Autor Tópico: Eleições no Reino Unido  (Lida 1142 vezes)

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Eleições no Reino Unido
« Online: 04 de Maio de 2010, 10:08:21 »
Entenda as eleições da Grã-Bretanha

Pela primeira vez desde 1974, há chances de nenhum partido conseguir maioria absoluta na votação de quinta-feira


"Lutando pelo seu futuro": Sombra de primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, é vista sobre cartaz durante campanha em universidade na Inglaterra

Mais de 45 milhões de eleitores com 18 anos ou mais podem votar nas eleições de 6 de maio. Veja a seguir as principais características dessa eleição.

Principais partidos

O sistema eleitoral britânico favorece o bipartidarismo, com o Partido Trabalhista - do atual primeiro-ministro Gordon Brown e do ex-premiê Tony Blair (1997-2007) - e o Partido Conservador (que governou entre 1979 e 1997 com Margaret Thatcher e John Major) figurando como as principais legendas desde a 1.ª Guerra Mundial (1914-1918).

O Partido Liberal Democrata é a terceira força política, com uma votação tradicionalmente inferior à dos trabalhistas e dos conservadores. A legenda é derivada dos Liberais, que governaram durante longos períodos durante a segunda metade do século 19.

Neste ano, porém, os liberal-democratas, liderados por Nick Clegg, poderão fazer a diferença se não houver uma maioria clara no Parlamento. Se isso ocorrer, eles poderão optar por fazer uma coalizão com trabalhistas ou conservadores. Os pequenos partidos nacionalistas do País de Gales e da Escócia também poderiam ter um papel importante em uma eventual coalizão.

Há informações de que a baixa popularidade de Brown estimulou alguns políticos trabalhistas a considerar destituí-lo da liderança do partido se o resultado das urnas for muito fraco. A ideia seria substituí-lo por alguém que os liberal-democratas poderiam aceitar como líder de uma coalizão de governo, possivelmente o ministro de Relações Exteriores David Miliband.

O que está em jogo nessa eleição?

Essa eleição deve ser a mais disputada desde 1992, com o conservador David Cameron tentando chegar ao poder após 13 anos de hegemonia do Partido Trabalhista. Brown, por sua vez, tenta conseguir o apoio dos britânicos para continuar no cargo de primeiro-ministro. O atual premiê viu seus índices de popularidade cair no ano passado, em consequência da crise econômica global e de uma série de escândalos políticos. Nos últimos meses, porém, a vantagem do Partido Conservador sobre o Partido Trabalhista nas pesquisas caiu, tornando o resultado das eleições imprevisível, segundo analistas.

Como funcionam as eleições?

As eleições são distritais. Em cada distrito eleitoral, vence o candidato mais votado a Membro do Parlamento (deputado). Isso significa que a preocupação dos partidos não é o total de votos obtidos nacionalmente, mas o desempenho de cada um de seus candidatos nos respectivos distritos. Por causa disso, partidos menores podem conquistar milhares de votos em âmbito nacional, mas não conseguir uma única cadeira no Parlamento. Esse sistema é um problema para partidos que têm certo apoio em vários distritos, mas pouco apoio concentrado.

Leia também:
Gordon Brown, o 'homem sério para tempos difíceis'
David Cameron, o 'Tony Blair' dos conservadores
Nick Clegg quer maior participação britânica na UE

Em 2005, os liberal-democratas alcançaram 22% dos votos totais, mas ganharam apenas 62 assentos – ou menos de 10% das cadeiras da Câmara dos Comuns. Na eleição geral de 1951, os conservadores de Winston Churchill conquistaram 26 cadeiras a mais do que o Partido Trabalhista de Clement Attlee, apesar de terem recebido 250 mil votos a menos. Por causa disso, pesquisas de opinião que refletem o apoio porcentual em todo o país podem ser enganosas, porque uma cadeira no Parlamento é ganha não pela proporção total de votos, mas pela quantidade de apoio em cada distrito.

Como é formado o novo governo?

O partido que obtiver o maior número de cadeiras no Parlamento (pelo menos 326 das 650) tem o direito de formar o novo governo, com seu líder como primeiro-ministro.

E se nenhum partido conseguir maioria absoluta?

Se nenhum partido conseguir a maioria absoluta, há o "hung Parliament" (Parlamento enforcado, em tradução livre), em que o governo só terá o número suficiente de votos para aprovar uma lei se contar com o apoio de outros partidos. A última vez que isso ocorreu foi em 1974. Nesse caso, há três opções: (1) se o partido com menos deputados eleitos estiver no poder, o primeiro-ministro pode permanecer interinamente no cargo enquanto tenta formar uma coalizão; (2) o líder do partido com o maior número de deputados eleitos pode tentar se aliar a um segundo partido para encabeçar um governo de coalizão; (3) o partido com mais votos pode não se coligar com nenhuma legenda e formar um governo minoritário. Nesse caso, o governo minoritário tentaria conseguir apoios pontuais para cada uma das leis que quisesse aprovar.

Se nenhum dos partidos estiver preparado para escolher qualquer uma dessas três opções, o Parlamento pode ser dissolvido novamente e uma nova eleição pode ser convocada.

Quando serão anunciados os resultados?

A maioria dos distritos deve anunciar os resultados na própria noite do dia 6 ou na madrugada do dia 7, permitindo saber se algum partido conseguiu a maioria.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/entenda+as+eleicoes+da+grabretanha/n1237605008195.html

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #1 Online: 07 de Maio de 2010, 09:00:55 »
Conservadores vencem eleição britânica, mas não obtém maioria

O Partido Conservador conquistou a maioria dos assentos no Parlamento britânico após as eleições no país, mas não conseguiu criar uma maioria absoluta, mostrou a apuração nesta sexta-feira. O cenário cria incertezas sobre quem liderará um país com grandes problemas econômicos pela frente.

Os preços de ativos britânicos sofriam com a perspectiva do primeiro resultado inconclusivo de uma eleição desde 1974. Os investidores mostravam nervosismo em um mercado global já afetado por uma onda de vendas.

Com resultados de 615 distritos eleitorais já anunciados, os conservadores venceram em 290 e não podem chegar aos 326 necessários para obter a maioria no Parlamento.

O líder conservador, David Cameron, disse que o governista Partido Trabalhista "perdeu o mandato para governar".

No entanto, o primeiro-ministro Gordon Brown tem o direito, pela Constituição, de tentar formar um governo primeiro, potencialmente abrindo um período de incerteza política.

Peter Mandelson, ministro trabalhista do primeiro escalão, disse não esperar que Brown renuncie nesta sexta-feira. Ele acrescentou que não está descartando nada. Ele e outros integrantes da legenda pareciam cortejar o centrista Partido Liberal Democrata."

"Acho que não ajudaria se ele (Brown) renunciasse de repente", disse Mandelson.

No poder desde 1997, os trabalhistas devem, no entanto, encontrar dificuldades para formar um governo de coalizão com os liberais democratas, pois a soma dos assentos que ambas as legendas devem conseguir no Parlamento ainda deve ficar aquém da maioria absoluta.

Os conservadores podem buscar acordos com partidos menores de Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales para aumentar seu apoio.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24165262

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #2 Online: 07 de Maio de 2010, 14:21:24 »
Citação de: [url=http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24166328]MSN Notícias[/url]
Brown diz que está aberto para negociar com outros partidos

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse, na tarde desta sexta-feira, que está aberto para conversar com todos os líderes dos partidos do país.

A declaração do premiê foi feita horas após projeções terem comprovado que nenhum partido obteve, nas eleições gerais de quinta-feria, maioria absoluta no Parlamento, o que permitiria a formação de um novo governo.

O partido de Brown, o Trabalhista, obteve o segundo maior número de cadeiras no Parlamento do país, atrás de seu maior rival, o Partido Conservador.

Nenhum deles, no entanto, conseguiu a maioria de 326 cadeiras necessária para ter a maioria absoluta.

O premiê disse que irá esperar pelas conversas entre o líder dos conservadores, David Cameron, e o do Partido Liberal-Democrata, Nick Clegg. Segundo Brown, se essas negociações falharem, ele iniciaria conversas com os liberais-democratas.

Os liberais-democratas ficaram em terceiro no número de cadeiras conquistadas e agora são cortejados por conservadores e trabalhistas como potencial parceiro de coalizão.

Segundo Brown, seu partido tem interesses e propostas comuns com os liberais-democratas, principalmente nas áreas de economia e reforma política. [...]
Citação de: [url=http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24167115]MSN Notícias[/url]
Líder conservador britânico diz ter 'ampla oferta' para liberais-democratas

O líder do Partido Conservador da Grã-Bretanha, David Cameron, disse nesta sexta-feira que enxerga diversas "áreas comuns" nas propostas do seu partido e nas do Partido Liberal Democrata e que tem uma "ampla oferta aberta" para formar uma aliança com o partido de liderado por Nick Clegg.

As declarações foram feitas horas depois de projeções terem revelado que nenhum partido obteve a maioria absoluta de 326 cadeiras no Parlamento nas eleições realizadas nesta quinta-feira.

Os conservadores teriam obtido o maior número de cadeiras, seguidos pelo Partido Trabalhista do primeiro-ministro, Gordon Brown. Os liberais-democratas ficaram em terceiro e agora são cortejados por conservadores e trabalhistas como potenciais parceiros de coalizão.

Pela Constituição britânica, o primeiro-ministro que já está no poder em um Parlamento sem maioria absoluta tem o direito de fazer a primeira tentativa de formar uma coalizão para governar.

Gordon Brown disse, no entanto, que irá esperar pelas conversas entre Cameron e Clegg. Segundo o premiê, se essas negociações falharem, ele iniciaria conversas com os liberais-democratas.

'Economia de baixo carbono'

Em seu primeiro discurso longo após as eleições, Cameron identificou como suas prioridades o combate do déficit econômico e a rápida formação de um governo "forte e estável".

"Recebemos a pior herança de qualquer governo dos últimos 60 anos", afirmou o conservador, que deixou claro não estar disposto a negociar uma abertura maior da Grã-Bretanha à União Europeia nem cortes no orçamento de Defesa do país.

Cameron disse estar disposto a "ajudar os liberais-democratas a implementar partes do seu projeto".

Como exemplo disso, ele citou estímulos a uma "economia de baixo carbono" e a reforma do sistema eleitoral.

Por sua vez, Brown disse que seu partido tem interesses e propostas comuns com os liberais-democratas, principalmente nas áreas de economia e reforma política.

Constituição

Cameron convocou a imprensa para um anúncio na tarde desta sexta-feira, no qual deve apresentar o que chamou de plano de formar um "governo estável".

Pela primeira vez desde 1974, a Grã-Bretanha sai de uma eleição geral sem que um partido tenha alcançado a maioria absoluta para formar um novo governo.

Os conservadores obtiveram pelo menos 298 cadeiras, os trabalhistas - partido do primeiro-ministro, Gordon Brown - 253 e os liberais-democratas 54.

David Cameron tenta chegar ao poder após 13 anos de governo dos trabalhistas.

O pleito elegeu parlamentares e representantes distritais em 164 áreas em toda a Grã-Bretanha. No total, quase 4.150 candidatos disputaram estas eleições.
Citação de: [url=http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24167699]MSN Notícias[/url]
Liberais democratas decidem esperar contato dos conservadores

Os liberais democratas da Grã-Bretanha não pretendem fazer mais declarações nesta sexta-feira e estão aguardando os conservadores para iniciar as negociações sobre a formação de um novo governo.

O líder conservador, David Cameron, disse que estaria aberto a negociações com os liberais democratas com o objetivo de formar um governo de coalizão, depois que o partido de centro-direita conquistou o maior número de assentos no Parlamento, mas sem maioria absoluta, nas eleições de quinta-feira.

"Nosso plano é que Nick não faça mais declarações", disse uma autoridade liberal democrata. "Está na hora de todos darem um passo para trás e respirar um pouco. Qualquer discussão provavelmente ocorrerá fora do domínio público."

"Na verdade é para que as pessoas possam falar conosco. Nick já deixou claro que a bola estava na quadra dos Tories (os conservadores)."

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #3 Online: 07 de Maio de 2010, 18:58:17 »
Analistas explicam impasse em eleição britânica

Nenhum partido tem maioria absoluta e haverá agora um período de negociações para definir novo governo

Nenhum partido conseguiu garantir maioria absoluta na Câmara dos Comuns e haverá agora um período de negociações frenéticas para decidir qual o formato do novo governo.

A situação é descrita como um hung parliament, termo em inglês que define um parlamento sem maioria clara, em que nenhum partido tem o número necessário de cadeiras (326) para para aprovar leis sem o apoio de integrantes de outros partidos.

Só ficará claro que partido terá condições de formar o novo governo nos próximos dias ou horas. Leia abaixo as opções dos políticos britânicos.


Situação no Parlamento britânico fica indefinida até formação de novo governo

Que partido pode tentar formar o governo?

Apesar de os conservadores terem conquistado o maior número de assentos, o partido com maior número de cadeiras não tem automaticamente o direito de tentar formar um governo.

Como primeiro-ministro no cargo, Gordon Brown tem esse direito. Na verdade, é seu dever permanecer no cargo até que fique claro que partido ou combinação de partidos pode obter mais apoio no novo parlamento.

"Temos sempre que ter um governo, e até que um novo governo possa ser formado, o governo atual continua", explica o professor Robert Hazell, do think-tank britânico Institute for Government.

Uma situação semelhante ocorreu em 1974, quando o conservador Edward Heath permaneceu no poder por quatro dias após as eleições enquanto tentava formar uma coalizão - apesar de os trabalhistas terem mais assentos na casa.

Se Gordon Brown permanecer como premiê?

Dois cenários podem ser explorados à medida que o premiê tenta formar um novo governo. Primeiramente, ele pode considerar forjar uma aliança com outro partido ou partidos, para criar uma coalizão. Sem uma coalizão, os partidos podem tentar governar aprovando tema por tema no Legislativo.

Como alternativa, os trabalhistas podem tentar alcançar acordos informais com outros partidos, tentando formar maiorias a favor de cada lei individual, à medida que elas forem apresentadas.

Isso pode incluir obter um acordo com outro partido para que o governo não seja derrotado em uma moção de desconfiança.

Se uma coalizão for o objetivo de Brown, e com os trabalhistas provavelmente precisando de um grande número de parlamentares que votem a seu lado, sua primeira opção tem que ser o partido Liberal-Democrata.

Entretanto, a considerar as projeções, os dois partidos combinados não terão assentos suficientes para formar uma maioria funcional no Parlamento.

O editor de política da BBC Nick Robinson afirma que um bloco provável seria formado por trabalhistas, liberal-democratas e dois partidos da Irlanda do Norte - o SDLP e o Alliance.

Se os quatro se alinhassem teriam cerca de 320 cadeiras - seis a menos de uma maioria absoluta - mas talvez o suficiente para governar com base em uma minoria.

Entretanto, é pouco provável que Brown seja o único líder a negociar com os liberal-democratas, pois David Cameron também exploraria a opção de obter o apoio do partido para formar um governo liderado pelos conservadores.

Nick Robinson afirma que uma combinação de conservadores com liberal-democratas seria o único acerto que garantiria mais de 326 assentos de forma clara.

Ele afirma que os fatores desconhecidos seriam os partidos nacionalistas, o Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês) e o Partido do País de Gales (Plaid Cymru). Tais partidos, entretanto, não são vistos como aliados naturais dos dois grandes partidos britânicos. Eles afirmam que usariam um parlamento sem maioria clara para obter "os melhores acordos possíveis" para Escócia e País de Gales.

Como um acordo pode ser alcançado?

O professor Hazell diz que os liberal-democratas serão os que estabelecerão, de fato, os termos das negociações nesses primeiros dias. "Eles decidirão com quem querem negociar primeiro", diz ele, afirmando que os liberal-democratas podem falar com ambos os partidos simultaneamente.

Hazell afirma ainda que os chamados LibDems podem dar as cartas, em grande medida, sobre se apoiariam ou não um governo minoritário ou pediriam uma coalizão em troca de seu apoio.


Nick Clegg, líder do Partido Liberal-Democrata, disse que o partido com maior número de cadeiras no Parlamento deve formar coalizão

Durante a campanha eleitoral, o líder liberal-democrata Nick Clegg disse repetidamente que o partido com o "maior mandato" deveria ter o direito de governar.

Falando na manhã desta sexta-feira, Clegg afirmou que mantinha essa posição, e que os conservadores, tendo conquistado o maior número de assentos e de votos, deveria ter o direito de tentar formar um governo "em nome dos interesses nacionais".

Muitos analistas interpretaram seus comentários como sendo uma sugestão de que seu partido não serviria para "escorar" um governo liderado por Brown, apesar de seu predecessor, Lord Ashdown, ter sugerido que seu partido está "muito distante" dos conservadores.

Clegg disse ainda que pressionaria por uma Grã-Bretanha "mais justa" em termos de impostos, sistema político, educação e reforma do sistema bancário.

Tim Bale, especialista em política da Universidade de Sussex, acredita que é possível uma aliança entre partidos que se descrevem como "progressistas" - Trabalhistas e Liberais Democratas.

Potencialmente, diz Bale, os partidos poderiam argumentar que, juntos, obtiveram cerca de 55% da votação. "Se os LibDems forem espertos, podem apresentar essa solução majoritária para a Grã-Bretanha, uma solução muito mais estável do que um governo conservador minoritário", acrescenta ele.

E se Gordon Brown renunciar?

Os conservadores não conseguiram maioria absoluta mas têm uma liderança clara em termos de números de cadeiras e quantidade de votos.

Se David Cameron conseguir o apoio do partido Liberal-Democrata, se espera que Gordon Brown admita a derrota e renuncie como premiê. A rainha então convidaria David Cameron - como atual líder da oposição - a tentar formar um governo.

Como um acordo pode ser alcançado?

Se os conservadores ficarem a poucos assentos de distância de uma maioria, a primeira opção poderiam ser os partidos unionistas da Irlanda do Norte.

Os conservadores já formaram uma aliança eleitoral com o Partido Unionista do Ulster, apesar de ainda não ter ficado claro o quão longe os Partido Unionista Democrático (UDP, na sigla em inglês) iria para apoiar os conservadores.

Nick Robinson afirma que se os conservadores forem se aliar aos Unionistas Democráticos e ao único parlamentar do partido Unionista Independente, isso os daria um bloco estimado em 315 assentos.

Já Tim Bale, especialista em política da Universidade de Sussex, afirma que o núcleo do eleitorado do UDP é feito de trabalhadores, que seriam "duramente afetados" se os conservadores retirassem grande parte dos gastos públicos da província.

Durante a campanha, os nacionalistas escoceses e galeses descartaram se unir a uma coalizão formal. Eles acreditam que votar sobre temas caso a caso seria sua melhor oportunidade de conseguir bons acordos para seus eleitores.

Bale acredita que isso possa representar dificuldades para Cameron, porque esses partidos estão "algum lugar à esquerda" dos conservadores. Portanto, Cameron poderia se ver tendo que negociar com os liberal-democratas de Nick Clegg.

O partido de Clegg deve estar em uma posição forte para dizer se quer apoiar um governo minoritario ou exigir uma coalizão em troca de seu apoio.

Uma reforma eleitoral - uma demanda antiga dos LibDems - pode se provar um ponto difícil. Os conservadores se opõem à idéia, mas podem ter que fazer concessões para conseguir um acordo.

O editor-adjunto de política da BBC James Landale afirma que os conservadores podem concordar, por exemplo, com a realização de um referendo sobre a reforma do sistema político, ainda que se reservando o direito de fazer campanha contra a reforma.

Entretanto, Bale afirma que se os conservadores conseguirem formar um governo, "sua durabilidade e estabilidade terá que ser questionada".

Até quando o governo deve ser formado?

Não há um prazo final formal para a formação de um governo, mas 25 de maio é uma data-chave - dia em que a rainha deve determinar, em discurso, as prioridades do governo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/entenda+analistas+da+bbc+explicam+impasse+eleitoral+britanico/n1237612989036.html

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #4 Online: 10 de Maio de 2010, 13:07:24 »
Partidos britânicos relatam progresso para parceria

Os partidos britânicos Conservador e Liberal Democrata disseram nesta segunda-feira que já houve progressos nas discussões para a formação de uma parceria, depois de uma eleição com resultado inconclusivo, na semana passada, que preocupou os mercados.

Os dois partidos não deram detalhes sobre as negociações, que devem levar ao primeiro governo conjunto no país desde 1974. Fontes de ambos os lados dizem que o principal ponto das discussões é a definição de políticas para recuperar a economia, após a pior recessão desde a 2a Guerra Mundial, e para reduzir o déficit público recorde.

"Tivemos mais progressos", disse William Hague, negociador-chefe do Partido Conservador (centro-direita), que formou a maior bancada na eleição de quinta-feira, mas sem maioria absoluta.

"Vamos agora nos reportar (ao líder partidário) David Cameron e ter reuniões com nossos colegas parlamentares."

Danny Alexander, o negociador liberal democrata, confirmou que houve um "bom progresso", mas não quis especular sobre a proximidade de um acordo.

Gordon Brown, cujo Partido Trabalhista está no poder desde 1997, continua como primeiro-ministro enquanto o novo governo é formado, e ainda espera convencer os "lib-dems" a apoiá-lo para que permaneça no cargo.

Os conservadores ficaram com 20 deputados a menos do que os 326 que representam a maioria absoluta na Câmara dos Comuns. Por isso cogitam agora uma coalizão ou um acordo menos formal de compartilhamento do poder com os liberais democratas, de centro-esquerda, que ficaram em terceiro lugar.

Os dois partidos, no entanto, têm discordâncias a respeito de temas como reforma eleitoral, imigração e União Europeia, e há um prazo limitado para que cheguem a um acordo.

Enquanto os mercados financeiros estão atentos ao pacote da UE e do FMI para a Grécia, eles desejam que o cenário político na Grã-Bretanha seja esclarecido em poucos dias.

"A paciência do mercado com a situação política do Reino Unido só vai durar por um tempo limitado", disse Howard Archer, economista-chefe do IHS Global Insight para a Grã-Bretanha.

O eventual colapso das negociações entre conservadores e "lib-dems" adiaria a formação de um novo governo e levaria à possibilidade de um pacto ainda mais amplo e possivelmente mais instável envolvendo os liberais democratas, os trabalhistas e vários pequenos partidos.

"Haveria sérias dúvidas sobre sua capacidade de realizar mais ações fiscais duras", disse Archer.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24193712

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #5 Online: 10 de Maio de 2010, 16:16:52 »
Citar
Clegg considera saída de Brown 'importante' para eventual pacto de governo

O líder liberal-democrata, Nick Clegg, considerou nesta segunda-feira que a iminente renúncia da liderança trabalhista anunciada nesta segunda-feira pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown é um "elemento importante" para um eventual pacto de governo entre ambos os partidos.

O líder liberal-democrata, Nick Clegg, considerou nesta segunda-feira que a iminente renúncia da liderança trabalhista anunciada nesta segunda-feira pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown é um "elemento importante" para um eventual pacto de governo entre ambos os partidos.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/clegg+considera+saida+de+brown+importante+para+eventual+pacto+de+governo/n1237615495524.html
Citar
Brown renuncia como líder trabalhista para facilitar pacto com liberais

Sem deixar claro quando renunciará ao cargo de primeiro-ministro, Brown afirmou esperar ter um sucessor no partido até setembro


Primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anuncia que renuncia à liderança do Partido Trabalhista

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia como líder do Partido Trabalhista para facilitar um eventual pacto com os liberal-democratas. Ele afirmou que seu partido iniciará "negociações formais" com os liberais para a formação de um novo governo.

Em declarações na 10 de Downing Street (a sede do governo britânico), Brown, que ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 2007, anunciou que seguirá provisoriamente à frente do governo, afirmando esperar já ter um sucessor quando o Partido Trabalhista realizar seu próximo Congresso, em setembro. Ele não deixou claro, entretanto, quando renunciará ao cargo de primeiro-ministro, afirmando apenas que não tem a intenção de permanecer no cargo "por mais tempo do que o necessário para formar um governo estável".

O anúncio foi feito depois de o Partido Conservador, que venceu as eleições de quinta-feira sem conseguir maioria absoluta no Parlamento britânico, ter anunciado "avanços" em suas negociações com os liberal-democratas. Os conservadores, que obtiveram 306 cadeiras, ficaram a 19 de conquistar a maioria total no Parlamento.

O anúncio de Brown está sendo visto como uma medida para facilitar a formação de um governo entre seu partido, que ficou com 258 cadeiras no Parlamento, e os liberais de Nick Clegg, que ficaram com 57.

Ao lembrar que nenhum partido conseguiu maioria absoluta das cadeiras no Parlamento, Brown disse que "tem que aceitar seu papel nesse resultado".

O primeiro-ministro afirmou ainda que é do interesse do público britânico que se forme um governo "progressivo" - possivelmente uma coalizão com os liberal-democratas, terceiro maior partido do país. Horas mais cedo, a equipe de negociadores dos liberal-democratas - que há dias conversa com os conservadores - revelou que também se encontrou com líderes trabalhistas, em segredo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/brown+renuncia+como+lider+trabalhista+para+facilitar+pacto+com+liberais/n1237615402297.html

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #6 Online: 11 de Maio de 2010, 12:29:19 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #7 Online: 11 de Maio de 2010, 16:39:39 »
Todo sistema eleitoral tem seus problemas, não há nenhum que não dê margem a críticas.

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #8 Online: 11 de Maio de 2010, 20:49:42 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

Quais são os pontos fracos dele, a ponto de voce chama-lo de "piada"?

Eles não são democratas?
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #9 Online: 11 de Maio de 2010, 20:52:59 »
Quando a crise mundial começou várias pessoas previram o fim do capitalismo e o crescimento da esquerda socialista. Pelo menos na Grã-Bretanha isso não aconteceu....
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #10 Online: 11 de Maio de 2010, 21:03:41 »
E os conservadores voltam ao poder para ressucitar a velha Inglaterra de outrora...
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #11 Online: 11 de Maio de 2010, 21:27:27 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

Quais são os pontos fracos dele, a ponto de voce chama-lo de "piada"?

Eles não são democratas?
bom.... pra começar a Chefa de Estado(rainha) tem cargo vitalicio.... e o Chefe do Governo (premier) não é eleito pelo povo e sim escolhido pelo partido dele. Tenho a leve impressão que os 2 partidos do país são a mesma coisa....

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #12 Online: 11 de Maio de 2010, 21:31:43 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

Quais são os pontos fracos dele, a ponto de voce chama-lo de "piada"?

Eles não são democratas?
bom.... pra começar a Chefa de Estado(rainha) tem cargo vitalicio.... e o Chefe do Governo (premier) não é eleito pelo povo e sim escolhido pelo partido dele. Tenho a leve impressão que os 2 partidos do país são a mesma coisa....


A rainha é só enfeite: um símbolo vivo que orgulha os ingleses.

O premiê é escolhidos pelos parlamentares, que por sua vez são escolhidos pelo povo. O povo pode dissolver o parlamento se quiser.

O chefe de governo pode ser mudado a qualquer hora, ou seja, se ele se mostrar incompentente ou insensato, não será necessário esperar seu mandato terminar. E se o povo estiver descontente com as escolhas de seus representantes, pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições.

Acha esse sistema ruim?
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #13 Online: 11 de Maio de 2010, 21:38:49 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

Quais são os pontos fracos dele, a ponto de voce chama-lo de "piada"?

Eles não são democratas?
bom.... pra começar a Chefa de Estado(rainha) tem cargo vitalicio.... e o Chefe do Governo (premier) não é eleito pelo povo e sim escolhido pelo partido dele. Tenho a leve impressão que os 2 partidos do país são a mesma coisa....


A rainha é só enfeite: um símbolo vivo que orgulha os ingleses.

O premiê é escolhidos pelos parlamentares, que por sua vez são escolhidos pelo povo. O povo pode dissolver o parlamento se quiser.

O chefe de governo pode ser mudado a qualquer hora, ou seja, se ele se mostrar incompentente ou insensato, não será necessário esperar seu mandato terminar. E se o povo estiver descontente com as escolhas de seus representantes, pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições.

Acha esse sistema ruim?

Depende do Estado. Para eles é bem adequado. Para nós seria o caos, com o domínio do PMDB e sucessivos governos que cairiam em pouco tempo em razão dos milhares de escândalos e da corrupção generalizada no legislativo. O governo seria sempre fraco e o primeiro-ministro seria o mais oportunista, típico "coronel" ou "cacique" de partido.
« Última modificação: 11 de Maio de 2010, 21:41:30 por 1985 »
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #14 Online: 11 de Maio de 2010, 21:43:40 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

Quais são os pontos fracos dele, a ponto de voce chama-lo de "piada"?

Eles não são democratas?
bom.... pra começar a Chefa de Estado(rainha) tem cargo vitalicio.... e o Chefe do Governo (premier) não é eleito pelo povo e sim escolhido pelo partido dele. Tenho a leve impressão que os 2 partidos do país são a mesma coisa....


A rainha é só enfeite: um símbolo vivo que orgulha os ingleses.

O premiê é escolhidos pelos parlamentares, que por sua vez são escolhidos pelo povo. O povo pode dissolver o parlamento se quiser.

O chefe de governo pode ser mudado a qualquer hora, ou seja, se ele se mostrar incompentente ou insensato, não será necessário esperar seu mandato terminar. E se o povo estiver descontente com as escolhas de seus representantes, pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições.

Acha esse sistema ruim?

Depende do Estado. Para eles é bem adequado. Para nós seria o caos, com o domínio do PMDB e sucessivos governos que cairiam em pouco tempo em razão dos milhares de escândalos e da corrupção generalizada no legislativo. O governo seria sempre fraco e o primeiro-ministro seria o mais oportunista, típico "coronel" ou "cacique" de partido.
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #15 Online: 11 de Maio de 2010, 21:47:39 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

Quais são os pontos fracos dele, a ponto de voce chama-lo de "piada"?

Eles não são democratas?
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A rainha é só enfeite: um símbolo vivo que orgulha os ingleses.

O premiê é escolhidos pelos parlamentares, que por sua vez são escolhidos pelo povo. O povo pode dissolver o parlamento se quiser.

O chefe de governo pode ser mudado a qualquer hora, ou seja, se ele se mostrar incompentente ou insensato, não será necessário esperar seu mandato terminar. E se o povo estiver descontente com as escolhas de seus representantes, pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições.

Acha esse sistema ruim?

Depende do Estado. Para eles é bem adequado. Para nós seria o caos, com o domínio do PMDB e sucessivos governos que cairiam em pouco tempo em razão dos milhares de escândalos e da corrupção generalizada no legislativo. O governo seria sempre fraco e o primeiro-ministro seria o mais oportunista, típico "coronel" ou "cacique" de partido.

Concordo plenamente.

No Brasil, dada a cultura do povo e dos políticos (reflexo da primeira), é muito mais seguro que a escolha do chefe do executivo fique a cargo direto do povo, com mandato definido.

Um parlamentarismo no Brasil poderia ser uma tragédia. Mas a possibilidade de dissolver o parlamento e alterações no sistema de votação para parlamentares talvez tornasse o sistema aplicável aqui.
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #16 Online: 11 de Maio de 2010, 21:48:01 »
sistema eleitoral britanico é uma piada!! e ainda se posam de democratas

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A rainha é só enfeite: um símbolo vivo que orgulha os ingleses.

O premiê é escolhidos pelos parlamentares, que por sua vez são escolhidos pelo povo. O povo pode dissolver o parlamento se quiser.

O chefe de governo pode ser mudado a qualquer hora, ou seja, se ele se mostrar incompentente ou insensato, não será necessário esperar seu mandato terminar. E se o povo estiver descontente com as escolhas de seus representantes, pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições.

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Aqui no Brasil ainda existe o "café-com-leite"... só que de maneira velada

Existe, mas tem uma contraposição com o executivo presidencialista. Se fosse um parlamento, os freios seriam ainda menores e a "festa" mais barata e bem mais vulgar.
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #17 Online: 11 de Maio de 2010, 21:50:57 »
O problema é que o parlamento no Brasil é uma massa anônima de pilantras, enquanto o presidente é a única figura com notoriedade e visibilidade alta, com mais responsabilidades e cobranças.
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #18 Online: 11 de Maio de 2010, 21:53:03 »
Olha só que ironia do destino: a idéia original dos parlamentos era proporcionar à população meios de controlar o chefe do governo (reis) e defender os interesses do povo contra os tiranos.

A coisa no Brasil é inversa: o chefe do executivo é muito mais "popular" e representa mais os interesses do povo do que o parlamento. O parlamento ofende mais o povo do que o presidente.  :biglol:
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #19 Online: 11 de Maio de 2010, 21:54:51 »
Olha só que ironia do destino: a idéia original dos parlamentos era proporcionar à população meios de controlar o chefe do governo (reis) e defender os interesses do povo contra os tiranos.

A coisa no Brasil é inversa: o chefe do executivo é muito mais "popular" e representa mais os interesses do povo do que o parlamento. O parlamento ofende mais o povo do que o presidente.  :biglol:

Povo com moral torta, regra geral, tem conceitos tortos. Normal.
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #20 Online: 12 de Maio de 2010, 17:08:47 »
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Cameron e Clegg prometem governo 'duradouro'

O novo primeiro-ministro britânico, David Cameron, e seu vice, Nick Clegg, prometeram nesta quarta-feira colocar as diferenças partidárias de lado para garantir um governo estável e duradouro.

O novo governo britânico, formado por uma coalizão entre o Partido Conservador, de Cameron, e o Partido Liberal Democrata, de Clegg, tomou posse na tarde de terça-feira, após a renúncia do então premiê Gordon Brown, do Partido Trabalhista.

Esta é o primeiro governo de coalizão no país em 65 anos, e a primeira vez na história em que conservadores e liberal-democratas se unem.

A formação de uma coalizão para governar a Grã-Bretanha foi necessária porque nenhum dos três principais partidos conseguiu eleger a maioria dos deputados do Parlamento nas eleições gerais da última quinta-feira.

O Partido Conservador elegeu o maior número de deputados - 306 -, mas ainda aquém dos 326 necessários para obter a maioria absoluta.

O Partido Trabalhista, o maior derrotado no pleito, elegeu 258 deputados, enquanto o Partido Liberal Democrata ficou com 57, tornando-se assim decisivo na formação do novo governo.

'Mudança histórica'

Durante uma entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira, o novo primeiro-ministro afirmou que o novo governo marca uma "mudança histórica e radical" na política britânica.

Um dos pontos do acordo entre os dois partidos é a garantia de que o mandato dos atuais deputados serão fixados em cinco anos, evitando a ameaça de uma eleição antecipada no curto prazo.

Atualmente, as eleições gerais devem acontecer no mínimo de cinco em cinco anos, mas o primeiro-ministro tem a prerrogativa de convocar eleições antecipadas.

Após a divulgação do resultado das eleições da semana passada, muitos analistas consideravam inevitável a realização de uma nova eleição, possivelmente ainda neste ano, independentemente da formação de uma coalizão imediata para o governo.

"Até hoje éramos rivais, mas agora somos colegas", afirmou Clegg durante a entrevista. Segundo ele, a coalizão será duradoura por ter sido negociada com "um propósito comum".

Cameron, por sua vez, prometeu uma "nova política" visando o "interesse nacional". "Ambos os partidos deram seu total apoio à coalizão", garantiu.

'Bom humor'

A entrevista de ambos foi marcada pelo bom humor, mesmo diante da pergunta de um repórter a Cameron, questionando se o premiê se arrependia de ter dito, durante a campanha, que a melhor piada que conhecia era "Nick Clegg".

"Tenho que confessar que disse isso mesmo", admitiu Cameron. Clegg, ao seu lado, brincou, rindo: "Então vou embora".

Cameron então disse que ambos estão trabalhando "num contexto maior, para garantir um governo estável", mesmo que isso signifique "engolir algumas de nossas palavras".

Cameron e Clegg confirmaram ainda a proposta para a realização de um referendo sobre a reforma no sistema eleitoral, uma demanda dos liberal-democratas que poderia ajudar o partido a aumentar a sua participação no Parlamento.

O sistema atual de votação distrital favorece o bipartidarismo. O Partido Liberal Democrata teve 23% dos votos nas eleições da semana passada, mas elegeu menos de 9% dos deputados.

Fim de um período

A chegada de Cameron ao poder marca o fim da um período de 13 anos de governos liderados pelo Partido Trabalhista - com Tony Blair entre 1997 e 2007, e Gordon Brown entre 2007 e 2010.

Cameron, de 43 anos, é seis meses mais novo do que era Blair quando assumiu o cargo de primeiro-ministro. O líder conservador é também o mais jovem premiê desde 1812.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24215578
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Cameron: há determinação para enfrentar crise da dívida

O novo primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador David Cameron, afirmou hoje que sua coalizão de governo com o Partido Liberal Democrata terá "força e profundidade" e uma determinação compartilhada para enfrentar a crise econômica. Falando a repórteres ao lado do líder do Partido Liberal Democrata, Nick Clegg, o novo vice-primeiro-ministro, no jardim de Downing Street, Cameron disse: "Os liberal-democratas serão representados em cada nível do governo - eu penso que este é um sinal da força e da profundidade desta coalizão."

Clegg ecoou a fala de Cameron, notando que a primeira coalizão do Reino Unido desde a Segunda Guerra foi "construída para durar" e é adequada para combater a crise econômica e também o déficit orçamentário britânico. Cameron concluiu ontem uma jornada para tornar-se premiê do Reino Unido. Como os conservadores não obtiveram maioria absoluta na eleição da semana passada, ele teve que buscar uma coalizão com o terceiro colocado, o Partido Liberal Democrata.

Os parlamentares liberal-democratas aprovaram a coalizão, em uma votação no fim da terça-feira. Os legisladores conservadores também apoiaram a aliança. Aos 43 anos, Cameron se tornou o mais jovem primeiro-ministro britânico desde 1812. Ele substitui Gordon Brown, após o Partido Trabalhista, até então no poder, ficar em segundo na disputa eleitoral. Em um país acostumado a governos de maioria, é a primeira vez que há uma coalizão em tempos de paz desde 1930. Já houve, porém, vários governos de minoria nesse período. As informações são da Dow Jones.

http://dinheiro.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24215939

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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #21 Online: 12 de Maio de 2010, 23:05:11 »
Sobre o sistema britânico, eu acho interessante que uma das maiores críticas a ele é sobre o carater distrital, que o torna pouco proporcional e relativamente injusto com partidos além da dualidade Tory-Labour. Idéia essa muito defendida por aqui.
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Re: Eleições no Reino Unido
« Resposta #22 Online: 13 de Maio de 2010, 16:03:22 »
E o cara já começou querendo mostrar trabalho

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Novo gabinete britânico corta o próprio salário

Novo gabinete quer dar exemplo de corte de gastos na administração pública

Em sua primeira reunião desde que foi instalado, o novo governo britânico de coalizão decidiu cortar em 5% o salário de todos os ministros, em uma tentativa de dar o exemplo na tarefa de cortar o gasto público. O déficit público da Grã-Bretanha, que hoje supera 11% do Produto Interno Bruto (PIB), foi o principal assunto das discussões, nesta quinta-feira em Londres.


Premiê David Cameron discursa na primeira reunião de seu novo gabinete

O governo já anunciou que precisa cortar 6 bilhões de libras esterlinas (quase R$ 16 bilhões) só neste ano fiscal, que vai até abril de 2011.

O novo premiê britânico, David Cameron, ressaltou que nenhuma área está livre dos cortes - nem sequer o orçamento dos Jogos Olímpicos de 2012, que serão realizados em Londres.

Na área de política externa, Cameron disse que a guerra no Afeganistão será a prioridade do governo.

O gabinete de coalizão, anunciado na quarta-feira, é formado por 18 membros do Partido Conservador e cinco do Partido Liberal Democrata.

A aliança foi selada entre Cameron e seu vice-premiê, o liberal democrata Nick Clegg. Os partidos ficaram em primeiro e terceiro lugar, respectivamente, nas eleições de 6 de maio, e se uniram para alcançar a maioria requerida no Parlamento.

É o primeiro governo de coalizão no país em 65 anos e a primeira vez na história em que conservadores e liberais-democratas se unem.

O Partido Conservador elegeu o maior número de deputados - 306 -, mas ainda aquém dos 326 necessários para obter a maioria absoluta. O Partido Trabalhista, o maior derrotado no pleito, elegeu 258 deputados, enquanto o Partido Liberal Democrata ficou com 57, tornando-se assim decisivo na formação do novo governo.

Veja a composição do novo governo britânico: http://images.ig.com.br/infograficos/GBGovPT1205/index1.html

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/novo+gabinete+britanico+corta+o+proprio+salario/n1237618342128.html

Seria tão bom se os políticos daqui já começassem os mandatos cortando os próprios salários....

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