Autor Tópico: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega  (Lida 485 vezes)

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Offline calvino

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Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Online: 13 de Maio de 2010, 12:54:03 »


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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quinta-feira que o governo fará um corte em torno de 10 bilhões de reais nas suas despesas de custeio deste ano. Mantega disse que os ministérios deverão fazer esse "sacrifício" para conter o superaquecimento da economia brasileira.

"A economia está aquecida. Não está superaquecida. A melhor maneira de jogar água na fervura é diminuir os gastos de custeio do governo. É um sacrifício que os Ministérios vão ter de fazer", afirmou o ministro. "Os investimentos e programas sociais serão mantidos", completou.

O ministro disse que o corte nos gastos é mais vantajoso do que um aumento de juros, porque o efeito é mais rápido. Segundo ele, os investimentos e programas sociais serão preservados. "Para a economia é um bom sinal", disse.

Mantega explicou que a demanda da economia - que é formada pelo setor público e privado - está acima do normal. A maneira mais rápida de agir, segundo ele, é cortando a demanda pública por meio de um contingenciamento nos gastos de custeio, que ele comparou a um corte na veia. "Faz na veia. Diminui a disponibilidade de gastos", afirmou.

Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já concordou com a medida, que se soma ao corte de 21,8 bilhões de reais no orçamento de 2010 efetuado pelo governo em março. "Esse (novo corte) será um complemento", disse Mantega.

PIB - O ministro da Fazenda declarou ainda que o governo não deixará que o crescimento da economia em 2010 seja maior do que 7%. Segundo ele o governo dispõe de instrumentos, entre eles o aumento dos juros, para manter o crescimento equilibrado.

O ministro disse que o primeiro trimestre será aquecido, mas depois haverá uma desaceleração do crescimento. "Depois será menos aquecido", afirmou Mantega. Ele disse que o governo tem que "ir observando para, não fazer bobagem". Mantega destacou que o governo não pode deixar a economia crescer demais ou de menos. E disse que não acredita que o crescimento será de 7,5%, 8%, como preveem analistas.


Fonte: http://migre.me/ExaF - Estadão.
"Se a moralidade representa o modo como gostaríamos que o mundo funcionasse, a economia representa o modo como ele realmente funciona" Freakonomics.

Offline calvino

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Re: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Resposta #1 Online: 13 de Maio de 2010, 12:57:01 »
Cara, eu realmente estou surpreso com a cara de pau desse governo.
Eles aumentaram descontroladamente seus gastos nos últimos anos, sendo criticados por quase todos os economistas que eu ví e agora aos 45 do 2o. tempo vão simplesmente cortar.

Mas óbvio, sem cancelar nada dos programas [votos] sociais!
"Se a moralidade representa o modo como gostaríamos que o mundo funcionasse, a economia representa o modo como ele realmente funciona" Freakonomics.

Offline Unknown

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Re: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Resposta #2 Online: 13 de Maio de 2010, 16:15:37 »
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Bernardo: 'Corte de gastos do governo vai doer'

Depois de passar todo o governo Luiz Inácio Lula da Silva atuando em sentidos contrários, as políticas de gastos e de juros do governo vão entrar em coordenação. Essa é, pelo menos, a intenção da equipe econômica, que propôs ao presidente um corte de gastos, o que ajudaria no combate à inflação e pouparia o Banco Central de elevar os juros em 2010. O objetivo, segundo explicou ao Estado o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, é evitar que a economia superaqueça este ano tenha de ser freada bruscamente em 2011. O ministro disse que não será um megacorte, mas avisa que "vai doer".

"Cresce um sentimento de que a economia está acelerando para além daquilo que todos avaliavam. Já tem gente falando que podemos crescer 7%. O que pode acontecer? Vamos ficar olhando o Banco Central aumentar os juros? O que estamos discutindo são outras alternativas. Como podemos ajudar com a política fiscal", afirma Bernardo. Ele negou ainda que a medida tenha caráter eleitoreiro. "Aqui não nos preocupamos com eleição. Não estou com brincadeira, não. O governo quer que tenhamos condições de crescer 5% no ano que vem, 5% em 2012. Se fosse por causa da eleição, deixaríamos a economia acelerar, crescer 8% e crescer pouco no ano que vem. Isso sim, seria uma visão eleitoreira", afirmou.

Servidores

Partiu do presidente Lula a orientação para o governo buscar, na Justiça, a decretação da ilegalidade das greves de servidores que tumultuam a Esplanada. Ele mandou ainda descontar os dias parados, segundo Bernardo. O acirramento das pressões por esses e outros gastos, acredita o ministro, refletem uma visão que não será possível arrancar "bondades" semelhantes do próximo presidente.

"Não vamos dar reajustes salariais, não temos previsão orçamentária. Se acham que a solução é fazer greve, façam. Mas vamos entrar com as medidas cabíveis para resolver o problema. O que não é razoável é fazer uma greve sem perspectiva de solução e ficar ganhando, porque aí vira férias, como diz o presidente Lula", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://dinheiro.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24226688
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Controle da inflação deixa de ser monopólio do BC

Medida de cortes de US$ 10 bilhões em gastos tomada pelo Ministério da Fazenda é interpretada como ação coordenada de governo

A missão de controlar a inflação deve finalmente ser coordenada pelo governo, que não a deixará mais exclusivamente nas mãos do Banco Central (BC). É dessa maneira que participantes do XII Seminário Anual de Metas para Inflação, que acontece nesta quinta e sexta-feira no Rio de Janeiro, leram os recados transmitidos pelo BC no evento mais importante do ano da instituição, no qual o banco se comunica com o mercado.

Nesta quinta, foram analisados, por meio de estudos acadêmicos, os impactos da política fiscal sobre a política monetária. Em outras palavras, quanto mais responsável do ponto de vista fiscal for o governo, menor será o esforço monetário para que o controle da inflação seja feito. Não por coincidência, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o corte de R$ 10 bilhões no orçamento em gastos de custeio, preservando investimentos.

O recado foi entendido como: o BC não estará sozinho no controle da inflação, mesmo em ano eleitoral. Isso porque, em primeiro lugar, a popularidade do presidente Lula nunca esteve tão alta e o governo teme que a alta na taxa básica de juros, esperada pelo mercado para entre quatro a cinco pontos percentuais este ano, seja mais danoso do que o corte nos gastos. Outro motivo é que a economia está crescendo num ritmo muito acelerado e é melhor fazer um ajuste monetário e fiscal agora do que deixar a missão apenas nas mãos do BC.

Na sexta-feira, será discutido um assunto complementar a esse, o do impacto dos compulsórios. Ou seja, de que maneira o governo poderá enxugar ou não a liquidez do mercado, sem ter de novamente elevar as taxas de juros. Os temas parecem indicar maior coordenação no governo.

http://economia.ig.com.br/controle+da+inflacao+deixa+de+ser+monopolio+do+bc/n1237618613689.html

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Offline Geotecton

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Re: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Resposta #3 Online: 13 de Maio de 2010, 21:05:20 »
Cara, eu realmente estou surpreso com a cara de pau desse governo.
Eles aumentaram descontroladamente seus gastos nos últimos anos, sendo criticados por quase todos os economistas que eu ví e agora aos 45 do 2o. tempo vão simplesmente cortar.

Mas óbvio, sem cancelar nada dos programas [votos] sociais!

Realmente é uma desfaçatez.

E estão preparando mais uma leva de contratações.

O povo que se dane! Impostos nele!
Foto USGS

Offline calvino

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Re: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Resposta #4 Online: 13 de Maio de 2010, 22:49:48 »
E estão preparando mais uma leva de contratações.

Se você soubesse o poder de compra de votos que um emprego público tem aqui no Nordeste meu amigo...

Por 1 emprego público (pode ser até aqueles de contratos, por 4 anos), o cara arranca voto de uma família inteira.
E por família eu não digo apenas o núcleo familiar (pai, mãe e filhos), digo primos, tios, cunhados, etc.

Bom, aqui eles vendem o voto por 1 cesta básica e R$ 10,00. Se não acreditam venham me visitar.

O barbudo promete, passa o doce na boca das crianças, e quando elas vão abrir para morder ele tira.

Eu estou começando até a admirá-lo. E eu que achava que era malandro...
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Offline calvino

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Re: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Resposta #5 Online: 14 de Maio de 2010, 00:07:10 »
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Contas públicas
Corte de gastos é tardio e insuficiente

13 de maio de 2010

Por Bia Ferrari e Derick Almeida

Depois de passar quase todo o governo Lula em sentidos opostos, as políticas fiscal e monetária podem ficar mais afinadas. O corte no Orçamento de 10 bilhões de reais, anunciado nesta quinta-feira pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinaliza uma bem-vinda mudança de postura do governo, pois ajuda no combate à inflação e reduz a necessidade de novas altas de juros neste ano. Chama a atenção, ainda, o fato de ser uma decisão atípica para um ano eleitoral, quando aumentam as pressões políticas por expansão dos gastos. Os especialistas, contudo, criticam a medida. Dizem que é insuficiente e tardia.



"A crítica que se faz é que isso veio tardiamente. Além disso, é insuficiente porque representa um montante pouco expressivo em relação a tudo o que está programado de despesa para este ano. É pouco para cumprir a meta de superávit primário, sem a utilização de uma 'contabilidade criativa', e para evitar que os juros continuem nessa trajetória de alta", esclarece Felipe Salto, economista da Tendências.

O economista explica que o governo usa artifícios contábeis para garantir o cumprimento da meta de superávit primário - arrecadação menos despesas, exceto o pagamento de juros -, que é de 3,3% do PIB. Exemplo disso é o desconto dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da meta oficial de superávit primário.

O corte ideal para equilibrar as contas, segundo cálculos da Tendências, é uma redução de mais de 30 bilhões de reais. "No entanto, esses 10 bilhões são bem-vindos porque são uma ajuda para amenizar as pressões sobre demanda agregada", avalia o economista.

O momento é propício para o governo repensar as prioridades com os gastos. Na avaliação do ex-diretor do Banco Central, José Júlio Senna, a crise europeia acabou por se tornar um exemplo emblemático dos males que o descontrole com as finanças públicas pode trazer. "O mercado é implacável. Não hesita em penalizar atitudes irresponsáveis", afirma o economista.

Divergências - As divergências entre os campos monetário e fiscal, já detectáveis nas declarações discordantes de membros do governo, tornaram-se explícitas quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual. Era um sinal claro de que o BC pretendia puxar um pouco "o freio" da economia. Enquanto isso, o governo demorava a desmontar os estímulos remanescentes da crise de 2009 e o BNDES aumentava os subsídios embutidos nos juros de seus empréstimos.

Ao anunciar o contingenciamento de 10 bilhões de reais, o ministro Mantega reconheceu que seria melhor "reduzir a demanda do setor público para calibrar o crescimento". Em outras palavras, acabou por admitir a "parcela de culpa" do Estado brasileiro para o aquecimento da economia. De fato, segundo cálculo da consultoria Tendências, o peso do setor público no PIB no último trimestre ficou próximo de 24% do PIB. Nos últimos anos, esta fatia girava em torno de 20%.

O fato é que, para que a política fiscal começar a dividir com a monetária o ônus do combate à inflação, será preciso muito mais que um contingenciamento de 10 bilhões de reais. Será necessária uma reforma estrutural do poder público, com cortes severos nas despesas de pessoal e custeio. Este tema, acreditam os especialistas, deverá ganhar destaque no próximo governo.


Fonte: http://migre.me/EJwg


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Offline calvino

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Re: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Resposta #6 Online: 14 de Maio de 2010, 00:09:15 »

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CORTES E MAIS CARGOS

No dia em que o governo anunciou cortar cerca de 10 bilhões de reais em gastos, Paulo Bernardo deu uma forcinha para o aumento de despesas. Editou seis portarias que autorizam a contratação, o preenchimento e a realização de concurso para 3 257 novos servidores públicos. O maior contingente, de 2 180 trabalhadores, é para atender por tempo determinado obras e serviços de engenharia executados pelo Comando do Exército.

Há também a liberação para que o Ministério da Agricultura contrate 288 candidatos aprovados em concurso, o INSS preencha 500 vagas de perito médico, a Aeronáutica contrate 93 funcionários para as carreiras de ciência e tecnologia da Força Armada e o Ministério do Turismo, outros 193 servidores, sendo 84 para trabalhar na Embratur. As portarias não discriminam o impacto financeiro dessas contratações.


Fonte: http://migre.me/EJym




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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Governo vai cortar seus gastos em R$ 10 bilhões, afirma Mantega
« Resposta #7 Online: 14 de Maio de 2010, 05:33:07 »
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O fato é que, para que a política fiscal começar a dividir com a monetária o ônus do combate à inflação, será preciso muito mais que um contingenciamento de 10 bilhões de reais. Será necessária uma reforma estrutural do poder público, com cortes severos nas despesas de pessoal e custeio. Este tema, acreditam os especialistas, deverá ganhar destaque no próximo governo.

"O Lullalá vai deixar a bomba estourar no próximo governo."

Lembram de quem disse a frase acima  pouco tempo atrás?

 

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