ADÃO E EVA E A GENÉTICA DE POPULAÇÕES
EVIDENCIAS DE LITERALIDADE EM TEMPO E QUANTIDADE , NO ESTUDO DE GENÉTICA DE POPULAÇÃO, ATRAVÉS DE ESTUDO DA VARIABILIDADE, CARGA NEGATIVA E PATRIMÔNIO GENÉTICO NAS POPULAÇÕES ANCESTRAIS
por
Sodré Gonçalves
1.Introdução
Cap 1 ..Genealogia e Ancestralidade Comum
1.2 Analisando Estudos sobre a Eva Mitocondrial (DNAmt)
Cap 2 -Baixa Variação Genética , doenças genéticas e Perigo de extinção
2.1 Os Perigos da Endogamia Continuada
2. 3 Situações Ideais Genéticas para Sobrevivência das Espécies Ancestrais
Cap 3 -Aumento de Potencial de Variabilidade nos genótipos ancestrais
3.1 Análise de Progressões Populacionais Convencionais
3. 2 Perímetro de convergência temporal
3.3 Análise de Parâmetros para Simulações de Sobrevivência de Espécies Ancestrais
3.4 Justificativas que Demonstram Longevidade nas Populações Ancestrais
Cap. 4. Conclusão
Resumo: O Estudo de Baixas populações demonstram risco de extinção por baixa variabilidade genética, onde os defeitos genéticos herdados aparecem com maior frequência. Esta realidade observada e testada, presente em inúmeros exemplos, nos leva a questionarmos o modelo que descreve uma média de complexificação das espécies no histórico fóssil. O inicio de populações de especies ancestrais necessita de uma realidade genética hipervariável e com um minimo de defeitos deleterios, e ao mesmo tempo, com a demonstração de vários casos onde especies-mães possuem menor carga genética de defeitos e maior patrimonio genético, nos faz observar que o código genético nas populações ancestrais fosse cada vez mais hipervariável, com menor defeito ou acúmulo de mutações deleterias e com maior patrimônio e complexidade genética, excetuando aspectos de imunidade, fruto de evolução de soluções geneticas de organismos selecionados frente as contingencias da vida. Em conformidade com isso, estudos demonstrando ancestralidade comum pelo DNAmt (DNA mitocondrial), pelo cromossomo Y e por cálculo estatístico, revelam individuo macho e fêmea como originador de toda humanidade vivendo não mais que poucos milhares de anos atrás, remetendo-nos invariávelmente ao que os escritos antigos já falavam de alguma forma.
Introdução
GENEALOGIA E ANCESTRALIDADE COMUM
Marco Antônio Zago e Wilson Silva Jr., da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) escrevendo sobre a origem das populações de indios nas 3 américas, e através de estudos no DNAmt (DNA mitocondrial), deduziram, entre outras assertivas:
"É como se todos os haplogrupos tivessem aparecido mais ou menos ao mesmo tempo."
"Como os ameríndios apresentam menos diversidade genética do que os asiáticos, os pesquisadores acreditam que os nativos da América sejam o resultado de um processo evolutivo chamado de efeito gargalo: a partir de poucos indivíduos - leia-se baixa diversidade genética - origina-se uma população enorme que vai colonizar uma grande área - as três Américas, no caso".
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/novo_site/extras/imprimir.php?id=1853&bid=1Observamos que o afunilamento nos ascendentes não é uma observação isolada, mas se comunica multidisciplinarmente com varios raciocinios, testes e até mesmo centenas de fontes arqueológicas, e aponta não somente para baixas populações (com risco de homozigose continuada sempre aumentando quanto mais voltarmos), como também nos exige o desafio de respondermos a difícil pergunta de como aumentariam sua variabilidade para sobreviverem e justificar as centenas de variações e especiações atuais?
Para isso, algumas respostas se destacam como na matéria "Cientistas dos EUA têm nova teoria sobre evolução humana"
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/021224_hominideobg.shtml"Há sinais de que houve cruzamento entre espécies nesse período"
Mas....
"Esta nova pesquisa sugere que aconteceram alguns cruzamentos, mas, como os próprios autores reconhecem, esses cruzamentos podem ter ocorrido em dose limitada. O que realmente aconteceu continua sendo uma pergunta sem resposta", acrescentou o cientista".
Uma das maneiras de se estabelecer que houve cruzamentos entre supostos antepassados comuns ao homem e aos chipanzés é a localização de retrovirus, porem este raciocinio ignora que existe apenas parcialmente aleatoriedade na inserção dos mesmos pois " os elementos transponíveis se inserem apenas entre determinados pares de base (e isso depende do transposon, uns são mais específioos que outros), o que dita isso são as características físico-químicas das enzimas que os inserem nesses lugares"
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=26688928&tid=2597695239025054347&na=4&nst=141&nid=26688928-2597695239025054347-5202024475795995748Neste artigo, vemos que uns se inserem aleatoriamente e outros "preferem" certas sequencias.
Transposons are mobile genetic elements that insert themselves into genomic DNA at essentially random locations, although different classes of transposons can have preferences for certain insertion site sequences. For example, random mutagenesis of viral BACs can be accomplished using a donor plasmid (such as a Tn1721-derived insertion from a modified TnMax plasmid [42, 43, 76-78]) with a transposon that has a preference to be inserted into plasmid (rather than genomic) DNA [10]. (...)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2965428/?tool=pubmedOu seja, nem sempre igualdades de retrovirus podem indicar parentesco e ancestralidade comum.
Estudos e testes efetuados pelo bioquímico Frank Sherer da alemanha, demonstram em testes feitos entre mais de 2000 especies e generos distintos , que para se estabelecer ancestralidade comum deveria haver ao menos um inicio de um embrião em cruzamentos artificiais, pelo menos uma coordenação cromossomica ajustavel. Ele procurou saber se isso ocorreu em tentativas artificiais entre homem e chipanzés, gorilas, etc... e não encontrou nem um inicio de formação embrionaria. "Evolução, Livro Texto Crítico"
Lembrando que existe certos setores do DNA onde acontecem mais erros de copias (por exemplo na heterocromatina) a polimerase do DNA comete mais erros. Ou seja, não reparam os erros outrora acontecidos, o que poderá coincidir mutações "justamente" em semelhantes locais, o que enfraquece a "coincidência" ainda mais. Certos setores concentram elevadas taxas de mutação também.
Ou seja, não apenas a pergunta sobre nossos ascendentes fica sem resposta como tambem os sinais de ascendência comun com chipanzés e o difícil cruzamentos entre especies primas , ficam mais fracos ainda, se não bastasse a fraqueza do proprio argumento levando em conta a dificuldade que é descendentes férteis, e a necessidade imensa de maior parentesco e semelhança com os simios, o que pesquisas recentes descartam cada vez mais esta possibilidade como vemos neste artigo da Science 29 June 2007: Vol. 316. no. 5833, p. 1836
Jon Cohen, EVOLUTIONARY BIOLOGY: Relative Differences: The Myth of 1%.
http://www.sciencemag.org/cgi/content/summary/316/5833/1836Para verificar mais as numerosas diferenças genéticas, ver 23
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=14251159&tid=2544078963181814212&kw=o+mito+do+1%25Para quem quiser ver o impacto desta edição em comunidades defensoras da ancestralidade comum com chipanzés, acesse:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=184959&tid=2552443873686910298&kw=o+mito+do+1%25 Especiação
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/idade-do-gelo/formacao-de-novas-especies.phpOs autores evolucionistas insistem em apelar para mecanismos de especiação para justificar o surgimento da especie humana e de todos os seres vivos
Mas percebemos que estes mecanismos precisariam sempre de uma população anterior, como temos em
http://www.simbiotica.org/especiacao.htm"Evolução divergente - ocorre quando duas populações se separam e acumulam diferenças que impossibilitam o cruzamento entre elas, originando novas espécies;
#
Radiação adaptativa - a partir de uma espécie inicial, verifica-se uma ocupação de grande número de habitats e o surgimento de numerosas espécies quase simultaneamente;
#
Evolução convergente - populações com origem diferente e sem qualquer parentesco, sujeitas a pressões selectivas semelhantes, vão desenvolver estruturas e modelos de vida semelhantes;
#
Evolução paralela - espécies distintas, mas com um antepassado comum, podem, independentemente, permanecer semelhantes devido ao mesmo tipo de pressões selectivas.
visão criacionista de especiação
http://www.unasp-sp.edu.br/campus/neo/downloads/gibson2.pdfhttp://www.unasp-sp.edu.br/campus/neo/downloads/gibson1.pdfhttp://www.unasp-sp.edu.br/campus/neo/downloads/gibson3.pdfhttp://www.portaleducacao.com.br/forum/forum_posts.asp?TID=517&PID=1947 (ver mais especificamente em Baraminologia)
Encontrei 3 linhas de argumentação que parecem fundir em torno do que tentamos defender:
1.1 Há quem enfatiza homozigose como um bom fator evolutivo, apesar dos imensos riscos
1.2. Outros enfatizam exatamente o contrario, os riscos e a impossibilidade de sobrevivência com populações muito pequenas , requerendo cruzamentos entre especies primas na fundação, o que gera grandes complicações
1.3. Há tambem quem defende justamente poucos descendendo muitos, a exemplo da capacidade de alguns poucos casos hoje, o que recomendaria mais nosso modelo dadas as dificuldades que poderiam ser suplantadas ou minimizadas com a idéia da hipervariabilidade ancestral
Estudos 1 em populações determinam que a existência de poucos indivíduos numa população de uma determinada espécie, indica em geral baixa VG (Variabilidade genética), ou seja, podem variar-se geneticamente pouco, e uma população com poucos indivíduos têm alto grau homozigótico (características geneticamente uniformes), trazendo sérios problemas a raça pelo aumento de freqüência de compartilhamento de alelos de genes deletérios gerando a impossibilidade de sobrevivência tendo em vista a baixa VG daquela população, pois os cruzamentos em uma cessação assim aumentarão a freqüência de transmissão de alelos deletérios, onde qualquer mutação deletéria pode se espalhar e fixar rapidamente sobre aquela frágil população, o que pode em pouco tempo condená-la a extinção.
Neste trabalho procuraremos ressaltar esta dificuldade de sobrevivência com o objetivo de demonstrar que somente uma configuração genética diferenciada, mais perfeita, com menor carga genética e maior patrimônio genético, na maioria das espécies, poderia permitir a explosão populacional humana e de todos os seres vivos.
"Existem diversas cidades do Brasil onde casamento e reprodução só são realizados entre parentes. Como exemplo: Estrela D'Oeste - SP, o número de parentes casando com parentes são extremamente altos e não há nenhum caso de doença deletéria na família" 2. Sugerimos que estas exceções de comportamento nos cruzamentos entre parentes demonstram um pouco do retrato genético ideal que existia nas populações ancestrais.
Localização de Estrela do Oeste
Cap 1 ..Genealogia e Ancestralidade Comum
Estudos na universidade da Yale , Dr Chang, publicado na Nature, 2004, em estatística genealógica 3, e outros mais, em busca de ancestralidade comum, como da Eva mitocôndria, de datação com base de médias de intervalos regulares de mutações, demonstram a ancestralidade comum em humanos , e o fato de termos ancestrais comuns a todos vivos e mortos, implica em avistar em uma certa época, um numero populacional reduzido, com todos os problema genéticos que hoje avistamos.
Estudo feito nos Estados Unidos mostra que o mais recente ancestral comum a toda a população mundial atual, viveu, não há dezenas de milhares de anos, mas há apenas 3 mil anos . Simulações feitas em computador, baseadas em um novo modelo estatístico, mostraram que o ancestral comum a toda a humanidade não é tão velho como se imaginava. Cientistas norte-americanos descrevem na edição de 30 de setembro da revista Nature que tal indivíduo teria vivido há apenas 3 mil anos. Esse retorno com cada vez menor numero populacional nos desafia a encontrar hipóteses não uniformistas sobre a capacidade de nossos poucos ancestrais comuns nos descenderem, sem que os levasse a extinção.
1.2 Analisando Estudos sobre a Eva Mitocondrial (DNAmt)
"Os genes de uma criança são aproximadamente igualmente herdados do pai e da mãe. O rearranjo genético que ocorre a cada geração sucessiva dá ao feto duas cópias de cada gene de uma escolha de quatro possíveis dentre os genomas dos pais. A herança do DNA mitocondrial (DNAmt) é uma exceção à reprodução sexual. De singular na teoria da Eva Mitocondrial é a descoberta de que o DNAmt é herdado apenas da mãe, não havendo nenhuma contribuição do pai na época da fertilização. Quando o espermatozóide penetra o óvulo, não há entrada de mitocôndria. Apenas o DNA da cabeça do espermatozóide contribui para a formação do zigoto. A única fonte de DNAmt do zigoto é materna. A mãe passa o seu componente de DNA mitocondrial para suas filhas e filhos. Os filhos não podem passar sua informação genética adiante; a informação pode ser passada apenas pelas filhas".
"O resultado surpreendente foi que todas as ramificações da árvore se juntaram em um tronco rapidamente. Rapidamente significa que usando uma taxa assumida para as mutações no DNAmt, todos os indivíduos testados poderiam ser considerados tendo uma mãe comum africana em um passado evolutivo recente. Estes investigadores concluiram: "Todos estes DNAs mitocondriais partiram de uma única mulher que se postula ter vivido 200.000 anos atrás, provavelmente na África. Todas as populações examinadas, exceto a população africana, têm origens mútiplas, implicando que cada área foi colonizada repetidamente." O ancestral africano foi chamado Eva Mitocondrial pela imprensa. A descoberta de uma convergência na árvore evolutiva a um único ancestral materno comum que viveu na África sub-Saárica há apenas 200.000 anos é sem dúvida dramática".
tenciais falhas nessa teoria têm sido extensivamente debatidas. Os 200.000 anos estimados ao ancestral comum poderiam ser um erro significante se fosse assumido que a taxa de mutação para o DNAmt estivesse errada. O DNA mitocondrial possui uma taxa de mutação mais alta do que o DNA nuclear, porque a mitocôndria não possui o mecanismo de reparo extensivo do DNA, presente no núcleo da célula". 13
"Essa idade de 200 mil anos foi conseguida assumindo que o relogio molecular do DNAmt apresentasse uma taxa constante de mutação a cada 6 mil a 12 mil anos, algo em torno de 600 gerações (Gibbons, 1998). "Entretanto" escreve Wellington Silva, doutorando em Genética Humana na UNB, estudos revelaram uma taxa mutacional cerca de 20 vezes mais rápida, ou seja, uma mutação a cada 25 ou 40 gerações (Howell, 1996; Pearsons et al., 1997) . Estes dados , suscita am sérios questionamentos aos métodos utilizados para datar even6tos evolutivos (Paabo, 1996; Gibbons, 1998), enquanto para os criacionistas , soaram como boas-novas por estar em harmonia com o modelo de uma curta cronologia para nossa origem (Wieland, 1998)" 14
Ou seja, voltamos a cronologia arqueologica e bíblica e encontramos novamente Adão e Eva, será mesmo mito (no sentido usual) como dizem?
Baseando-se no ADN de um antigo czar russo, os investigadores descobriram que talvez o ADN mitocondrial esteja a sofrer mutações 20 vezes mais rápido do que se pensava.
Os autores também fazem referência a um outro estudo onde os investigadores sequenciaram 610 pares de base do ADN mitocondrial de 357 indivíduos de 134 famílias diferentes e repararam que as mutações ocorrem com muito mais frequência do eles pensavam. Estudos evolutivos anteriores fizeram os investigadores pensar que iriam encontrar uma mutação a cada 600 gerações (uma a cada 12.000 anos). No entanto, ficaram "estonteados" por encontrarem alterações em 10 pares de base, o que dá uma mutação a cada 40 gerações (uma a cada 800 anos).
Mais para a frente, o artigo apresenta a controvérsia:
"researchers have calculated that "mitochondrial Eve"-the woman whose mtDNA was ancestral to that in all living people-lived 100,000 to 200,000 years ago in Africa. Using the new clock, she would be a mere 6000 years old." - (Os investigadores calcularam que a "Eva mitocondrial" - a mulher cujo mtADN foi ancestral de todos os seres humanos - viveu entre 100.000 a 200.000 anos atrás em África. Utilizando o novo relógio, ela teria uns meros 6000 anos)
Fonte 1:
http://www.dnai.org/teacherguide/pdf/reference_romanovs.pdfFonte 2:
http://www.nature.com/ng/journal/v15/n4/pdf/ng04 Cap 2 -Baixa Variação Genética , doenças genéticas e Perigo de extinção
" Deve-se ressaltar que a variabilidade genética é a base da perpetuação de todos os seres vivos" 4 Pequenas populações apresentam em geral (não sempre) baixa VG, estas apresentam muitas doenças, fragilidades e deformidades, e está quase sempre condenada a extinção quanto maior for à taxa de cruzamentos endogâmicos
"Para uma Espécie poder se reproduzir e viver em um meio é necessário um número mínimo de espécies geneticamente diferentes. Sem essa variabilidade, mudanças no meio são fatais e ainda começam aparecer problemas de deformações e doenças consideradas raras pelo seu caráter recessivo, semelhante ao ocorrido em cruzamentos com pais e filho (caso bovino) ou entre primos (com os humanos) Por isso uma espécie é considerada oficialmente extinta quando o número de indivíduos é inferior a um número mínimo, em média 25.
Por isso animais como a ararinha azul, e a subespécie chinesa dos tigres apesar de ainda terem exemplares vivos em cativeiro e na natureza, são consideradas extintas.
Estudos em populações atuais determinam que a existência de número de indivíduos numa espécie a ameaçam com diversas doenças genéticas e extinção. ex: Variabilidade genética de peixes-bois é alarmante
Análise de DNA mitocôndria reflete drástica redução populacional e risco de extinção 5 Se para estudos em populações, quanto menor o numero de indivíduos , maior a ameaça de extinção, pela, em geral, baixa VG ,logo, é necessário que no passado recente, quando percebemos por estatística genealógica a presença de poucos ancestrais comuns (evidenciado por estatística genealógica, relógio molecular do DNAmt, cálculos matemáticos e fontes arqueológicas diversas, para pelo menos, os humanos) , que estes indivíduos da população anterior tenham características especiais genéticas e não uniformistas, diferentes da atualidade, que suportassem e compensem as ameaças de doença e de extinção, que hoje podem ser observadas
2.1 Os Vórtices da Extinção (Extinction Vortex)
- A Classe "R" do Vórtice é iniciada quando ocorrem distúrbios que diminuem o tamanho de uma População aumentando a variação do número de indivíduos nesta. As populações ficam vulneráveis a distúrbios posteriores e uma das principais conseqüências pode ser a mudança na proporção de machos para fêmeas, o que poderia acarretar numa diminuição brusca nas taxas reprodutivas;
- A Classe "D" do Vórtice ocorre quando o tamanho da População diminui e a sua distribuição espacial fica fragmentada. Além da diminuição do fluxo gênico entre os fragmentos, o risco de extinção da espécie em fragmentos se torna maior;
- O Vórtice "F" é o aumento do número de Homozigotos devido à diminuição no tamanho da População. Há o aumento da Oscilação Genética e a conseqüente perda de alelos e variabilidade genética, causada pelo aumento de cruzamentos entre indivíduos geneticamente semelhantes (cruzamentos consangüíneos);
- O Vórtice "A" ocorre devido às mesmas causas das outras Classes de Vórtice. A diminuição do tamanho populacional resulta em menos variabilidade genética (como no vórtice "F") e consequentemente há uma redução no Potencial de Adaptação de uma população a distúrbios externos (doenças ou mudanças climáticas, por exemplo).
"Darwin nos ensina desde 1859, as espécies extintas nunca serão substituídas ou copiadas, nunca haverá um ser que consiga ser igual a uma espécie extinta. Primack e Rodrigues, 2002, consideram as espécies como "soluções para a vida no planeta" e o crescente número de extinções não nos permitirá responder questões primordiais sobre a vida e a evolução na Terra".idem 1
2.1 Os Perigos da Endogamia Continuada
"O resultado final da "Endogamia continuada (característica de populações pequenas) é a perda terminal do vigor e a provável extinção da variabilidade genética, diminuindo a fertilidade, aumentando a taxa de mortalidade e aumentando a ocorrência de anomalias genéticas" 6
"Almeida (2004), em seu artigo intitulado Teoria das Ilhas Genéticas, propõe que as raças melhoradas devam ser tratadas também como em risco de extinção, argumenta que a perda de GENES causada pela endogamia é mais perigosa que a extinção de uma raça, pois reduz a variabilidade genética e a capacidade de reação a desafios futuros, como mudanças climáticas ou mesmo novas enfermidades" 7
2. 3 Situações Ideais Genéticas para Sobrevivência das Espécies Ancestrais
Sob baixa população, para que a população sobrevivesse milênios após, teríamos que ter na espécie um "fitness" perfeito em ambiente perfeitamente adequado, alta heterose sem alelos considerados deletérios, nenhuma ou baixíssima carga genética, alta Variabilidade genética apesar da reduzida população (algo raro de se observar hoje)
Ou seja, nada que lhes ameaçasse a extinção pela transferência alélica que seria quase homogenia de caracteres deletérios. Estes deveriam praticamente inexistir.
Escreveu o biólogo Maximiliano a respeito do fato da existência do casal fundador de nossa espécie:
"Aparentemente, para contrabalançar o efeito negativo do baixo pool gênico (máximo de quatro alelos por gene, já que são dois indivíduos) um casal do tipo ancestral teria de ter:
1 -Fitiness igual ou muito próximo ao ótimo;
2 - Alta heterose (=heterozigose, = vigor híbrido), e de preferência sem alelos considerados deletérios;
3 - Baixa carga genética
4- Fatores ligados ao retardo do envelhecimento
Todavia, alguns modelos matemáticos (no livro Introdução à Genética, Lewontinl), prevêem que em poucas gerações o número de homozigotos tende a aumentar demais na população, o que com certeza é prejudicial, pois acarreta em redução do fitness devido aos cruzamentos consangüíneos próximos. Apesar de que, se a carga genética é baixa, e não encontramos alelos deletérios, a homozigose não seria tão catastrófica assim.
Por outro lado, esses modelos matemáticos não parecem levar muito em consideração os efeitos da recombinação, elementos genéticos transponíveis (procurar por Ages - Altruistic Genetic Elements, na literatura criacionista) e mutações, na geração de novos alelos, então talvez os pontos a serem levados em consideração neste caso são:
1 - Se estes processos são totalmente aleatórios ou se são regulados de alguma forma (aparentemente existem evidências pra se confiar que a recombinação e a transposição, são sim bem reguladas, haja vista a complexidade dos processos);
2 - Com que rapidez esses processos ocorrem, ou seja, quanto tempo leva pra um processo desses produzir um alelo novo a ser adicionado ao pool gênico". 8
Cap 3 -Aumento de Potencial de Variabilidade nos genótipos ancestrais
A população de Chita têm uma variabilidade genética geralmente baixa "as crias da chita sofrem de elevados índices de mortalidade devido também a factuais genéticos" "Alguns biólogos defendem a teoria de que, em resultado da procriação consangüínea, o futuro da espécie está comprometido" . As chitas estão incluídas na lista de espécies vulneráveis da IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza), como subespécie africana ameaçada e subespécie asiática em situação crítica. É considerada uma espécie ameaçada de extinção no Apêndice I da CITES (Convenção sobre o comércio internacional das espécies da fauna e da flora selvagem ameaçadas de extinção)." 9
"Os caçadores exibem como troféus animais diferenciados com a chita de pelo longo e as de pelo cinzento e azul indicando que no passado havia uma diversidade genética muito maior nesta espécie hoje ameaçada de extinção". idem
Tal tendência que chamamos de funil de expressões da variabilidade ascendente pode ser demonstrada em quase todas as espécies. Onde se percebe que espécies ancestrais possuem cada vez maior capacidade de variar-se no passado.
Outro fator é que "toda vez que há um cruzamento os cromossomos se segregam aleatóriamente e se unem novamente nos gametas, também aleatóriamente. Como o novo indivíduo terá apenas 2 alelos, os outros dois ficaram de fora. Levando isso a nível de "população", por razões casuais, a cada geração teríamos uma menor variabilidade genética. Isso irá homogeneizar os indivíduos
Para facilitar, analogia:
Temos um dado comum, com 6 lados. Digamos que lançaríamos este dado 6 vezes em várias séries. Cada lançamento representa um indivíduo e cada série representa uma população. Toda vez que um dado número não aparecer na série de 6 ele será substituído pelo que aparecer com maior frequência.
Primeira série:
3 - 6 - 4 - 1 - 2 - 2 = 5 não apareceu, então mudaremos o 5 pelo 2. Agora nosso dado tem 2 faces com o número 2.
Segunda série:
6 - 2 - 4 - 1 - 2 - 4 = 3 não apareceu, então podemos substituir por 2 ou 4, que apareceram com maior frequência.
E assim por diante. Você pode notar que toda vez que substituímos um número ele terá maior probabilidade de aparecer em detrimento dos outros. No final teremos um dado com todas as faces iguais, ou seja, a variabilidade perdida".
3.1 Análise de Progressões Populacionais Convencionais
Eis as estimativas usuais para o crescimento da população humana mundial desde a pré-história (anos negativos devem ser entendidos como a.C.):
Ano população crescimento % a.a.
-1.000.000 125.000 n/d
-300.000 1.000.000 0,0003%
-25.000 3.340.000 0,0004%
-10.000 4.000.000 0,0012%
-8.000 4.500.000 0,0059%
-5.000 5.000.000 0,0035%
-4.000 7.000.000 0,0337%
-3.000 14.000.000 0,0693%
-2.000 27.000.000 0,0657%
-1.600 36.000.000 0,0719%
-1.000 50.000.000 0,0548%
-800 68.000.000 0,1539%
-500 100.000.000 0,1286%
-400 123.000.000 0,2072%
-200 150.000.000 0,0993%
1 170.000.000 0,0623%
14 171.000.000 0,0451%
200 190.000.000 0,0567%
350 190.000.000 0,0000%
400 190.000.000 0,0000%
500 195.000.000 0,0260%
600 200.000.000 0,0253%
700 210.000.000 0,0488%
800 220.000.000 0,0465%
900 242.000.000 0,0954%
1000 265.000.000 0,0908%
1100 320.000.000 0,1888%
1200 360.000.000 0,1179%
1250 360.000.000 0,0000%
1300 360.000.000 0,0000%
1340 370.000.000 0,0685%
1400 350.000.000 -0,0926%
1500 425.000.000 0,1943%
1650 545.000.000 0,0000%
1700 610.000.000 0,2256%
1750 720.000.000 0,3321%
1800 900.000.000 0,4473%
1850 1.200.000.000 0,5770%
1875 1.325.000.000 0,3972%
1900 1.625.000.000 0,8197%
1920 1.813.000.000 0,5489%
1925 1.898.000.000 0,9206%
1930 1.987.000.000 0,9207%
1940 2.213.000.000 1,0831%
1950 2.516.000.000 1,2915%
1955 2.760.000.000 1,8684%
1960 3.020.000.000 1,8168%
1965 3.336.000.000 2,0103%
1970 3.698.000.000 2,0818%
1975 4.079.000.000 1,9806%
1980 4.448.000.000 1,7471%
1985 4.851.000.000 1,7497%
1990 5.292.000.000 1,7555%
1995 5.761.000.000 1,7128%
2000 6.272.000.000 1,7142%
Perguntas sobre o gráfico
-1.000.000 125.000 n/d
-300.000 1.000.000 0,0003%
-25.000 3.340.000 0,0004%
-10.000 4.000.000 0,0012%
-8.000 4.500.000 0,0059%
-5.000 5.000.000 0,0035%
-4.000 7.000.000 0,0337%
-3.000 14.000.000 0,0693%
Porque entre 4000ac e 3000ac a população dobrou de 7milhões para 14 milhões? Porque justamente entre 8000 AC e 5000 AC a população aumentou apenas 12%? De 4,5milhões para 5milhões? Ou seja, em um período de 1000 anos a população dobra, dá um salto de 7milhões pra 14 milhões, mas, em um período de três mil anos, três vezes maior que o anterior, a população aumenta míseros 12%? Ou seja, subiu de 4,5milhões para apenas 5 milhões?