Primeiramente, gostaria de fazer uma colocação, o socialismo, para mim, não é uma alternativa viável, portanto gostaria que não deturpassem esse tópico com a velha dicotomia capitalismo x socialismo.
Há 1000 anos atrás, provavelmente 99% de tod a população mundial vivia com menos de 1 dólar por dia (poder de compra atualizado).
Não entendi a comparação com o mundo atual. Há mil anos atrás, 99% da população não estavam preocupadas com educação, cultura, entretenimento, consumo de eletrônicos, roupas, viagem. Hoje isso é o sonho até mesmo dos povos mais isolados do planeta.
Isso decorre mais do aumento populacional. E aumento populacional (sendo 90% ocorrendo nos países pobres) não é "culpa" do capitalismo e nem dos países ricos. A não ser que você considerer a liberdade dos pobres terem como filhos quiserem um erro do capitalismo, que a China não comete.
Sim a falta d'água vem do aumento populacional, então como equacionar o consumo se uma família de classe média que utiliza muito mais água do que a média por habitante do planeta? Não estou falando somente do uso doméstico, mas da decorrência do uso industrial, comercial e agrícola que o consumo dessas famílias provoca como um todo nessa cadeia?
Isso é um problema. Mas acho que não existe essa "obrigação" dos paises pobres ficarem se fiando no mercado externo para tudo.
Também não entendi, o subsídio distorce os preços mundiais, obrigando agricultores mais pobres, que não tem acesso a créditos, a abandonarem sua lavoura, o caso não é de se fiar com os mercados ricos, mas de sofrer "dupimg" dos mesmos.
Devemos criar mecanismos que permitam uma redução do poder especulativo desses capitais. Mecanismos estabilizadores. A UE está criando com um pacotaço de 500 bilhões de euros pra blindar os países de lá contra ataques especulativos.
Não adianta somente um pacote, o que se tem que ter são regras e controles mais transparentes, que abrace todos os países do mundo de um modo geral.
Sorte deles.
Se não roubaram esse dinheiro de ninguém, não há problema.
Não é esse o mérito da questão, é preciso quebrar o ciclo da pobreza, pela razão de termos no mundo um país que adota leis da idade média e vivam com tal, um país que um terremoto pode dizimar centenas de milhares de pessoas devido a precariedade de suas casas, um país que que tenha 50% de sua população atingida pela Aids, um país que vê toda sua população vivendo apenas de uma porção de arroz por dia, somente por causa da vaidade e loucura de seu dirigente máximo, e por aí vai. Esses países não podem andar pelas próprias pernas, esse países precisam quebrar seu ciclo de pobreza, esses países precisam ter o que perder, e não só com ajuda em dinheiro e cestas básicas, mas efetiva ajuda política e de infraestrutura.
A África recebe MUITO dinheiro em ajuda, a maioria desse dinheiro é desviada para comprar armas, minas e outras coisinhas mais.
O problema desses países é interno. É uma questão estrutural e cultural, que não se resolve por mais e mais dinheiro que se injete neles.
A não ser que você defenda que virem protetorados dos países ricos, para que estes últimos implementem à força as mudanças requeridas, o que duvido que você defenda.
Então como resolver essa questão cultural, como quebrar esse ciclo?
Está dizendo que as "alternativas" ao capitalismo (como o comunismo) conseguiriam produzir muito mais comida, evitando a inflação alimentar? 
Não sei porque chegou a essa pergunta? A questão é como alimentar adequadamente (produzir todo alimento necessário) a todas as pessoas, sem mudar o ritmo de consumo da classe média e sem provocar inflação?
Se esses 4 bilhões resolvessem suas vidas e os problemas internos de seus países, saissem da pobreza e passassem a demandar no mercado com a mesma intensidade, é provável que os recursos aumentem de preço. Isso por si só tenderia a reduzir o consumo per capita desses recursos.
Então o consumo da classe média hoje, não é sustentável a todas as pessoas do planeta.
Concluindo, sem alternativas ideológicas viáveis,
Seguir ideologias seria a última coisa a ajudar, Temos que seguir a realidade palpável.
nos resta seguir com o nosso sistema de vida atual até quando?
Até quando todos quiserem voluntariamente abdicarem da liberdade de cuidar de suas próprias vidas e definir o que querem e o que não querem.
No meu entender, aumentar ainda mais o caráter democrático das instituições, incluindo aí o combate à corrupção. Fora isso, as democracias ocidentais vão muito bem obrigado. Você deveria se focar em quem realmente precisa, que são os países pobres corruptos e/ou ditatoriais.
Sim, mas se todas esses países se tornarem democrático e menos corruptos, essas democracias atuais contiuarão a ter o mesmo padrão de consumo e vida? Os recursos darão conta? Essas democrácias não se sentirão ameaçadas, assim como os EUA e agora a China se sentem ameaçãodos pela falta de fornecedores de petróleo?
Questão de mercado. Se mais gente demandar os mesmos recursos, os preços sobem, e menos consumo per capita haverá (caso a produção não possa ser aumentada).
Óbvio, mas a pressão da pobreza extrema continuará a existir.