http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&codigo=477712Adolescentes infratores mataram quatro pessoas por mês na Região Metropolitana de Belém (RMB), este ano. Foram 25 assassinatos de janeiro até a quinta-feira passada. Nessas mortes, estão incluídos os homicídios, praticados por motivos diversos, como rixa, e os latrocínios (roubos seguidos de morte). Há poucos dias, dois adolescentes, apreendidos, confessaram ter matado para roubar um escrivão da Polícia Civil, de quem subtraíram a arma de fogo. Detalhe: esse revólver foi usado, duas horas depois, para tirar a vida de uma outra pessoa, mas esse homicídio foi praticado por um adulto, que recebeu a arma de um dos adolescentes que participou do assassinato daquele policial civil.
Nesses primeiros seis meses do ano, foram registrados 866 procedimentos contra adolescentes na Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), nos quais eles são acusados da autoria de atos infracionais diversos (roubos, furtos, homicídios, latrocínios). No mesmo período do ano passado, foram 895 procedimentos - 29 a mais que em 2010. Segundo a diretora da Data, delegada Socorro Maciel, foram registradas nessa unidade especializada da Polícia Civil, de janeiro a junho (até quinta-feira), 20 procedimentos de homicídio, oito de tentativa de homicídio e cinco de latrocínio, todos praticados por adolescentes.
Esses procedimentos resultaram nas apreensões de 29 jovens por homicídio, 15 por tentativa de homicídio e sete por latrocínio. Esses números são assim porque há a participação de dois ou mais adolescentes nessas ações criminosas (ou atos infracionais). O LIBERAL apurou que, embora o tempo máximo que esses jovens poderão ficar internados, cumprindo medida socioeducativa, seja três anos (isso nos casos mais graves, como assassinatos), eles permanecem, quando muito, apenas um ano privados de liberdade.
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