Tópico: DNA inocenta homem que passou 29 ANOS preso

[4 Ton Mantis]

http://www.diariodopara.com.br/N-89030-DNA+INOCENTA+HOMEM+QUE+PASSOU+29+ANOS+PRESO.html


Um homem que passou 29 anos na prisão condenado por rapto e estupro de uma menina de 12 anos e de um menino de 13 anos foi libertado nesta quarta-feira, depois que exames de DNA o inocentaram.

Raymond Towler, 52 anos, tinha sido condenado à prisão perpétua em 1981. O caso levou às lágrimas a juíza que promulgou a libertação do homem, que trabalhava como músico e tinha acabado de fazer 24 anos quando foi condenado.

Em uma audiência rápida, a juíza Eileen A. Gallagher, do tribunal do condado de Cuyahoga, lembrou dos detalhes das acusações apresentadas contra Towler: ele teria atraído as crianças para a reserva de Rocky River, antes de violentá-las.

No entanto, graças à intervenção da organização não-governamental Ohio Innocence Project, que em uma colaboração com o jornal americano Columbus Dispatch investiga centenas de condenações consideradas suspeitas, baseando-se em exames de DNA, ficou comprovado que o homem não é o estuprador das vítimas.



Demora

Towler pediu para ter o DNA testado ainda em 2004, mas isso só veio a acontecer em 2008. Só então, a promotoria aceitou acionar o laboratório estadual para testes criminais de DNA e reexaminar as provas do caso Towler.

A partir da análise do sêmen encontrado nas roupas íntimas de uma das vítimas, um outro laboratório especializado em Cincinnati construiu dois perfis parciais ¿ nenhum deles se encaixa no perfil de Towler.

Em novembro de 2008, foram pedidos mais testes, mas só um ano e meio mais tarde um terceiro laboratório, no Texas, apresentou resultados que provaram que o sêmen não pode ser de Towler.

"Este é o melhor dia da minha vida, é pura alegria. Não sinto ódio por ninguém", afirmou Towler.

Nas últimas décadas, Towler - que perdeu os pais enquanto cumpria pena - pintou centenas de quadros. Ele pretende continuar se dedicando à arte no futuro.

O diretor do Ohio Innocence Project, Mark Godsey, disse que a ONG acreditou no caso desde o início e ressaltou a importância dos testes de DNA na busca por Justiça.

[N3RD]

Esta ferrado... Se não conseguir uma indenização vai ter que trabalhar 

Se as cadeias de tivessem televisão, livros e academia eu voltaria hahaha

[Lion]

Com certeza é foda passar 29 anos no xilindró  sem ser culpado. Sobre a indenização eu acho que  ele vai conseguir fácil fácil

[Geotecton]

Talvez ele não consiga uma indenização. Vai depender da legislação do estado de Ohio.

[Buckaroo Banzai]

Earl Washington Jr. is a former Virginia death-row inmate, charged in 1982 with rape and murder. Washington, with an IQ estimated at 69, confessed to the crime, but apparently only after being coerced by investigators. In 1994, DNA evidence indicated that he was not responsible for the crimes for which he was sentenced. Shortly before his scheduled execution, he was granted clemency by Virginia's governor, who commuted his sentence to life in prison. Later on, after more accurate DNA testing strengthened the case for his innocence, he received a full pardon. Washington was represented by attorney Gerald Zerkin.

Washington's case is frequently cited by opponents of the death penalty as an example of a wrongful death sentence ( death that is wrong and unlawful)

Esse foi solto em 2001, 17 anos preso.

[Diegojaf]

Com certeza é foda passar 29 anos no xilindró  sem ser culpado. Sobre a indenização eu acho que  ele vai conseguir fácil fácil

A Suprema Corte dos EUA decidiu em meados dos anos 90 que condenações errôneas em épocas em que o teste de DNA ainda não era aceito nos tribunais não são passíveis de indenização. Acho que esse posicionamento não mudou.

[Lion]

Então a Justiça ferrou esse cara duas vezes, primeiro com a prisão e depois negando a indenização

[Diegojaf]

Bem, tem que se considerar que não foi "sacanagem" pois a intenção não era ferrar o cara, mas sim prender o criminoso. Na época, as provas contrárias foram suficientes pra convencer o juri ou juiz da culpa do sujeito...

Não houve culpa ou má-fé do Estado na condenação e, assim que o erro foi descoberto, o cara foi liberado com um tapinha nas costas e um "our bad, dude..."

[CyberLizard]

Pode não ter sido a intenção, mas então ele foi muito ferrado de modo "culposo" (sem intenção). Não sei muita coisa sobre as leis de Ohio, mas acho que isso , por uma questão de justiça, deveria ser passível de indenização.

[Diegojaf]

Pode não ter sido a intenção, mas então ele foi muito ferrado de modo "culposo" (sem intenção). Não sei muita coisa sobre as leis de Ohio, mas acho que isso , por uma questão de justiça, deveria ser passível de indenização.

A modalidade culposa exige imperícia, imprudência ou negligência. Qual dessas condutas foi praticada pelo Estado?

[N3RD]

Talvez negligência ao não querer fazer o exame de dna quando ele pediu em 2004.

[Diegojaf]

Talvez negligência ao não querer fazer o exame de dna quando ele pediu em 2004.

Desde o advento do exame de DNA, vários condenados recorreram a esse pedido. Entretanto, nem todas as condenações tinham o fator de DNA como fator decisivo e como passou a ser usado como forma de adiar o cumprimento de sentenças, existe a análise de caso a caso para ver quando o exame faria diferença e quando não. Aqui no Brasil, um recurso ao STF pode ficar loooongos anos a espera de um julgamento, nos EUA, apesar de mais célere, imagino que não seja tão mais célere assim.

[Hipátia]

Com indenização ou sem indenização, nada pagará o que esse sujeito deve ter passado na prisão, condenado por estupro de praticamente duas crianças

[Buckaroo Banzai]

Pode não ter sido a intenção, mas então ele foi muito ferrado de modo "culposo" (sem intenção). Não sei muita coisa sobre as leis de Ohio, mas acho que isso , por uma questão de justiça, deveria ser passível de indenização.

A modalidade culposa exige imperícia, imprudência ou negligência. Qual dessas condutas foi praticada pelo Estado?

Condenar um cara inocente não é imperícia?

[Lion]

Com indenização ou sem indenização, nada pagará o que esse sujeito deve ter passado na prisão, condenado por estupro de praticamente duas crianças

Não sei como são os presídios por lá, mas se fosse aqui o cara estaria literalmente fudido.

[Diegojaf]

Pode não ter sido a intenção, mas então ele foi muito ferrado de modo "culposo" (sem intenção). Não sei muita coisa sobre as leis de Ohio, mas acho que isso , por uma questão de justiça, deveria ser passível de indenização.

A modalidade culposa exige imperícia, imprudência ou negligência. Qual dessas condutas foi praticada pelo Estado?

Condenar um cara inocente não é imperícia?

Não quando a única forma de inocentá-lo ainda não existia ou ainda não havia se firmado como prova definitiva nos tribunais.

É o mesmo que dizer que um médico que deixa morrer um paciente com uma infecção 1 ano antes da invenção dos antibióticos o fez por falta de perícia.

Os meios para realizar a tarefa ainda não eram conhecidos...

[Gaúcho]

O que aconteceu com o "inocente até que se prove o contrário"? Se foi "provado" que ele era culpado, alguma imperícia ocorreu.

[Lion]

Provavelmente não havia outro suspeito, as provas apontavam para ele, não existia teste de DNA e a sociedade esperava uma solução do caso então ficou “provado” que ele era o culpado. 

[Diegojaf]

O que aconteceu com o "inocente até que se prove o contrário"? Se foi "provado" que ele era culpado, alguma imperícia ocorreu.

Talvez por parte do advogado, mas se as provas apontaram para a culpa dele e o juri assim o decidiu e ele teve um julgamento com o devido processo legal, ampla defesa e tudo o mais, não é uma questão de culpa, mas simplesmente de provas desfavoráveis.

[Geotecton]

Não se pode descartar uma condenação por conveniência, em função da pressão da sociedade da época que clamava por uma solução para os crimes.

Mas não se pode avaliar a qualidade do julgamento da época com o instrumental forense de hoje, pois há 29 anos não existia exame de DNA.

Somente se houve vício processual é que se poderia falar em "falha ou imperícia" do sistema legal.

 

[N3RD]

Por isto é bom nos darmos bem com a vizinhança, vai que uma velhinha resolve te acusar de assassinato de uma pessoa qualquer do bairro, só para livrar o neto dela.