Não Pandora, a proposta da Lua (que nos Estados Unidos já está bem famosa, ontem depois de postar aqui ví vários links para instituições e artigos sobre isso) é de que o homem possa se negar a assumir a paternidade caso não queira arcar com as consequências de ter um filho, não é de obrigar a mulher a abortar.
A alegação é mais ou menos esta: as organizações feministas pleiteiam (e em alguns lugares já conseguiram) em todo o mundo ocidental civilizado o direito de escolher se querem ou não levar uma gravidez adiante: se querem ou não arcar definitivamente com as consequências de uma trepada sem os devidos cuidados contraceptivos. Na prática mesmo em países onde este direito não é ainda assegurado pela lei elas o praticam. ENTRETANTO, se uma mulher decide levar a gravidez adiante o homem não terá o mesmo direito, não poderá optar entre aceitar ou não os revézes da trepada descuidada. É esta a proposta do "aborto masculino": se a mulher decidir levar uma gravidez adiante sem o consetimento do pai ela deverá arcar sozinha com os cuidados do menor e o pai não terá qualquer direito ou dever legal para com a criança.
Eu acho um tantão quanto duro demais com a criança mas com cereteza é justo se pensarmos no ideal de igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
Por outro lado eu sempre tive um pé atrás em relação a este alegado direito ao aborto pelo seguinte: para a mulher é tão fácil evitar a gravidez, existem tantos e tão baratos métodos femininos seguros para evitar a concepção que não me faz o menor sentido que ainda rolem casos de "gravidez indesejada". Não é que seja melhor deixar uma criança nascer sem que haja condições financeiras para criá-la ou só para criá-la como um rejeito, como um intrometido que chegou sem ser chamado e que só veio atrapalhar... seria melhor o aborto mesmo. Mas cacete: será que abortar é mais simples ou fácil do que tomar uma injeção anticoncepcional a cada três meses ou colocar a porra de um DIU?
Para o homem é menos claro isto porque o nosso único método de contracepção seguro tem dois problemas: 1º: depende do consentimento da parceira; 2º: pode ser facilmente boicotado por ela caso ela queira engravidar (estava agora mesmo debatendo em um blog sobre este assunto e um outro participante lembrou de um caso em que o Tim Maia disse que engravidou uma vagaba porque ela tinha pego o esperma que ele gozou fora e colocou de novo dentro).
Com a camisinha o risco é similar. O cara teria mesmo que agir paranoicamente além de usar camisinha, isto é: jorrar e correr para o banheiro como se estivesse com diarréia, encher o saquinho de látex com álcool e despejar o conteúdo no vaso, dar duas descargas e lavar o "bagulho" com bastante água e sabão antes de permitir que a menina tivesse qualquer contato com o "corpo" dele porque uma menina como a Eliza poderia perfeitamente ir até a lixeira e usar o líquido dentro da camisinha ou passar a mão no dito cujo pingando logo após a camisinha ser retirada e levá-la à dita-cuja.
PS.: De qualquer modo, em relação aos dois últimos parágrafos, não isento a responsabilidade masculina em relação a uma gravidez indesejada, se a menina não quer usar camisinha há sempre a possibilidade de não aceitar a trepada (extremamente difícil, mas é possível) e se há o risco de ela agir como a tal mulher do Tim Maia nada impede o cara de agir mesmo paranoicamente, não deixar de maneira alguma que ela tenha contato com o precioso líquido como aliás eu falei no post de abertura.
Agora que é muito mais simples ainda para a mulher evitar uma barriga indesejada que para o homem, sem dúvida.