Acho que isso ajuda, mas parece haver mais do que isso. Parece que, desde crianças, nossos cérebros tem a tendência a classficar as pessoas como algo diferente de "objetos" materiais. Uma criança, bebê, vai se surpreender com coisas "mágicas" acontecendo com objetos inanimandos, mas não vai ver nada demais com pessoas que façam coisas fisicamente malucas, aparecer onde não poderiam estar fisicamente (através de truques de edição de vídeo ou ilusionismo). Não se supreendem se elas parecem agir coincidentemente da mesma forma que os fantasmas fazem.
Então talvez essa distinção biológica inata de gente e coisas físicas, tenha uma tendência a perdurar em uma maneira racionalizada, mesmo quando aprendemos que pessoas também são físicas.
Isso não é uma explicação "total" da coisa, todo o contexto histórico da ignorância humana sobre a realidade e o desenvolvimento dos mitos e religiões, e a transmissão cultural, também tem um papel fundamental. Teoricamente isso apenas muito provavelmente seria suficiente para se ter uma crença em qualquer coisa que seja, sem precisar de uma explicação além de que alguém influente algum dia imaginou que seria verdade e convenceu outras pessoas, que convenceram seus filhos, e assim por diate. Mas esse aspecto desse tratamento ou classificação distinta que a mente humana faz para pessoas e coisas pode ser um componente importante, talvez contribuindo para múltiplas emergências dessas crenças, não requerendo uma única "linhagem" cultural ou "transmissão horizontal" da idéia. O que pode ter ocorrido, só não precisa ser a explicação para todo caso, e também ajudaria a explicar a assimilação.