Tópico: Campanha sob escolta

[Luiz Souto]

Campanha sob escolta
Sex, 28 de Maio de 2010


"Vamos utilizar a internet para divulgar a nossa proposta" Marcelo Freixo, Dep. Estadual (PSol-RJ)
Jurado de morte, o deputado carioca Marcelo Freixo precisa de proteção armada na busca de votos para a reeleição.

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSol-RJ), 43 anos, não bota o pé fora de casa sem a companhia de uma comitiva formada por pelo menos cinco homens atentos, carregando caixas parecidas com as usadas para transportar instrumentos musicais. Em vez de violão ou violino, porém, as caixas contêm armas de grosso calibre. E o séquito que acompanha o deputado é formado por policiais e agentes penitenciários escolhidos a dedo para sua proteção. Jurado de morte, Freixo é candidato à reeleição a deputado no Rio de Janeiro e não poderá fazer campanha nas ruas. Na zona oeste da cidade, região que concentra 35% do eleitorado carioca, nem seus militantes poderão pedir votos. Milicianos já avisaram que quem ousar vai "levar chumbo".
Freixo só se desloca pela cidade em carro blindado e uma viatura da PM passa as noites de plantão na porta de sua casa. Ele é perseguido por ter atuado contra o crime organizado no Rio, em especial por combater a máfia das milícias, que domina 40% das 1.200 comunidades carentes do Estado. "Vamos utilizar a internet e outras ferramentas virtuais para fazer nossa proposta chegar à população", diz ele, convicto de que não pode expor ninguém ao perigo nem mesmo a si próprio. "Não quero ser um herói morto". O Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública já abortou dois planos para matá-lo.

O poder das milícias que marcaram Freixo para morrer pode ser medido por seu faturamento. Elas arrecadam mais de R$ 200 mil diários somente com o controle do transporte alternativo. Em seis meses de investigação, a CPI que Freixo liderou na Assembleia carioca levou para a cadeia quase 300 integrantes desses grupos criminosos. Ela também desbaratou o esquema fraudulento do auxílio-educação, praticado por alguns deputados, que embolsavam as cotas de R$ 400 concedidos a cada dependente de funcionário matriculado em escola particular. Freixo ainda esteve à frente do processo de cassação do ex-chefe de Polícia do Rio deputado Álvaro Lins (PMDB), envolvido com a máfia dos caça-níqueis.

"Estamos assistindo a uma violação do princípio democrático que implica o direito de cada um, seja ele deputado ou não", revolta-se o sociólogo carioca Gláucio Soares, do Instituto de Pesquisas Universitárias (Iuperj). Fazer campanha pela internet é, por enquanto, a única alternativa de Freixo. O presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli, não arrisca prever que resultado o deputado poderá conseguir com uma campanha desse tipo: "Nunca vimos uma coisa dessas antes", diz ele.

IstoÉ, 21/Mai/2010
http://www.psolrj.org.br/executiva/554-campanha-sob-escolta

[Geotecton]

Campanha sob escolta
Sex, 28 de Maio de 2010

"Vamos utilizar a internet para divulgar a nossa proposta" Marcelo Freixo, Dep. Estadual (PSol-RJ)
Jurado de morte, o deputado carioca Marcelo Freixo precisa de proteção armada na busca de votos para a reeleição.
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O poder das milícias que marcaram Freixo para morrer pode ser medido por seu faturamento. Elas arrecadam mais de R$ 200 mil diários somente com o controle do transporte alternativo. Em seis meses de investigação, a CPI que Freixo liderou na Assembleia carioca levou para a cadeia quase 300 integrantes desses grupos criminosos. Ela também desbaratou o esquema fraudulento do auxílio-educação, praticado por alguns deputados, que embolsavam as cotas de R$ 400 concedidos a cada dependente de funcionário matriculado em escola particular. Freixo ainda esteve à frente do processo de cassação do ex-chefe de Polícia do Rio deputado Álvaro Lins (PMDB), envolvido com a máfia dos caça-níqueis.
[...]
http://www.psolrj.org.br/executiva/554-campanha-sob-escolta

Os traficantes, as milícias e o "poder paralelo" constituem os mais poderosos adversários do Estado brasileiro.

[CyberLizard]

Já tinha ouvido falar dos problemas que este deputado tinha à algum tempo atrás, fora do período eleitoral. Eu tinha lido uma entrevista do sujeito que achei muito interessante. Se eu achar ela de novo, posto aqui.

Não sabia que o caso era tão sério que impedia até mesmo a realização de campanhas. Se eu fôsse do Rio, o meu voto de deputado estadual acabaria indo para ele. Aqui no Paraná eu ainda não tenho idéia de quem votar para deputado.

[Luiz Souto]

O Marcelo Freixo tem o meu voto para deputado estadual , o trabalho dele foi impecável e poucos teriam a coragem que ele teve de enfrentar a máfia miliciana.
Estou reenviando a matéria para todos os que estão na minha lista de e-mail e pedindo para repassar.

[Barata Tenno]

O interessante é que todos esses inimigos do estado são financiados na maior parte por jovens querendo ficar doidões....

[Adriano]

É o livre mercado em funcionamento. Este vai além das amarras estatais e ainda usufluindo delas como trampolim.

Tem quem quer ficar doidão e tem quem quer faturar com isso. A corrupção neste caso é moral.