como eu gostaria de saber inglês nessas horas...
Bom dia Calvino
Esqueci de traduzir o texto antes. Só lembrei dele agora, um pouco antes de ir "roncar".
Portanto, veja se esta tradução, feita "nas coxas", ficou satisfatória para voce.
Nemesis, a estrela companheira do Sol, 1.983 ao presente
Suponha que o nosso Sol não está mais solitário mas tem uma estrela companheira. Suponha que esta estrela move-se em uma órbita elíptica, com sua distância solar variando entre 90.000 unidades astronômicas (1,4 ano luz) e 20.000 unidades astronômicas, com um período (de translação) de 30 milhões de anos. Também suponha que esta estrela é escura ou pelo menos muito fraca, e por causa disto nós ainda não a observamos.
Isto significaria que uma vez a cada 30 milhões de anos, aquela hipotética estrela companheira do Sol passaria pela Nuvem de Oort (uma suposta nuvem de proto-cometas a grande distância do Sol). Durante tal passagem, os proto-cometas na Nuvem de Oort seriam afetados. Algumas dezenas de milhares de anos depois, aqui na Terra nós observaríamos um aumento dramático no número de cometas passando pelo interior do sistema solar. Se o número de cometas aumenta dramaticamente, há igualmente um aumento no risco da Terra colidir com o núcleo de um destes cometas.
Quando examina-se os registros geológicos, verifica-se que a cada 30 milhões de anos ocorreu uma extinção (de vida) em massa na Terra. O mais conhecido caso de extinções em massa é, claro, a extinção dos dinossauros há cerca de 65 milhões de anos. Daqui aproximadamente 25 milhões de anos é o tempo estimado para a próxima extinção em massa, de acordo com esta hipótese.
A hipotética “companheira morta” do Sol foi sugerida em 1.985 por Daniel P. Whitmire e John J. Matese, ambos da Universidade da Louisiana Meridional. Ela até recebeu um nome: Nemesis. Um fato estranho da hipótese de Nemesis é que não há nenhuma evidência da existência de uma estrela companheira do Sol. Ela não precisaria ser muito brilhante ou muito massiva, uma estrela muito menor e mais fraca que o Sol seria o suficiente, mesmo uma anã marrom ou negra (um corpo semelhante a um planeta e sem massa suficiente para “queimar hidrogênio” como uma estrela). É possível que esta estrela já esteja em um dos catálogos de estrelas fracas mas sem que ninguém tenha notado algo peculiar, diferente, principalmente o enorme movimento aparente da estrela contra o fundo de estrelas mais distantes (isto é, sua paralaxe). Se ela fosse encontrada, poucos duvidariam que ela é a causa primária das periódicas extinções em massa da Terra.
Mas isto também é uma noção com poder mítico. Se um antropologista de uma geração anterior tivesse ouvido tal estória de seus informantes, o tomo resultante deste assunto usaria, sem dúvida, palavras como ‘primitivo’ ou ‘pré-científico’. Considere esta estória:
Existe um outro Sol no céu, um Sol demoníaco que nós não podemos ver. Há muito tempo, o Sol demoníaco atacou o nosso Sol. Caíram cometas e um inverno terrível assolou a Terra. Quase toda a vida foi destruída. O Sol demoníaco atacou muitas vezes antes. E o fará novamente.
Isto é o porque alguns cientistas pensaram que a teoria de Nemesis era uma piada quando eles ouviram-na pela primeira vez -- um Sol invisível a atacar a Terra com cometas soa como um delírio ou um mito. Ela (a teoria) merece um ceticismo adicional por esta razão: nós estamos sempre correndo o perigo de enganar a nós mesmos. Mas mesmo que seja especulativa, a teoria é séria e respeitável, porque sua principal idéia é testável: encontra-se a estrela e examina-se as suas propriedades.
Entretanto, desde que o IRAS fez um escrutínio completo do céu usando usando o Infra-Vermelho distante e não foi encontrada Nemesis, a existência dela não é muito provável.
http://www.nineplanets.org/hypo.html#nemesis