Agora voltanto ao assunto do começo do tópico.
O pior é que o politicamente correto de coisas como a lei DB da educação de 1997, com a, na prática aprovação automática, ser muito mais díficil suspender ou expulsar alunos, etc...só prejudica os mais pobres,
Não há relação entre suspensão e medidas de aprovação, nem mesmo expulsão na maior parte do tempo, acho. E a repetência se mostra pior do que progressão continuada justamente pela maior evasão escolar, não é "melhor" por isso. Os números podem parecer melhores, mas o são apenas porque você está selecionando apenas uma fração dos alunos, aqueles com os melhores resultados, enquanto que os piores convenientemente são descartados. Mas eles não deixam de existir, ainda estão na sociedade, e para a sociedade e para eles individualmente é melhor que continuem na escola e progridam, mesmo que estejam tendo um desempenho inferior à média (que não é composta de alunos que não sabem ler nem escrever), em vez de abandonarem os estudos completamente e terem menos oportunidades profissionais.
Para visualizar melhor a falácia basta imaginar, como através de evasão escolar/expulsão, se poderia ter apenas escolas onde todos alunos tiram praticamente apenas 10. Basta expulsar os alunos que tirarem o terceiro não-10 consecutivo ou o primeiro 5. Ou algum esquema qualquer. Os alunos remanescentes serão uma elite inigualável por qualquer outra escola, mas não significa que a eficácia da escola como instrumento de educação da população é melhor do que as escolas de "aprovação moleza" que aceitam notas 5, 6, 7 indefinidamente, e até abaixo disso desde que "recuperem" nos exames finais dentro de um prazo anual.
Evasão escolar/expulsão por notas baixas(!) é um interesse da escola
antagônico a sua função, serve apenas para alcançar um falso "status" de produzir uma elite.
Isso não significa que não se deva ter considerações sobre separações de alunos de acordo com o desempenho e assimilação das matérias. Ou mesmo que não há nada a ser feito quanto alunos que chegam ao ginásio literalmente analfabetos. Esse tipo de situação pode perfeitamente ser aceita como um problema que precisa ser resolvido, mas é falso que a única "solução" é repetência clássica, ou mascarar os número na evasão dos mesmos.