Autor Tópico: Três famílias iguais, em três mundos diferentes  (Lida 2462 vezes)

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Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Online: 20 de Abril de 2010, 20:37:02 »
Achei na reportagem interessante por mostrar uma boa comparação entre os diferentes modos de vida relacionando-os com a economia de cada local.
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Três famílias iguais, em três mundos diferentes

Médicos, casados, com dois filhos em Brasília, Berlim e Washington DC. Cada país tornou suas vidas completamente diferentes

São seis horas da tarde de sábado. Em Brasília, a família de Daniel Araújo entra no carro para ir ao cinema. De lá, vai a uma pizzaria para jantar. Em Washington, a capital dos Estados Unidos, são cinco horas da tarde e Peter Grant, esposa e filhos começam a se arrumar para ir à igreja. Na volta, assistirão a um filme na televisão, economizando após a crise mundial. Quase sete mil quilômetros de distância dali, na capital alemã, Berlim, o sábado está quase acabando e Jan Reisshauer estuda "Cirurgia de Emergência", tema de seu curso de especialização. Christina, sua esposa, descansa. Os dois passaram a tarde no parque brincando com as duas filhas pequenas.

Nas três famílias, os pais são médicos e têm entre 30 e 50 anos. Todas as esposas conciliam o trabalho com os cuidados da casa. Cada casal tem dois filhos, que são novos e ainda não saíram de casa. Apesar dessas semelhanças, as famílias Araújo, Grant e Reisshauer vivem de maneiras bem diferentes. “Os padrões de vida são distintos porque custos e ganhos são diferentes”, diz Vitória Saddi, professora de economia do Insper.

No Brasil, alguns tipos de lazer, como ir à praia, custam menos do que nos Estados Unidos e na Alemanha. O aluguel de uma casa no litoral norte-americano será US$ 500 mil por uma temporada de três meses de verão, o equivalente a R$ 1,2 milhão. “Aqui, quase qualquer um vai”, diz Vitória. No entanto, livros são mais baratos lá fora, e as bibliotecas públicas são muito mais utilizadas, tanto pelos norte-americanos como pelos alemães.


O médico Daniel Araújo, com a mulher Sônia e as filhas: 20% do orçamento vai para saúde

Cada hábito de uma família, em qualquer lugar do mundo, tem explicações culturais, políticas e econômicas. Na maioria das vezes, o fator que mais pesa nessa mistura é o econômico. No Brasil, o salário mínimo é de R$ 510 ao mês, quatro vezes menor do que nos Estados Unidos e cerca de seis vezes mais baixo do que na Alemanha. No entanto, os brasileiros têm a “sensação” de que ganham mais, pois o imposto direto é menor do que nos outros dois países, diz a professora Vitória Saddi. Enquanto os trabalhadores pagam até 27,5% do salário em impostos de renda no Brasil, alemães pagam 40% e norte-americanos, por volta de 50%, dependendo de quanto recebem.


A família Grant, em frente à igreja

Descontados impostos, o maior gasto da família Araújo é com educação. Para que as duas filhas _uma de 14 anos e outra de cinco anos_ estejam na escola, Daniel e Sônia pagam um terço do dinheiro restante. Na Alemanha, o estudo é gratuito e os pais arcam apenas com a creche, cujo valor é uma porcentagem da renda familiar, e com aulas extras. Para educar as duas filhas, os Reisshauer usam 10% do que sobrou após os impostos.

Os gastos com saúde e seguros também são muito maiores para a família brasileira. Enquanto os Araújo gastam quase 20% do orçamento, a família Grant usa menos de 3% para este fim. Isso não quer dizer que o governo norte-americano pague os custos de saúde, afirma Saddi. A distorção está do outro lado: no Brasil, planos de saúde, seguros e remédios são mais caros.

Outro ponto que acaba diferenciando os gastos em diferentes partes do mundo é a infraestrutura e a segurança de cada cidade. “Brasília já foi mais tranqüila”, diz Sônia Araújo. “Para sair de casa, seja qual for o destino, o carro é essencial, infelizmente”, conta. Enquanto isso, nas largas e amplas ruas de Washington, bicicletas e ônibus são a opção mais conveniente em muitos casos e, assim como o metrô, são usados com muita freqüência pelos cidadãos. “Lá, os impostos para quem usa carro são muito altos”, diz.

Em Berlim, ainda que seja inverno e a temperatura esteja em oito graus negativos, a família Reisshauer só usa o carro para “passeios especiais”, conta Jan. " Vamos para o trabalho, fazemos compras e levamos as meninas para a creche de bicicleta”, afirma.

Além disso, a crise não afetou todos com a mesma intensidade. Enquanto nos Estados Unidos _país de eclosão dos problemas_ a família cortou gastos, principalmente com lazer e restaurantes, muitos brasileiros e alemães não viram diferença alguma no dia-a-dia. “Não percebi a crise”, afirmou o médico alemão Jan Reisshauer. A família Araújo também não deixou de ir ao cinema ou de almoçar e jantar fora de casa.


Christina Reisshauer com as filhas, Lucia e Matilda

http://economia.ig.com.br/financas/orcamentofamiliar/tres+familias+iguais+em+tres+mundos+diferentes/n1237585877657.html
Citação de: [url=http://economia.ig.com.br/financas/orcamentofamiliar/familia+brasileira+gasta+mais+com+seguranca/n1237585941945.html]iG Economia[/url]
Família brasileira gasta mais com segurança

Na comparação com outras capitais do mundo, gastos com seguro e carros são maiores para a família Araújo, de Brasília

Brasília, conhecida por seu formato de avião e pelo desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer, “já foi mais tranquila”, diz Sônia Araujo, de 43 anos, que mora na capital do País com o marido, o médico Daniel Araujo, e suas duas filhas.

A família tem uma renda mensal de R$ 15 mil e gasta 14% do total com seguros e custos relacionados ao automóvel. “O carro aqui é essencial, infelizmente”, diz Sônia. Se comparada a uma família norte-americana, a brasileira gasta mais com esses dois itens. Em Washington, capital dos Estados Unidos, os quatro membros da família Grant usam bicicletas, ônibus e metrô para se locomover.

Eles têm apenas um carro, que é mais utilizado por Peter, o pai. “Poucos são os que têm e utilizam carro, o imposto é caro”, diz Vitória Saddi, professora de economia do Insper. Mesmo com pouco uso, o carro lhes custa cerca de 5% do orçamento mensal. Já os seguros, 0,37%.

Apesar de gastar mais com locomoção, o lazer pesa menos para os brasileiros. Como não foi afetada pela crise econômica que eclodiu em 2008, a família Araújo não deixou de lado programas fora de casa. “Vamos ao cinema e a restaurantes”, conta Sônia. Além disso, os quatro têm o hábito de praticar esportes, e o clima, durante todo o ano, é mais favorável do que em outros países para atividades ao ar livre.

Daniel, Sônia e suas duas meninas gastam 10% da renda mensal, cerca de R$ 1.500, com lazer e viagens. Os jantares e almoços fora de casa consomem outros 17% do orçamento e só perdem para a educação, que fica com 23,3% do dinheiro que entra na conta da família no mês. As mensalidades da escola e os cursos extras somam R$ 3.500.


Salário mínimo brasileiro, de R$ 510, é quatro vezes menor do que o dos EUA

Quando o assunto são impostos, os tributos pagos são mais baixos em Brasília do que em capitais como Washington e Berlim. Daniel e Sônia pagam 27,5% do que ganham ao governo, enquanto nos Estados Unidos a taxa paga pela família Grant – que também tem pai médico e dois filhos – é de 50% do salário. Na Alemanha, a família Reisshauer, que tem as mesmas características, paga imposto de 40% da renda.

“No Brasil, apesar de o salário mínimo ser mais baixo, as pessoas têm a sensação de que ganham mais, pois o imposto direto é menor do que nos outros dois países”, diz a professora Vitória, do Insper.

Atualmente, o salário mínimo brasileiro é de R$ 510, ou R$ 3,18 por hora. Nos Estados Unidos, são US$ 7,5 por hora (R$ 13,50), o que resulta em R$ 2.300, considerando uma jornada de 40 horas semanais. Já na Alemanha, o salário depende da região, do setor da economia e da função desempenhada pelo funcionário. O valor por hora pode variar de 5 euros a 14 euros por hora (de R$ 11 a R$ 28,50). Em média, são 1.520 euros ao mês, cerca de R$ 3.600.
Citação de: [url=http://economia.ig.com.br/financas/orcamentofamiliar/menos+restaurantes+e+novas+formas+de+lazer/n1237585954284.html]iG Economia[/url]
Menos restaurantes e novas formas de lazer

A família Grant, de Washington, teve que aprender a se divertir de formas mais baratas desde o início da crise financeira

Nas últimas semanas, a economia norte-americana tem apresentado dados positivos. O número de pedidos de auxílio-desemprego vem caindo, e a atividade industrial, crescendo. Mesmo assim, Peter Grant, que vive em Washington DC, a capital dos Estados Unidos, ainda prefere fazer programas caseiros com a família, para economizar.

A crise financeira que atingiu o mundo a partir de 2008 realmente mudou os hábitos dos norte-americanos. Peter e sua esposa, Anna, passaram a assistir mais televisão em casa com seus filhos, a ir à igreja com mais frequência e diminuíram o número de idas a restaurantes.

Peter é médico radiologista e ganha muito acima do salário mínimo norte-americano, que é de US$ 7,5 por hora (R$ 13,5), o que totaliza US$ 1.200 (R$ 2.300) ao mês. Somando o ganho de sua esposa, a renda da família Grant é de US$ 33 mil (cerca de R$ 60 mil) ao mês, dos quais metade é destinada ao pagamento de impostos.


O médico Peter Grant com a esposa e os filhos: lazer e restaurantes são 8,5% do orçamento

Os gastos com lazer, almoços e jantares em restaurantes já responderam por 15% do total em outras épocas. Atualmente, somam US$ 2.800, o que não passa de 8,5% na planilha do orçamento da família. “O lazer lá é muito mais caro do que aqui”, compara Vitória Saddi, professora de economia do Insper. “O aluguel de uma casa no litoral norte-americano será, no mínimo, US$ 500 mil por uma temporada de três meses de verão”, comenta, o equivalente a R$ 1,2 milhão.

Apesar de gastarem mais com lazer, a cultura muitas vezes sai mais em conta. Livros são mais baratos, e as bibliotecas públicas são muito mais utilizadas. “Nos Estados Unidos, há muitas delas, e as pessoas podem ligar e pedir o livro. O funcionário entrega em casa, depois busca. Aqui não temos isso”, diz Vitória.

Para a educação dos dois filhos, os norte-americanos gastam US$ 4.100 ao mês. Ainda que as escolas públicas sejam muito boas, eles preferem que seus filhos estudem em particulares. O ensino privado de alta qualidade é mais caro na cidade em que mora o presidente Barack Obama do que na do presidente Lula. Em Brasília, a família do médio Daniel Araújo, por exemplo, gasta R$ 3.500 com a escola de suas duas filhas.


Na capital dos EUA, família gasta 25% do orçamento com educação e habitação

Além da educação, o maior gasto da família Grant é com a casa, que leva 12,5% da renda mensal. Juntos, os itens habitação e estudos correspondem a 25% do orçamento familiar. No Brasil, a família Araújo não gasta mais de 9% do orçamento com habitação. Eles possuem casa própria e pagam R$ 700 de condomínio. Energia, internet e TV a cabo custam aproximadamente R$ 600.

Com plano de saúde e outros gastos médicos, Grant gasta US$ 1.800. Em geral, as empresas pagam os planos de saúde de seus funcionários integralmente ou parcialmente, dependendo da região dos Estados Unidos. No caso deles, apesar de Peter ser médico, ele arca com todos os custos da cobertura que escolheu.

Com compras de mantimentos e itens extras, não essenciais para a casa, a família Grant gasta cerca de US$ 1.500 ao mês, cifra que aprendeu a controlar melhor depois da crise econômica. Eles não sofreram com a crise, mas dizem ter melhorado os hábitos para viver com mais segurança.
Citação de: [url=http://economia.ig.com.br/financas/orcamentofamiliar/nao+sentimos+a+crise+diz+familia+alema/n1237585939322.html]iG Economia[/url]
Não sentimos a crise, diz família alemã

A família Reisshauer ganha 6,5 mil euros. Após as contas e os extras das filhas, ainda poupam. "Nada mudou com a crise", contam

Apesar de a Alemanha se encontrar na pior crise econônica dos últimos 60 anos, com cerca de 3,6 milhões de desempregados, o médico Jan Reisshauer só soube da crise pelos jornais.

Aos 33 anos, Reisshauer é anestesista e médico assistente do Hospital Universitário de Halle, em Berlim, e recebe cerca de 3,5 mil euros (aproximadamente R$ 8,5 mil) bruto por mês. Sua mulher, Christina, também médica, recebe outros 3 mil euros (R$ 7,3 mil) bruto mensais. "A quantia parece alta, mas o imposto leva de cada um, cerca de 40% do salário ao mês“, diz Reisshauer. "Temos líquido 3.900 euros mensais."

Com duas filhas, Lucia, de quatro anos e Matilda, de dois, a família tem uma vida tipicamente alemã. "Nosso carro velho fica parado e só é usado para passeios especiais", diz Reisshauer. "Vamos para o trabalho, fazemos compras e levamos as meninas para a creche de bicicleta." Assim, os gastos com o carro são bastante baixos. Seguro, gasolina e manutenção não chegam a mil euros por ano.


Jan Reisshauer com a filha Matilda

Com o plano de saúde para a família, Reisshauer gasta cerca de 780 euros por mês, cerca de 12% do salário bruto. "Na Alemanha, podemos optar pelo plano público ou pelo privado", diz. "Em ambos precisamos pagar, mas o público é mais justo, pois toda a família está coberta e pagamos de acordo com nosso salário. Quem ganha mais, paga mais também".

A família Reisshauer mora num apartamento de quatro quartos em Halle, cidade a duas horas de Berlin, com cerca de 240 mil habitantes, e paga cerca de 800 euros de aluguel por mês. Neste valor, estão incluídos gastos como aquecimento e água. Demais despesas como telefone, energia e esgoto custam à família mais 150 euros por mês. Com alimentação, a família gasta 500 euros mensais.


Christina com as filhas, Lucia e Matilda

"Não podemos esquecer dos seguros", lembra. Na Alemanha, seguros com a casa, de vida e de desemprego são quase que obrigatórios e os Reisshauer desembolsam mais 40 euros por mês com eles.

Os pais também são obrigados a pagar cerca de 5% do seu salário por criança até os seis anos, idade com que entram no primeiro grau. O ensino na Alemanha é gratuito, apenas a creche é paga. A partir de 2011, entrará em vigor a nova lei que permite aos pais pagar somente até o terceiro ano de vida. Até lá, a família Reisshauer terá de gastar 400 euros por mês com as suas duas filhas. Gastos extras com as crianças, como aula de música e natação somam 20 euros por mês.

O governo alemão dá ainda aos pais a ajuda mensal de 184 euros por cada filho, o chamado Kindergeld, dinheiro da criança. No primeiro ano de vida do filho, um dos pais tem o direito de ficar em casa por um ano e receber 60% do seu salário. Como é possível, Jan e Christina dividiram o Elternzeit, tempo dos pais, Christina ficou 4 meses com a pequena Matilda e Reisshauer, por oito meses.

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Offline Gaúcho

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #1 Online: 20 de Abril de 2010, 20:48:58 »
Só faltava termos direito à algo, com esses 27,5% de impostos.
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Skorpios

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #2 Online: 21 de Abril de 2010, 06:38:32 »
Só faltava termos direito à algo, com esses 27,5% de impostos.

27,5% de imposto de renda. Além do resto. Ficaria interessante uma comparação dos impostos indiretos que se paga embutido no que se consome. Mesmo assim é bem interessante.

Offline Felius

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #3 Online: 24 de Abril de 2010, 20:42:27 »
Achei um tanto furado.

Quanto a saúde, remédios nos Estados Unidos são absurdamente caros, fora que qualquer problema de saúde um pouco mais grave que eles tiverem, o plano vai manda-los pra pqp, e eles boas chances de ir a falência. Duvido em extremo que os 3% que eles falam incluam o plano de saúde, o qual provavelmente deve ser fornecido pelo empregador.

Transporte acho também que não vale comparar tanto, que foram pegar freaking brasilia, a cidade brasileira que só se anda de carro pois assim foi planejada.

E pra finalizar, o que pegaram foram três evidências anedóticas e compararam. Quero ver comparações estatísticas...
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Offline Moro

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #4 Online: 25 de Abril de 2010, 02:04:16 »
Interessante não achei remédios caros lá nos EUA, se bem que não comprei nada de mais. Aliás, muito mais barato do que aqui o que pude comparar.

Outra coisa que nos EUA, carro, comida, eletrônicos, roupas, etc.. são muito muito mais baratos do que aqui. Em compensação, serviços são caros. Por exemplo uma empregada é luxo.

Agora realmente é difícil se falar que aqui se paga menos impostos. basta olhar os preços dos carros. Na folha pode ser uma coisa, mas como lembrou o Skorpios, dúvido que não paguemos muito mais aqui.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline _tiago

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #5 Online: 25 de Abril de 2010, 14:39:39 »
Procurei e só achei isso, 40%. Mas o que isso significa e como se compõe...

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Estudos do IBPT    
Dias trabalhados em 2009 para pagar tributos
20/05/2009, Fonte: IBPT

Até o próximo dia 27 de maio, brasileiro irá trabalhar apenas para pagar tributos.
E no dia 25 de maio, o Impostômetro, painel eletrônico que calcula quanto o brasileiro paga de tributos, atingirá a marca de R$ 400 bilhões de arrecadação só em 2009.
 

Nesses cinco primeiros meses do ano, a arrecadação tributária corresponde a pouco mais que R$ 400 bilhões destinados aos governos federal, estadual e municipal, de acordo com o estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, que também revela que em 2008 os brasileiros comprometeram 40,51% do seu rendimento bruto para o pagamento de tributos diretos e indiretos e, em 2009, este índice teve queda para 40,15%.
 
“A leve queda de arrecadação tributária apresentada neste ano, a primeira desde 1996, é em virtude da redução do imposto de renda pessoa física e de uma pequena diminuição de tributos sobre o consumo, já que neste ano o brasileiro irá trabalhar 147 dias para pagar tributos, enquanto em 2006 trabalhou 148 dias”, comenta o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
 
Em comparação a outros países, o brasileiro trabalha 50% a mais que os mexicanos, argentinos e chilenos para pagar os impostos incidentes sobre os rendimentos (salários, honorários, etc.), Imposto de Renda Pessoa Física, contribuição previdenciária, contribuições sindicais, além dos embutidos no consumo (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, etc) e sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR).
 
O IBPT constatou também que, hoje, se trabalha o dobro, em comparação à década de 70, para pagar impostos, já que a média para o período era de 76 dias trabalhados.

http://64.233.163.132/search?q=cache:WSOXsay23G4J:www.ibpt.com.br/home/publicacao.view.php%3Fpublicacao_id%3D13709+carga+tribut%C3%A1ria+pessoa+f%C3%ADsica+ibtp&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

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Offline Moro

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #6 Online: 25 de Abril de 2010, 16:06:33 »
acho um assalto,

mas deve variar de acordo com os bens que vc compra, tem que ver que bolsa de produtos usaram. Arrisco a dizer que alguém de classe média paga mais.
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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #7 Online: 25 de Abril de 2010, 16:25:23 »
O aluguel de uma casa no litoral norte-americano será US$ 500 mil por uma temporada de três meses de verão, o equivalente a R$ 1,2 milhão. “Aqui, quase qualquer um vai”, diz Vitória.
Em que país essa Vitória pensa que vive?
8-)

Offline Moro

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #8 Online: 25 de Abril de 2010, 18:17:25 »
e duvido que seja esse preço todo para algo que não é de milionário. Conheço gente que já alugou casa lá para temporada... não sei de que mansão ela está falando.
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Offline Barata Tenno

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #9 Online: 25 de Abril de 2010, 20:05:41 »
Com 500 mil doletas da pra passar esses3 meses num otimo hotel no Hawai.... Essa tia ai perdeu a nocao.....
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline _tiago

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #10 Online: 25 de Abril de 2010, 21:11:54 »
Com 500k dolletas conheceria o mundo...!

Offline Moro

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #11 Online: 25 de Abril de 2010, 21:43:39 »
Com 500k dolletas conheceria o mundo...!

e de classe executiva, só com bons hotéis.
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Offline Geotecton

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #12 Online: 25 de Abril de 2010, 22:28:10 »
Procurei e só achei isso, 40%. Mas o que isso significa e como se compõe...

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Estudos do IBPT    
Dias trabalhados em 2009 para pagar tributos
20/05/2009, Fonte: IBPT

Até o próximo dia 27 de maio, brasileiro irá trabalhar apenas para pagar tributos.
E no dia 25 de maio, o Impostômetro, painel eletrônico que calcula quanto o brasileiro paga de tributos, atingirá a marca de R$ 400 bilhões de arrecadação só em 2009.
 

Nesses cinco primeiros meses do ano, a arrecadação tributária corresponde a pouco mais que R$ 400 bilhões destinados aos governos federal, estadual e municipal, de acordo com o estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, que também revela que em 2008 os brasileiros comprometeram 40,51% do seu rendimento bruto para o pagamento de tributos diretos e indiretos e, em 2009, este índice teve queda para 40,15%.
 
“A leve queda de arrecadação tributária apresentada neste ano, a primeira desde 1996, é em virtude da redução do imposto de renda pessoa física e de uma pequena diminuição de tributos sobre o consumo, já que neste ano o brasileiro irá trabalhar 147 dias para pagar tributos, enquanto em 2006 trabalhou 148 dias”, comenta o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
 
Em comparação a outros países, o brasileiro trabalha 50% a mais que os mexicanos, argentinos e chilenos para pagar os impostos incidentes sobre os rendimentos (salários, honorários, etc.), Imposto de Renda Pessoa Física, contribuição previdenciária, contribuições sindicais, além dos embutidos no consumo (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, etc) e sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR).
 
O IBPT constatou também que, hoje, se trabalha o dobro, em comparação à década de 70, para pagar impostos, já que a média para o período era de 76 dias trabalhados.

http://64.233.163.132/search?q=cache:WSOXsay23G4J:www.ibpt.com.br/home/publicacao.view.php%3Fpublicacao_id%3D13709+carga+tribut%C3%A1ria+pessoa+f%C3%ADsica+ibtp&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Q vcs acham?

Faltou o imposto CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Foto USGS

Offline Geotecton

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #13 Online: 25 de Abril de 2010, 22:30:28 »
Com 500 mil doletas da pra passar esses3 meses num otimo hotel no Hawai.... Essa tia ai perdeu a nocao.....

Acho que a informação está errada. Um amigo comprou uma casa razoável em Tampa, na Flórida (com cerca de 300m2), no ano passado, e pagou US$ 430 mil.
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Offline _tiago

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #14 Online: 25 de Abril de 2010, 22:32:08 »
Hein!? Mas não é somente sobre a PF?
A CSLL não é contribuição para previdência social cobrada sobre o lucro?

Offline Geotecton

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Re: Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #15 Online: 25 de Abril de 2010, 22:47:48 »
Hein!? Mas não é somente sobre a PF?
A CSLL não é contribuição para previdência social cobrada sobre o lucro?

Sim e não.

O suposto destino da CSLL é para a Previdência Social, embora há muito isto não ocorra de forma exclusiva.

A CSLL incide para todas as pessoas jurídicas de qualquer regime de tributação: lucro real, lucro presumido, lucro arbitrado e Simples Nacional. Neste último regime a CSLL é cobrada de modo unificado com o IRPJ, o IPI, o PIS, o ICMS e, quando for o caso, o ISS.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Três famílias iguais, em três mundos diferentes
« Resposta #16 Online: 12 de Outubro de 2019, 18:25:17 »
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https://www.otempo.com.br/economia/na-contramao-do-mundo-brasil-tributa-mais-o-consumo-1.1329469

Na contramão do mundo, Brasil tributa mais o consumo 
Estudo da OCDE revela que países mais ricos focam impostos na renda e no patrimônio

[...] Taxação é o dobro da média mundial
A participação dos impostos sobre consumo na arrecadação tributária no Brasil, cerca de 65%, está muito acima da média mundial, que é em torno de 35%, segundo a OCDE. Em países desenvolvidos como Estados Unidos e Japão, ela é abaixo de 20%.

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