Autor Tópico: Teorias sobre a ilusão do self  (Lida 2669 vezes)

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Offline Res Cogitans

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Teorias sobre a ilusão do self
« Online: 25 de Julho de 2005, 00:39:27 »
Fonte: Galileu

PENSO, LOGO NÃO EXISTO!


NOSSO EU NÃO PASSA DE UMA ILUSÃO CRIADA PELA MENTE, AFIRMAM NEUROLOGISTAS E PSICÓLOGOS. OS BUDISTAS ASSINAM EMBAIXO.



Eu não sou o que penso que sou, caro leitor, nem você. Loucura? Pois é o que afirmam alguns dos mais talentosos e inquietos cientistas de nossos dias. À medida que mergulham no mistério da consciência humana, pesquisadores das áreas de neurociências, psicologia, filosofia da mente e ciências cognitivas, estão criando teorias que desmontam a idéia, levada às últimas conseqüências pelo cartesianismo, de que existe uma consciência independente, separada do mundo, que está em algum lugar dentro do nosso cérebro e que usa seu livre-arbítrio para fazer escolhas e viver a vida. Pura ilusão, dizem eles.

Na verdade, nossa mente abrigaria uma profusão de diferentes 'eus', que disputam espaço entre si, executam ações especializadas sem que saibamos e, mais impressionante, nos mantém na ilusão de que somos 'apenas um'. Na verdade idéias assim não são novas. Ensinamentos semelhantes sobre a natureza humana têm sido transmitidos há milhares de anos por diversas tradições do pensamento oriental, especialmente do budismo, que ressalta o abismo entre a realidade e as idéias que temos dela. Quem acha que isso parece coisa de místico, vai se surpreender com a participação nesse debate de pesquisadores reconhecidamente céticos.

O  neurocientista V.S Ramachandran narra em seu livro “Os Fantasmas do Cérebro”, alguns dos casos estranhos com que se deparou, e os usa como ponto de partida para tecer suas teorias. A escocesa Diana Fletcher sofreu uma lesão cerebral que praticamente aniquilou sua percepção visual. Para avaliar a extensão dos danos foi submetida a vários testes. Num deles foi-lhe pedido que colocasse uma carta dentro de uma caixa de correio. Mesmo sem conseguir sequer enxergar o buraco ela cumpriu a tarefa com precisão. A seguir foram colocados dois objetos à sua frente e ela tinha que identificar o maior, o que ela não conseguiu. Quando porém recebia a ordem de tocar o maior deles, acertava sempre.

Outro paciente, D.B., ficara totalmente cego para a metade esquerda do mundo depois de uma cirurgia. Mas mesmo sem enxergar os objetos colocados à sua esquerda, podia toca-los com precisão. O mais estranho é que nenhum dos dois tinham a menor idéia de como faziam aquilo. Se não é o “EU” que está agindo nesses casos então quem é? “Eu comparo esses comportamentos automáticos a zumbis. É como se tivéssemos centenas de    zumbis no cérebro, que executam coisas sem que nossa consciência saiba. Isso contraria totalmente a idéia tradicional de que há apenas um Eu, uma pessoa em cada cérebro”, disse Ramachandran.

Onde moram esses zumbis? Nesse caso, são uma conseqüência do nosso complexo processamento de imagens, que usa mais de 30 diferentes áreas do cérebro combinadas em sistemas que Ramachandran chama de “vias”. A maior parte delas se destina a identificar corretamente um objeto e perceber sua forma, cores, textura etc. Ramachandran as chama de “via do o quê”, porque sua ação nos permite identificar as coisas. A “via do como” atribui localização espacial a objetos. Além dessas duas, há também outro circuito cerebral, chamado de “via antiga” (pois surgiu a mais tempo na evolução humana) que nos permite perceber objetos situados fora de nosso foco visual direto.

Nos dois pacientes “a via antiga” e a “via do como” foram preservadas. E essas vias cerebrais não se enganam. “Bons atiradores dizem que não basta focalizar demais o alvo, você precisa ‘se soltar’ antes de atirar. De fato, nos esportes, como muitos aspectos da vida, lae a pena ‘liberar seu zumbi’ e deixá-lo agir”, diz ele. Algo parecido é descrito no livro “A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen”, onde o filósofo alemão Eugen Herrigel descreve seu aprendizado na arte zen do arco e flecha. Seu mestre lhe ensinava a não atirar conscientemente.”Algo atira em seu lugar”, dizia o mestre ao discípulo.

FALSAS IMAGENS

O neurocientista americano Daniel Dannet chegou a conclusões parecidas. Avesso a idéias religiosas – seu livro “A Perigosa Idéia de Darwin” lhe rende até hoje a inimizade de cientistas de linha criacionista-, ele diz que temos uma falsa imagem pré-concebida de mente como uma espécie de teatro; as imagens e idéias se sucedem em nossa cabeça como num palco e nós a olhamos “a distância”, exatamente como faz o espectador na platéia. Como toda peça, essa seria um desfile organizado de sucessivas situações. Mas quem já prestou atenção ao seu interior sabe que não é assim. Uma constante sucessão de idéias, lembranças, sensações, projetos, sentimentos disputa nossa atenção e passa por nossa consciência de uma forma não-linear. Fazemos uma coisa pensando em outra; conversamos, ouvimos música e dirigimos, tudo ao mesmo tempo. Uma sucessão de vozes em disputa conversando entre si seria um retrato mais fiel de nossa consciência.

Para Dennet, a forma que encontramos de dar sentido a esse turbilhão é dizer que que há um eu que o está experimentando. Mas esse Eu unificado e separado das experiências é um conceito. Pode ser comparado à idéia de centro de gravidade da física; embora não exista uma “coisa” centro da gravidade, a idéia ajuda a entender a realidade e seu comportamento.

Dennet diz que a idéia do Eu unificado e separado do que acontece em sua mente é um centro de gravidade narrativo, na medida em que serve para dar ordem ao fluxo mental. Essa ordem é a narração da história de vida que o tempo todo criamos em nossa cabeça.

Se é apenas um conceito, porque a noção de Eu surgiu? Para o filósofo paulista João de Fernandes Teixeira, que trabalhou com Dennet e hoje dá aulas na Universidade Federal de São Carlos, isso se deve a vários fatores. Primeiro há o funcionamento do nosso cérebro, que cria a sensação que há coisas dentro de nós, como sentimentos e as idéias, e coisas que estão fora como os objetos físicos. Isso será a base para a sensação de que somos um observador “meio fora” do mundo tangível (embora as imagens desse mundo tangível sejam gerada dentro de nós). Em segundo lugar, somos seres sempre em transformação, que a cada segundo passam por uma série de mudanças físicas, químicas e ambientais. A idéia do eu imutável e separado do ambiente que está sempre se transformando permite pensar que somos sempre os mesmos apesar de todas as transformações. E essa continuidade é fundamental para a vida em comunidade.

“Os homens são animais frágeis. Corremos pouco, nascemos prematuramente, não temos habilidades específicas. Por isso dependemos uns dos outros para sobreviver. Daí surge a necessidade da cultura, um conjunto de conceitos que organiza os grupos para que possam sobreviver e manter a espécie”, explica João. A existência de um Eu independente e contínuo faz com que as pessoas sejam responsabilizadas quando contrariam as regras do grupo. Isso cria a responsabilidade jurídica e ética perante nossos atos. No conceito de Eu se sustentaria a possibilidade de vida em grupo.

DO GENE AO MEME

A psicóloga inglesa Susan Blackmore é uma das mais ardorosas defensoras da idéia de que o eu é construção da cultura. Ela é famosa por utilizar em seus trabalhos a polêmica teoria dos memes. A noção do “meme” foi criada pelo biólogo britânico Richard Dawkins e usada pela primeira vez em seu célebre livro “O Gene Egoísta”. Nele Dawkis argumenta que o verdadeiro protagonista do processo de seleção natural são os genes, e não os organismos que eles criam. Estes na verdade agem como cápsulas onde os genes se abrigam e que usam para conseguir seu maior intento: serem replicados e permanecer no jogo da vida.

Ao final do livro, Dawkis especulou se o processo cultural do homem não seguiria uma lógica semelhante. Criou então o termo meme, semelhante a gene, para identificar as idéias e comportamentos humanos que competem entre si para serem replicados. Dentre as semelhanças com os genes, os memes seriam participantes de um processo seletivo que preserva certas variedade e elimina as demais. Em seu livro “The Meme Machine”, define memes como “tudo pode ser passado de uma pessoa para outra, que inclui todas as palavras de nosso vocabulário, todas as canções que decoramos e as histórias que aprendemos e todas as habilidades que se adquirem por imitação”. Idéias científicas também são memes, assim como inovações tecnológicas e religiões. “Se pudermos comparar o cérebro a um computador, os memes seriam o software que ele executa”, explica João Teixeira, que vê a teoria com interesse.

Mas muitos dos memes estão mais próximos dos agressivos vírus de computador do que dos pacíficos editores de texto. Os vírus, vale a pena lembrar, são programas que procuram se espalhar  pelo maior número possível de computadores. Já os memes vivem dentro de nossas mentes. A disputa, então, é ocupar o maior número de cérebros. Nessa luta eles usam de todo tipo de recurso para manipular o nosso comportamento. Sabe aqueles momentos em que estamos sozinhos no ônibus ou no carro, e nossa cabeça simplesmente não pára de funcionar? “São os memes nos lembrando que estão ali”, diz Blackmore. Se nós os esquecermos, eles não serão transmitidos e morrerão dentro de nós. E aquela música chata que de tanto grudar na nossa cabaça, nos obriga a cantá-la? Exemplo de meme tentando se propagar. Dessa forma aumenta as chances de outra pessoa ouvir, aprender e passar a cantar também. Na verdade, Blackmore vai muito mais longe, ao afirmar “o que nos faz diferente dos animais não é a consciência, mas sim a capacidade de imitar os outros”, e que os memes podem explicar quase toda evolução cultural humana, da linguagem à tecnologia. E qual é o maior dos memes? Justamente a idéia do Eu. Sua finção seria favorecer a transmissão de outros memes, porque criaria um novo elemento: a crença pessoal. Quando acreditamos realmente numa idéia como a de que homens e mulheres são iguais, nós nos identificamos com ela e fazemos o possível para convencer outras pessoas de que é uma boa idéia e assim, passa-la adiante. E só.

NÃO HÁ NINGUÉM

“Achar que há um eu dentro de nós controlando nossas atividades é uma simplificação grosseira”, disse Blackmore. “O cérebro e o corpo são formados por subsistemas que desempenham as tarefas de maneira relativamente independente. Nossa visão, nossos reflexos, funcionam de uma maneira muito rápida para estarem submetidos a um suposto controle consciente. Nossos atos acontecem por si mesmos e depois ‘eu’ penso que ‘eu’ fiz isso”.

Idéias semelhantes são defendidas há milhares de anos por diversas correntes do pensamento oriental. A similitude chama a atenção dos próprios cientistas. No seu livro “A Mente Corporificada”, que está saindo agora no Brasil, o biólogo chileno Francisco Varela, um dos mais respeitosos estudiosos, um dos mais respeitados estudiosos das ciências cognitivas, identifica as similaridades. “Todas as tradições reflexivas da história da humanidade – filosofia, religião, ciência, psicanálise, meditação- desafiaram o sentido ingênuo de self (termo que significa senso de identidade). Nenhum afirmou ter descoberto um self independente, fixo e unitário. Acreditamos que as doutrinas budistas da ausência do self e do não-dualismo podem dialogar com as ciências cognitivas, pois a doutrina da ausência do self contribui para a compreensão da fragmentação do self retratado no cognitivismo”.

A similaridade é espantosa. “A postura básica do budismo em relação ao EU é que se trata de uma ilusão resultante da associação de vários fatores agregados e está em contínua tranformação”, diz o reverendo Ricardo Mário Gonsalves, da tradição Terra Pura. A monja Coen, que dirije um espaço zen-budista em São Paulo, dá até exemplos de como o falso Eu surge: “uma amiga minha submeteu-se a uma terapia japonesa chamada Morita, onde se passa uma semana isolada num quarto. Ela começou a perceber como seu pensamento era feito de palavras e conceitos vindas de outras pessoas. Ela dizia ‘esta forma de pensar é do meu pai, esta expressão é da minha mãe, aquela idéia é da professora que eu gostava’. Aquilo que chamamos Eu é como uma colcha de retalhos feita de coisas que fomos pegando e criando e que depois taxamos de nossa personalidade, nossa identidade”.

Nessas tradições religiosas o trabalho espiritual consiste em criar, aqui e agora, uma percepção de mundo menos centrada nas necessidades do “falso” Eu, em vez de preparar para outra vida. Talvez a melhor tradução deste modo de ver a vida possa ser encontrada na prosa poética de Clarice Linspector: “um mundo fantástico me rodeia e me é”.
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Offline Rodion

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #1 Online: 25 de Julho de 2005, 04:45:58 »
legal. (pra dizer que li hehe)
nada muito revelador, mais uma confirmação...
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Zibs

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #2 Online: 25 de Julho de 2005, 09:39:01 »
Legal, eu ja acredito nisso há tempos.Acho q a cada dia que passa teremos mais cientistas, tido como ceticos, se ligando a uma ideologia até entao reconhecida como esoterica.Faço mencao a Pribam, Bohm, Capra, entre outros que ja pregam isso há algum tempo.

Ja havia lido sobre este conceito do "meme", e achei muito interessante.Tem alguma referencia boa para eu ler, Res?
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Offline Südenbauer

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #3 Online: 25 de Julho de 2005, 12:29:39 »
Os textos de Susan Blackmore e Richard Dawkins na STR.

Offline Res Cogitans

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Re: Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #4 Online: 25 de Julho de 2005, 15:37:56 »
Citação de: zibs
Ja havia lido sobre este conceito do "meme", e achei muito interessante.Tem alguma referencia boa para eu ler, Res?


A maior teórica do meme é Susan Blackmore, mas não acho a memética muito interessante. Prefiro a Neurologia é bem mais convincente para suportar a ilusão do self.
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Offline Agnostic

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #5 Online: 05 de Agosto de 2005, 16:46:29 »
Achei o texto todo muito interessante. Gostei especialmente desta parte(sobretudo o trecho em negrito):

Citar
"Os homens são animais frágeis. Corremos pouco, nascemos prematuramente, não temos habilidades específicas. Por isso dependemos uns dos outros para sobreviver. Daí surge a necessidade da cultura, um conjunto de conceitos que organiza os grupos para que possam sobreviver e manter a espécie", explica João. A existência de um Eu independente e contínuo faz com que as pessoas sejam responsabilizadas quando contrariam as regras do grupo. Isso cria a responsabilidade jurídica e ética perante nossos atos. No conceito de Eu se sustentaria a possibilidade de vida em grupo.
Who cares?

Offline Zibs

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A verdade, em sua essencia, se manifesta sob diferentes roupagens.Sabedoria é comunica-la usando-se da veste do seu interlocutor.

Offline Snake

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #7 Online: 05 de Agosto de 2005, 22:48:28 »
Newton's Law of Gravitation:
What goes up must come down. But don't expect it to come down where you can find it. Murphy's Law applies to Newton's.

Offline Luis Dantas

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #8 Online: 06 de Agosto de 2005, 17:27:22 »
Snake, o seu link não está correto.

Para quem interesse na perspectiva budista sobre a idéia de ilusão do "self", recomendo que leiam algum comentário sobre o Abidhamma (também conhecido com Abidharma):

http://www.dantas.com/budismo/about_abhidhamma.htm
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Snake

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Re: Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #9 Online: 06 de Agosto de 2005, 17:30:48 »
Citação de: Luis Dantas
Snake, o seu link não está correto.


Está sim. É um site de redirecionamento, para deixar URLs grandes (como a que o zibs postou) pequenas, evitando a quebra da barra de rolagem.
Newton's Law of Gravitation:
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Offline Luis Dantas

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #10 Online: 06 de Agosto de 2005, 17:35:31 »
Ah, agora entendi... sorry!
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline ZeratuL

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Re.: Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #11 Online: 07 de Agosto de 2005, 09:12:04 »
Eu tenho algum interesse especial em artigos relacionados ao cérebro.

FALSAS IMAGENS

Analogamente essa parte parece seguir as regras do capitalismo.
O eu como uma identidade da comunidade tem prós e contras :
Pró : compartilhando idéias são mais rapidamente processadas.
Nosso cérebro cria [ fisicamente] conexões com outros sem ter "consciência" de que não é fisicamente ligado a ele [ me lembra aqueles casos de polícia em que a pessoa torna-se compulsiva, etc ].
Contra : A transmissão de viroses, vícios, spam :P.

NÃO HÁ NINGUÉM

Citar
Ela dizia ‘esta forma de pensar é do meu pai, esta expressão é da minha mãe, aquela idéia é da professora que eu gostava’. Aquilo que chamamos Eu é como uma colcha de retalhos feita de coisas que fomos pegando e criando e que depois taxamos de nossa personalidade, nossa identidade”.

Não deixa de ser a personalidade dela só que ela copiou de outros [ é melhor ela tomar cuidado com os direitos autorais :0 ].

Offline O Babuíno de Madame Blavatsky

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Re:Teorias sobre a ilusão do self
« Resposta #12 Online: 22 de Março de 2018, 00:30:46 »
desenterrando
O Deus único escolheu para Si um único santuário: o coração do homem. Eis o templo onde este deve adorá-Lo; os templos exteriores são apenas as avenidas desse templo invisível. Não há necessidade de teurgia, de adesão a um culto exterior. Não é a mudança de lugar terrestre que nos é útil e sim a mudança de lugar espiritual. A evolução espiritual não requer deslocamento geográfico, mas deslocamento psíquico e o despertar de qualidades inerentes, as quais trazemos desde sempre em nós.

SURSUM CORDA

 

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