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Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Online: 27 de Julho de 2010, 17:19:48 »
Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks

Militares realizam investigação criminal sobre divulgação de 92 mil documentos confidenciais sobre a guerra do Afeganistão

O Exército americano abriu formalmente nesta terça-feira uma investigação criminal sobre o vazamento de milhares de documentos confidenciais sobre a guerra do Afeganistão, informou o Pentágono.

A investigação ficou a cargo da mesma divisão criminal encarregada do dossiê de Bradley Manning, um soldado de segunda classe de 22 anos detido em maio. Ele é suspeito de ter transmitido ao site Wikileaks um vídeo mostrando o ataque de um helicóptero do Exército americano que causou, em 2007, a morte de dois funcionários da agência de notícias Reuters e de várias outras pessoas em Bagdá.

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O coronel Dave Lapan, um porta-voz do Pentágono, informou que a agência vai investigar um "espectro mais amplo" em relação aos vazamentos que levaram à divulgação de 92 mil relatórios militares sobre a guerra no Afeganistão, datados de 2004 a 2009. "A investigação em curso sobre o vazamento dos documentos ao Wikileaks não se concentra sobre um indivíduo em particular, é mais ampla", disse.

Segundo o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, o soldado Manning é "certamente um personagem importante" nesse assunto, mas não detalhou seu possível envolvimento numa entrevista ao canal MSNBC nesta terça-feira. Manning está atualmente numa prisão militar americana no Kuwait.

A revelação de documentos militares confidenciais aumentou a pressão sobre o presidente americano, Barack Obama, para defender sua estratégia militar enquanto o Congresso dos EUA se prepara para deliberar o financimento da Guerra do Afeganistão.

Documentos

Os mais de 90 mil documentos militares secretos dos EUA que foram vazados para a imprensa internacional revelam detalhes até então desconhecidos da guerra no Afeganistão, de acordo com reportagens publicadas nas segunda-feira pelo jornal americano The New York Times, jornal britânico The Guardian e a revista alemã Der Spiegel.

As publicações disseram não ter tido contato com a fonte original responsável pelo vazamento das informações, mas afirmaram ter passado semanas verificando os dados. O Guardian descreveu o dossiê como um dos maiores vazamentos da história militar americana.


Documentos sobre o Afeganistão foram divulgados por site especializados em informações sigilosas

O dossiê incluiria informações sobre mortes não divulgadas de civis afegãos, bem como sobre operações sigilosas contra líderes da milícia islâmica Taleban.

Os relatórios atestariam que o Taleban teve acesso a mísseis capazes de detectar fontes de calor para bombardear aviões e que uma unidade secreta formada por forças especiais do Exército e da Marinha dos EUA conduziu missões para "capturar ou matar" líderes da milícia.

Os documentos também revelam preocupações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com a ajuda dos países vizinhos ao Afeganistão, Paquistão e o Irã, a insurgentes do Taleban. Além disso, o dossiê indica que muitas mortes de civis causadas por bombas colocadas em estradas ou resultado de erros em missões da Otan não foram registradas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/exercito+dos+eua+abre+investigacao+sobre+vazamento+pelo+wikileaks/n1237729287295.html

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Offline André Luiz

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #1 Online: 28 de Julho de 2010, 16:39:13 »
Olha só, operaçoes clandestinas em uma guerra, quem diria

Offline Khronos

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #2 Online: 28 de Julho de 2010, 17:18:35 »
Assistindo ao jornal vi esta noticia... e vi que dentre estes documentos tem umas filmagens dos americanos massacrando atirando contra jornalistas...

Logo entre estes documentos com certeza provavelmente haverá massacres, roubos, assassinato de civis e etc

Corrijam-me se o meu achismo estiver incorreto  :)
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Offline Gaúcho

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #3 Online: 28 de Julho de 2010, 19:50:03 »
Olha só, operaçoes clandestinas em uma guerra, quem diria
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Offline Geotecton

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #4 Online: 28 de Julho de 2010, 20:35:36 »
É interessante como alguem consegue juntar e desviar (ou no caso enviar) 92 mil documentos sem ter ativado nenhum sistema de detecção ou sem ninguém ter percebido, ainda mais se tratando do US Army.
Foto USGS

Offline Unknown

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #5 Online: 30 de Julho de 2010, 20:21:24 »
Casa Branca 'implora' a site que não divulgue novos documentos

Dossiê tem informações sobre mortes não divulgadas de civis afegãos, bem como sobre operações sigilosas contra líderes do Taleban

A Casa Branca "implorou" nesta sexta-feira à organização Wikileaks, que no domingo publicou mais de 90 mil documentos secretos sobre a guerra do Afeganistão, que não vaze o resto dos relatórios em seu poder.

"As vidas dos afegãos que colaboraram com as tropas americanas e a segurança nacional dos Estados Unidos ficam em perigo com o vazamento dessas informações", afirmou hoje o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em entrevista concedida ao programa "Today", da cadeia "NBC". Segundo Gibbs, o vazamento do domingo já colocou em perigo as vidas de afegãos que trabalham com as forças americanas nesse país.

O Taleban, declarou o porta-voz, assegurou que irá procurar as pessoas nomeadas nesses documentos para retaliação e a publicação dos cerca de 15 mil documentos adicionais que o criador do Wikileaks, Julian Assange, assegura que tem, só agravaria a situação.

A Casa Branca, declarou Gibbs, "só pode implorar à pessoa que tem os documentos que não os coloque mais na internet".

Desde a publicação dos documentos, em sua maior parte relatórios de campo dos soldados americanos, o governo americano reiterou que as consequências do vazamento podem ser muito perigosas, já que se revelam nomes de fontes, identidades de soldados e métodos operacionais aos que os talibãs podem ter acesso com facilidade.

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o almirante Mike Mullen, assegurou na quarta-feira que Assange poderia "já ter as mãos manchadas de sangue" de soldados americanos e de pessoal afegão.

O secretário de Defesa, Robert Gates declarou: "as consequências no campo de batalha destes documentos é potencialmente grave e perigosa para nossas tropas, nossos aliados, e parceiros afegãos e poderiam danificar nossas relações e reputação nessa parte chave do mundo".

O Pentágono abriu uma investigação junto ao FBI (polícia federal americana) para identificar à pessoa que passou os documentos para Assange.

Segundo o Pentágono, o principal suspeito é o analista de inteligência do Exército Bradley Manning, de 22 anos, que já se encontrava preso em uma base militar no Kuwait após outro vazamento em maio e que foi levado a outra prisão na Virgínia.

O Wikileaks publicou os documentos, que denunciam desde mortes de civis não divulgadas até a possível colaboração dos serviços secretos do Paquistão com o Taleban, sob o título "Diário da Guerra Afegã". Estes relatórios abrangem de janeiro de 2004 até 2010.

Ao mesmo tempo em que Gibbs efetuava hoje suas declarações, no Afeganistão se informava da morte de três soldados americanos, que eleva o número de baixas destas forças no país asiático para 66 este mês, o número mensal mais alto desde que a guerra começou em outubro de 2001.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/casa+branca+implora+a+site+que+nao+divulgue+novos+documentos/n1237732991367.html

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Offline CyberLizard

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #6 Online: 01 de Agosto de 2010, 15:17:45 »
Assistindo ao jornal vi esta noticia... e vi que dentre estes documentos tem umas filmagens dos americanos massacrando atirando contra jornalistas...

O tal vídeo dos militares bombardeando repórteres, na verdade já havia vazado antes, mas partiu da mesma fonte. É esse daqui:

http://www.youtube.com/verify_age?next_url=http%3A//www.youtube.com/watch%3Fv%3D5rXPrfnU3G0%26feature%3Dplayer_embedded

Ele foi obtido com a ajuda de um militar que vazou ele de propósito para o WikiLeaks para fazer a denúncia. O sujeito foi descoberto e será julgado, podendo ser condenado à até 52 anos de prisão.

Offline André Luiz

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #7 Online: 02 de Agosto de 2010, 16:41:15 »
E aquele video em que os jornalistas foram massacrados pelos Apaches?

Se for, os caras marcaram muita bobeira, entrar em zona de guerra sem comunicar as forças envolvidas e sem as identificaçoes nescessarias nao foi la muito esperto

Nao justificando a açao dos pilotos é claro

Offline Mr. Mustard

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #8 Online: 02 de Agosto de 2010, 16:51:25 »
Prevendo o conclusão da investigação: "Os bilhões gastos em segurança não foram suficientes para manter o sigilo das informações. Precisamos de mais alguns bilhões para reforçar a segurança."

Offline Unknown

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Re: Exército dos EUA abre investigação sobre vazamento pelo Wikileaks
« Resposta #9 Online: 25 de Outubro de 2010, 15:17:03 »
Documentos sugerem que EUA foram coniventes com tortura no Iraque

O site Wikileaks divulgou nesta sexta-feira documentos secretos que indicariam que as Forças Armadas dos Estados Unidos praticaram no Iraque execuções sumárias, crimes de guerra e se omitiram diante de denúncias de tortura praticada por autoridades iraquianas desde a invasão do país, em 2003.

Segundo o jornal britânico Guardian, um dos veículos que tiveram acesso aos cerca de 400 mil documentos, os arquivos relatam, entre outros episódios, que um helicóptero militar americano matou insurgentes iraquianos após eles terem tentado se render; que mais de 15 mil civis morreram em incidentes até então desconhecidos; e que “centenas” de civis foram mortos em postos de controle do Exército americano.

De acordo com o jornal, embora os Estados Unidos neguem manter dados sobre mortes de civis, os documentos indicam que houve 66.801 mortes de não-combatentes no Iraque.

O jornal ainda menciona relatos de abusos de detentos, muitos embasados por exames médicos, que descrevem prisioneiros algemados, vendados e pendurados pelos punhos ou tornozelos que teriam sido submetidos a chicotadas, socos, chutes e choques elétricos por soldados e policiais iraquianos. Segundo o Guardian, seis relatos terminam com a morte aparente do detento.

O repórter da BBC Adam Brookers, que passou horas examinando os arquivos, diz que os documentos indicam que os militares americanos sabiam dos abusos, mas escreveram nos documentos em que eles eram relatados “não investigar” ao repassá-los a autoridades superiores.

As suspeitas sobre a divulgação dos arquivos recaem mais uma vez sobre Bradley Manning, o mesmo analista de inteligência do Exército americano que é investigado por supostamente ter repassado ao Wikileaks, em julho, mais de 70 mil documentos secretos sobre o envolvimento dos Estados Unidos na Guerra do Afeganistão.

Condenação

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, criticou o mais recente vazamento de dados secretos, o maior na história americana.

Falando a repórteres em Washington antes da divulgação, ela condenou “nos mais claros termos a divulgação de qualquer informação por indivíduos ou organizações que ponham em risco as vidas de americanos, seus parceiros e civis”.

A divulgação de dados realizada em julho pelo Wikileaks fez com que autoridades militares americanas alertassem para o risco de mortes tanto de soldados quanto de civis, pois os papeis continham nomes de afegãos que haviam colaborado com as forças aliadas.

No entanto, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse em uma carta a um comitê do Senado que o vazamento não havia revelado "fontes ou métodos delicados de inteligência."

O presidente Barack Obama também afirmou à época que o dossiê não trazia novidades.

O criador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, está sendo investigado por estupro na Suécia. Ele nega as acusações e se diz vítima de uma campanha de difamação orquestrada por opositores do site.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/10/101022_wikileaks_iraque_jf.shtml

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