado nesta quarta-feira em um site ligado aos rebeldes, um homem identificado como Doku Umarov, que se autoproclama líder do "Emirado do Cáucaso" - um Estado islâmico separatista que inclui diversas repúblicas russas da região -, afirmou ter ordenado pessoalmente os atentados.

Segundo ele, os ataques seriam uma retaliação contra as mortes de "pobres moradores da Chechênia" por forças de segurança russas em fevereiro.

No vídeo, ele ainda classificou os atentados como "duas operações especiais para eliminar infiéis" e ameaçou, afirmando que estes não serão os últimos ataques empreendidos pelos rebeldes na Rússia.

"Esta não será a última operação, estas operações vão continuar, com a vontade de Deus, em seu território", disse, afirmando que a mensagem foi gravada pouco depois dos atentados.

Não foi possível verificar de maneira independente se o homem no vídeo é realmente Umarov.

Mortos

A mensagem foi publicada no mesmo dia em que a Rússia começa a enterrar os primeiros mortos dos atentados de segunda-feira.

Segundo os responsáveis pelas investigações, duas mulheres-bomba ligadas a militantes rebeldes do Cáucaso Norte seriam as responsáveis pelos ataques em Moscou.

Também nesta quarta-feira, doze pessoas - incluindo uma autoridade policial local - morreram em dois ataques suicidas na república russa do Daguestão.

Por volta de 8h30 do horário local (1h30, em Brasília) um carro-bomba foi detonado na parte externa de um prédio do Ministério do Interior e do Serviço Federal de Segurança russo na cidade de Kizlyar, que fica próxima da fronteira com a Chechênia.

Outra bomba explodiu cerca de 20 minutos depois, quando pessoas se reuniram nas proximidades do local. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques desta quarta-feira.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, no entanto, afirmou acreditar que os atentados estejam conectados aos ataques ao metrô de Moscou. "Não excluo a possibilidade de que o mesmo grupo seja responsável, mas não darei detalhes", disse.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2010/03/31/lider+rebelde+checheno+assume+ter+ordenado+ataques+em+moscou+9445502.html

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Re: Atentado no metrô de Moscou
« Resposta #4 Online: 02 de Abril de 2010, 21:54:55 »
Viúva de 17 anos é suspeita de ataque a bomba em Moscou, diz polícia

A viúva adolescente de um militante do Norte do Cáucaso é suspeita de ser uma das mulheres que realizaram os atentados a bomba suicidas em duas estações do metrô de Moscou na segunda-feira.

A polícia do sul da Rússia confirmou para a BBC que informou a polícia moscovita da suspeita de que Dzhennet Abdurakhmanova, de 17 anos, poderia estar envolvida.

Segundo um porta-voz, ela era casada com importante líder islâmico do Daguestão, Umalat Magomedov, morto pelas forças de segurança russas no final do ano passado.

O correspondente da BBC em Moscou, Richard Galpin, disse que o porta-voz não quis dar uma declaração definitiva sobre a participação da viúva no atentado, mas uma fotografia publicada no jornal russo Kommersant mostra uma semelhança fisionômica entre a adolescente e uma das militantes mortas no ataque.


Adolescente de 17 anos suspeita de ser mulher-bomba

O atentado matou 40 pessoas e deixou mais de 70 feridos - a maioria ainda está hospitalizada.

'Viúvas negras'

Acredita-se que Abdurakhmanova teria atacado a estação de Lubyanka, matando 20 pessoas, de acordo com o Kommersant. O suspeito do segundo atentado ainda não foi identificado.

Segundo a polícia, Abdurakhmanova vivia no distrito de Khasavyurt, na fronteira entre o Daguestão e a Chechênia. Ela teria viajado de ônibus para Moscou, juntamente com outra militante suicida, de uma outra cidade fronteiriça, Kizlyar.

Na quarta-feira, 12 pessoas morreram em dois outros atentados a bomba suicidas em Kizlyar. Nove das vítimas eram policiais.

Em Moscou, a notícia de que os ataques foram realizados por mulheres alimentou a especulação de que se tratava das chamadas "viúvas negras". Essas mulheres eram casadas ou tinham um outro tipo de parentesco com militantes mortos por forças russas em áreas como Daguestão, Inguchétia e Chechênia.

As viúvas negras participaram de vários ataques no Norte do Cáucaso e em Moscou.

Alerta em vídeo

Fontes do Serviço Federal de Segurança da Rússia disseram que Magomedov tinha ligações com Doku Umarov, o líder rebelde checheno que, acredita-se, ordenou os ataques de segunda-feira ao metrô de Moscou.

Em uma mensagem em vídeo colocada em um website dos rebeldes, Umarov advertiu os russos para se prepararem para mais ataques.

Na quinta-feira, o presidente russo Dmitri Medvedev viajou para a capital do Daguestão, Makhachkala, para conversações em caráter de emergência com os líderes das conturbadas repúblicas russas do Norte do Cáucaso.

"Precisamos dar um golpe profundo nos terroristas, para destruir eles e seus esconderijos", afirmou Medvedev, que pediu medidas antiterror "duras, severas e preventivas".

Os ataques desta semana ocorreram quase um ano após Medvedev ter declarado o fim das "operações de contraterrorismo" na Chechênia, após 15 anos de um conflito que deixou mais de 100 mil mortos e a região em ruínas.

Apesar disso, a república russa de maioria islâmica continua sendo palco de episódios de violência. Militantes chechenos aumentaram os ataques nas repúblicas vizinhas da Inguchétia e do Daguestão nos últimos dois anos.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2010/04/02/viuva+de+17+anos+e+suspeita+de+ataque+a+bomba+em+moscou+diz+policia+9446994.html

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