Autor Tópico: Marte está congelado há 4 bilhões de anos  (Lida 749 vezes)

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Offline Südenbauer

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Marte está congelado há 4 bilhões de anos
« Online: 22 de Julho de 2005, 17:40:57 »
22/07/2005  - 09h41
Marte está congelado há 4 bilhões de anos, diz estudo de meteorito
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

O famoso meteorito marciano que segundo alguns cientistas abriga fósseis de criaturas alienígenas está de volta. Agora, a rocha, batizada com o enigmático codinome ALH84001, traz má notícia para os entusiastas da vida em Marte. Ao que parece, o planeta é gélido, com temperatura abaixo de zero, há 4 bilhões de anos.

A pesquisa foi realizada por David Shuster, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), e Benjamin Weiss, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, e recebeu a chancela da revista norte-americana "Science".

O que a dupla fez foi analisar as proporções de certos elementos na pedra, indicativos das condições pelas quais ela teria passado antes de ser arrancada de Marte pelo impacto de um asteróide, 11 milhões de anos atrás. O estudo revelou a variação de temperatura pela qual o pedregulho passou enquanto esteve no planeta vermelho. A conclusão: as condições não mudaram muito de 4 bilhões de anos atrás para cá. A dupla viu o mesmo em dois outros pedregulhos marcianos. Ou seja, esse clima não deve ter existido apenas num local específico de Marte.

Como explicar então que o jipe Opportunity, da Nasa, hoje repousa sobre o leito de um antigo mar marciano? "Eu não vejo contradição", disse Shuster à Folha. "Há evidência clara de que água líquida já foi estável em Marte em algum tempo do passado. A grande questão é: quando, e por quanto tempo? Os jipes parecem indicar que a água deve ter existido em lagos rasos por períodos relativamente curtos e episódicos."


Fonte: Folha On-line

Offline Südenbauer

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Marte está congelado há 4 bilhões de anos
« Resposta #1 Online: 22 de Julho de 2005, 17:42:54 »
18/07/2005  - 09h42
Nasa prepara lançamento de nave a Marte
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

Enquanto os técnicos vasculham o ônibus espacial Discovery por sinais de como corrigir o problema que impediu seu lançamento, na semana passada, um segundo grupo de engenheiros do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, já trabalha na preparação de outra espaçonave --para um vôo até Marte. É a sonda Mars Reconnaissance Orbiter, próxima missão da agência espacial americana destinada ao planeta vermelho.

A máquina já está pronta e passa pelos testes finais antes de ser levada até o prédio em que será posicionada no topo do foguete Atlas-5, que por sua vez irá colocá-la numa longa jornada até Marte. Será preciso viajar quase meio bilhão de quilômetros antes que chegue a seu destino, percurso que percorrerá em oito meses (tempo padrão para uma viagem até o planeta vermelho com os foguetes convencionais). A partida está marcada para 10 de agosto.

Como o nome sugere, a sonda conduzirá sua missão em órbita ao redor de Marte. Mais precisamente uma órbita polar baixa, que permite o mapeamento completo da superfície (é o mesmo tipo de órbita usado pelas outras sondas orbitadoras).

Boas companhias

Ao chegar lá, se for bem-sucedida, a nave fará companhia a nada menos que outras três sondas funcionais nas imediações do planeta vermelho --da Nasa, já há a Global Surveyor, que está operando em órbita marciana desde 1997, e a Odyssey, desde o fim de 2001. Para completar, há a Mars Express, que lá chegou no final do ano retrasado e é a primeira sonda marciana enviada pela Agência Espacial Européia. Isso tudo sem mencionar os dois jipes robóticos americanos, Spirit e Opportunity, que ainda vasculham o terreno marciano, mais de um ano e meio depois do início das operações.

A nova sonda tem, portanto, uma tarefa gigantesca à frente: superar todas as suas irmãs mais velhas. Para isso, tem um porte equivalente. Sua massa é de quase 2,2 toneladas, duas vezes mais que a Global Surveyor e três vezes mais que a Odyssey.

Seguindo a trilha deixada pelas missões anteriores, o principal foco da missão agora também é rastrear a água marciana.

Próxima geração

"A Mars Reconnaissance Orbiter será nosso primeiro mapeador de próxima geração projetado para procurar sinais de água em escalas extremamente locais, assim como depósitos geotérmicos e outros ambientes preservados, onde a busca local pelos blocos químicos construtores da vida possa se mostrar frutífera", disse à Folha James Garvin, cientista-chefe da Nasa.

"A MRO também irá mapear o subsolo raso, em busca de camadas que possam ter sido provocadas por água líquida ou congelada em escalas menores que um quilômetro e mapear o transporte atmosférico de água e poeira, para que possamos aperfeiçoar nossos modelos de circulação global da atmosfera. E será capaz de "ver" camadas em rochas e as próprias rochas em escalas menores que um metro, permitindo que se explorem milhares de sítios da órbita como se estivéssemos lá."

Telemarte

A espaçonave deve conduzir sua missão científica pelo menos até 2008. Dali em diante, continuará tendo utilidade para a exploração de Marte, mas como satélite de comunicações. Sua função será ajudar a Nasa (e eventualmente outras agências espaciais) a entrar em contato com suas sondas de pouso no planeta vermelho, do mesmo modo que hoje a Global Surveyor, a Odyssey e a Express ajudam no estabelecimento da comunicação com os jipes Spirit e Opportunity.

A idéia é que a Mars Reconnaissance Orbiter opere nessa função pelo menos até 2010 --se possível mais. Contando a construção da espaçonave, o lançamento e as operações por uma década, o custo da missão gira ao redor de 700 milhões de dólares.

O projeto é conduzido pelo JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da Nasa, a espaçonave em si foi construída pela companhia Lockheed Martin, e a câmera de alta resolução da sonda, vedete da missão, foi desenvolvida por Michael Malin --o mesmo homem que foi responsável pelos espetáculos visuais proporcionados pela câmera da Mars Global Surveyor.

A expectativa dos cientistas é a de que a sonda produza mais dados científicos que todas as suas predecessoras marcianas.


Fonte: Folha On-line

Offline Südenbauer

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Marte está congelado há 4 bilhões de anos
« Resposta #2 Online: 22 de Julho de 2005, 18:13:52 »
Estudo contraria teoria sobre vida em Marte[/size]

Um estudo com meteoritos saídos da superfície de Marte sugere que o planeta está congelado há 4 bilhões de anos, e provavelmente nunca teve as condições de umidade na qual poderia ter brotado a vida, disseram dois pesquisadores na quinta-feira.

O estudo deles de dois meteoritos que caíram na Terra sugere que as rochas nunca estiveram em condições aquecidas. O estudo, publicado no periódico Science, contradiz as teorias de que o planeta, hoje congelado, possa alguma vez ter sido quente o bastante para que a vida surgisse ali.

"Primeiro, avaliamos o que os meteoritos poderiam ter experimentado durante a ejeção de Marte, entre 11 e 15 milhões de anos atrás, a fim de estabelecer um limite máximo nas temperaturas no pior cenário para choque de calor", disse Benjamin Weiss, professor-assistente no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Eles concluíram que os dois meteoritos provavelmente não estiveram acima do ponto de ebulição da água durante sua ejeção da superfície marciana, 11 milhões de anos atrás. Depois, Weiss e David Shuster mediram a quantidade de argônio remanescentes nas amostras. O argônio, um gás, é conhecido por vazar de rochas em uma taxa que depende da temperatura. Quanto mais fria a rocha estiver, mais argônio ela terá retido.

"A pequena quantidade de argônio perdida aparentemente nesses meteoritos é notável. De qualquer modo que olhemos, essas rochas estão frias há muito tempo", disse Shuster em um comunicado. Seus cálculos sugerem que a superfície de Marte esteve congelada por grande parte dos últimos 4 bilhões de anos.


Fonte: Terra Notícias

Offline Geotecton

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Re: Marte está congelado há 4 bilhões de anos
« Resposta #3 Online: 17 de Julho de 2010, 09:56:35 »
22/07/2005  - 09h41
Marte está congelado há 4 bilhões de anos, diz estudo de meteorito
SALVADOR NOGUEIRA
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O famoso meteorito marciano que segundo alguns cientistas abriga fósseis de criaturas alienígenas está de volta. Agora, a rocha, batizada com o enigmático codinome ALH84001, traz má notícia para os entusiastas da vida em Marte. Ao que parece, o planeta é gélido, com temperatura abaixo de zero, há 4 bilhões de anos.

A pesquisa foi realizada por David Shuster, do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), e Benjamin Weiss, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, e recebeu a chancela da revista norte-americana "Science".

O que a dupla fez foi analisar as proporções de certos elementos na pedra, indicativos das condições pelas quais ela teria passado antes de ser arrancada de Marte pelo impacto de um asteróide, 11 milhões de anos atrás. O estudo revelou a variação de temperatura pela qual o pedregulho passou enquanto esteve no planeta vermelho. A conclusão: as condições não mudaram muito de 4 bilhões de anos atrás para cá. A dupla viu o mesmo em dois outros pedregulhos marcianos. Ou seja, esse clima não deve ter existido apenas num local específico de Marte.

Como explicar então que o jipe Opportunity, da Nasa, hoje repousa sobre o leito de um antigo mar marciano? "Eu não vejo contradição", disse Shuster à Folha. "Há evidência clara de que água líquida já foi estável em Marte em algum tempo do passado. A grande questão é: quando, e por quanto tempo? Os jipes parecem indicar que a água deve ter existido em lagos rasos por períodos relativamente curtos e episódicos."


Fonte: Folha On-line

Para comparar a mudança nas interpretações em função da disponibilidade de dados.

Houve um período em Marte, provavelmente nos seus primeiros 500 milhões de anos, em que o planeta foi quente e úmido, como atestam os expressivos depósitos de carbonatos, ainda que identificados em apenas um local, e os cristais de goethita. Tais informações foram fornecidas pelos equipamentos de espectometria dos "rovers" Opportunity e Spirit.

Permanece a dúvida temporal: Quando foi, exatamente, que a água estava no estado líquido formando pequenos mares de águas quentes de pH próximo do neutro?

http://www.nasa.gov/mission_pages/mer/news/mer20100603.html
Foto USGS

 

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