http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u724220.shtmlApesar de várias recomendações para oferecer serviços de saúde reprodutiva meninos e meninas adolescentes, poucos jovens do sexo masculino estão recebendo as informações necessárias para se protegerem do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, conforme relata um novo estudo.
Menos de um quarto dos garotos entre 15 e 19 anos foram aconselhados sobre doenças sexualmente transmissíveis ou HIV por um provedor de cuidados à saúde no ano anterior, segundo uma pesquisa nacional com 1.121 homens jovens realizada em 2002. Isso não representa nenhuma mudança significativa em relação a 1995, quando uma proporção similar recebeu esse tipo de aconselhamento, como descobriu o estudo.
Os adolescentes do sexo masculino que tiveram três ou mais parceiras do sexo feminino ou fizeram sexo oral ou anal com parceiros do sexo masculino tiveram maior probabilidade de receber aconselhamento. No entanto, uma proporção similar dessas pessoas que apresentaram um comportamento sexual de risco recebeu aconselhamento em 1995, segundo o estudo.
Menos de um quinto deles discutiram contracepção com um provedor de cuidados à saúde, relatou o estudo de 2002. Quase dois terços das jovens sexualmente ativas receberam esses serviços, como indica o relatório.
"O sistema médico está realmente configurado para atender à saúde da mulher e materno-infantil, não atendendo às necessidades dos homens", diz Arik Marcell, professor assistente da Johns Hopkins University e principal autor do artigo, publicado no "The Journal of Adolescent Health".