A recente erupção do vulcão
Eyjafjallajökull colocou a Islândia sob atenção da grande mídia, visto que a dispersão das cinzas deste vulcão sobre a Europa levou ao fechamento do espaço aéreo deste continente, por causa do perigo de avarias nas turbinas das aeronaves (
http://www.nasa.gov/topics/earth/features/iceland-volcano-plume.html).
A Islândia é uma república européia insular, situada no Atlântico norte, pouco abaixo do círculo polar Ártico. As suas características climatológicas e geológicas o tornam um país singular, pois ela apresenta uma parte de seu território recoberto por geleiras e com muitos vulcões aflorantes (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A2ndia).
O mais marcante aspecto da Islândia é que ela representa a maior porção emersa da Cordilheira Meso Atlântica, que apresenta mais de 11.000 Km de extensão (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dorsal_meso-atl%C3%A2ntica), sendo que seus picos ficam entre 1.500 e 3.000 metros abaixo do nível médio do oceano Atlântico.

Esquema da disposição bidimensional da Cordilheira Meso Atlântica sobre a Islândia. Os triangulos representam vulcões, sendo que o
Eyjafjallajökull é o último no segmento de expansão abortado, na parte sul da ilha.
Os vulcões
Eyjafjallajökull, Hekla, Eldgjá, Eldfell e o Laki mostram o vigor da atividade termotectônica da Cordilheira Meso Atlântica, e que faz com que a Islândia seja um dos poucos países na qual a área territorial cresce, ainda que esporadicamente, por conta da formação de novas ilhas. O último caso ocorreu entre 08 de novembro de 1.963 e 05 de junho de 1.968, quando formou-se a ilha de Surtsey, ao largo do litoral sul da Islândia (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Surtsey) e (
http://www.surtsey.is/index_eng.htm).

Detalhe de uma praia rochosa na ilha de Surtsey, com muitos troncos e escombros trazidos por tempestades, visto que não há vegetação arbórea na ilha.
O aspecto mais marcante da Islândia, sob o ponto de vista da Tectônica de Placas, é que uma parte da ilha está sobre a placa da América do Norte, e a outra está sobre a placa Euroasiana. A taxa de acreção combinada (afastamento) nas placas hoje é de 2,5 cm por ano.

Vista aérea da área de Thingvellir, na Islândia, onde é possível ver uma zona de fissura que corresponde à exposição sub-aérea da crista média Atlântica. À direita da fissura está a placa norte-americana e à esquerda a placa euroasiática. (Oddur Sigurdsson, National Energy Authority, Iceland.) A parte superior da foto indica o sul geográfico (
http://w3.ualg.pt/~jdias/INTROCEAN/B/21_FrontDiverg.html).
Quanto ao vulcão
Eyjafjallajökull há indícios que a atividade vulcânica de sua câmara magmática está declinando ou que, pelo menos, houve um alívio na pressão de gases, visto que medições por GPS indicaram um rebaixamento na superfície externa do vulcão. Isto diminui a possibilidade de ocorrer uma erupção explosiva semelhante ao que ocorreu no Monte Santa Helena, em 1.980. (
http://en.vedur.is/earthquakes-and-volcanism/articles/nr/1884).