França reduz estimativa de valor de obras roubadasCinco obras são furtados em Paris na madrugada desta quinta-feiraOficiais da polícia examinam molduras dos quadros roubados, deixadas do lado de fora do museuOs cinco quadros de grandes mestres da pintura roubados na madrugada desta quinta-feira do Museu de Arte Moderna de Paris têm um valor total de 100 milhões de euros (US$ 123 milhões), segundo a prefeitura de Paris, e não de 500 milhões de euros como indicaram horas antes as fontes judiciais.
Entre as cinco obras furtadas nesta madrugada estão "Le pigeon aux petits pois", de Pablo Picasso, e "Pastoral", de Henri Matisse. O ladrão também levou L’Olivier près de l’Estaque ("A Oliveira próxima a Estaque"), de Georges Braque, La Femme à l’éventail ("A Mulher com leque"), de Modigliani, e Nature morte aux chandeliers ("Natureza morta com candelabros"), de Fernand Léger.
O furto foi constatado pouco antes das 7h da manhã no horário local (2h em Brasília), antes da abertura do museu, no oeste da capital francesa.
Imagens gravadas por uma câmera de segurança do museu revelaram que uma pessoa entrou no prédio por uma das janelas. Segundo a polícia, o homem estava vestido de preto e usava uma máscara. As imagens mostram que ele cortou as telas com uma espécie de estilete e saiu do museu com as obras enroladas.
Responsáveis do Museu de Arte Moderna constataram que o vidro de uma das janelas havia sido cortado e que o cadeado de um portão que dava acesso ao local havia sido quebrado.
Christophe Girard, vice-secretário de Cultura de Paris, confirmou que o sistema de segurança estava desativado no momento do furto. Ele afirmou que um único suspeito mascarado foi registrado em vídeo por uma câmera de vigilância.
Uma unidade especial da polícia está investigando o caso. Segundo especialistas em arte, os quadros furtados são considerados invendáveis porque são muito famosos. Acredita-se que o crime possa ter sido encomendado por algum colecionador.
Alice Farren-Bradley, do Escritório de Registro de Perdas de Arte de Londres, afirmou que o furto em Paris "parece ser um dos maiores roubos de arte", considerando o valor estimado, a importância dos artistas a visibilidade do museu. Ela acrescentou, no entanto, que o valor das pinturas ainda teria de ser confirmado porque museus e negociadores de arte muitas vezes estimam os valores de formas diferentes.
O Museu de Arte Moderna de Paris foi inaugurado no início da década de 60. A coleção permanente da instituição, que tem obras, entre outros, de Delaunay, Derain e Bonnard, foi formada graças à contribuição de colecionadores privados.
Furtos de quadros pertencentes a museus e também a colecionadores particulares têm ocorrido com uma certa frequência na França. Em dezembro passado, a tela As Coristas, de Degas, foi furtada do Museu Cantini, em Marselha. A obra, que pertencia ao Musée d’Orsay, em Paris, havia sido emprestada ao museu do sul da França para uma exposição.
Veja as obras furtadas nesta madrugada em Paris:Le Pigeon aux petits pois ("O Pombo e as Ervilhas", em tradução livre), de Picasso
La Pastorale ("A Pastoral", em tradução livre), de Henri Matisse
L’Olivier près de l’Estaque ("A Oliveira próxima a Estaque"), de Georges Braque
La Femme à l’éventail ("A Mulher com leque", em tradução livre), de Modigliani
"Nature morte au chandelier" ("Natureza morta com candelabros", em tradução livre), de Fernand Léger
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