Fabi, os códigos (ambiental, civil, penal, tributário, etc), na parte das penalidades, servem também como elemento de coerção.
Servem? Em um tópico estávamos discutindo o excesso de leis e burocracia, que não adiantavam nada, porque ninguém cumpria e dava a mínima pra eles. E agora você está dizendo que os códigos servem como elemento de coerção?
Será que respeitamos a individualidade dos presos? Vide os casos de superlotações, por exemplo. Nem gado indo para o abatedouro é tratado daquele jeito.
Eu estou falando que a nossa
lei respeita a individualidade, e não que fazemos isso.
E agora você fala em respeitar a individualidade
de outro individuo, ou seja sentido de comunidade, se importar com os outros que não nos interessam diretamente, mas interessam para a comunidade como um todo. É o que falta no Brasil, por isso temos situações assim.
Concordo em parte. O sistema em que vivemos foi elaborado por quem se beneficia do "status quo" desde a época em que éramos colônia portuguesa, embora sempre tenha havido algum tipo de avanço na cidadania e na democracia.
Mas tem que ser assim, ou viramos robôs sem sentido. Não podemos perder a identidade, e nem o sentido de comunidade.
A questão do crime organizado carioca é complexo, mas a população é a que tem a menor parcela de culpa, em meu entendimento.
Servem como escudo humano, não colaboram com a polícia, se favorecem de coisas que os bandidos oferecem e tem a menor parcela de culpa? Tudo bem, eles tem armas, ameaçam, mas se não tivesse gente ajudando (na policia, estado, favela e etc). Eles seriam tão fortes? Armas não funcionam sozinhas, precisam de alguém pra ser usada.
Não estou falando que todo o rio de janeiro é culpado e os bandidos inocentes. Só estou mostrando que esse sistema complexo, que é o crime organizado, não surgiu do nada.
A estrutura criminal, como hoje a conhecemos, foi francamente favorecida pelo governo populista de Brizola no início dos anos 80.
Populista não é sinonimo de
para o povo. Governo populista oferece favores a individuos, sem favorecer a comunidade. Tipo a política do pão e circo, enquanto as pessoas estão se divertindo e sendo alimentadas elas não se importam com os outros.
Não. O governo não está "dando a mínima" para o que ocorre nos morros. Se a erradicação da pobreza e do narco-tráfico fossem políticas de Estado, o problema já teria sido resolvido ou estaria muito próximo de ocorrer.
É sempre
O governo, uma entidade distante, poderosa e que controla todos. Isso já está sendo repetitivo, tudo bem que não controlamos tudo o tempo todo, mas temos responsabilidades e muitas vezes podemos fazer alguma coisa, mudar alguma coisa, dar uma idéia. E não usar o jeitinho brasileiro de resolver tudo.
Acontece que isto não é prioridade, pois uma parte significativa dos beneficiários da atual situação são pessoas ligadas ao Estado, prncipalmente da parte de cima da cúpula.
Qual é essa parcela? Em números.
Sem ser pessimista, eu recomendo aos cariocas aguardarem sentados.
E pararem de ser condecentes e ajudar o tráfico. Existe muita corrupção no Rio de Janeiro, e no Brasil em geral.
Essa entidade,
O Governo, longe distante e com poder de resolver tudo, responsável por tudo, e nós pobres vítimas desse governo.
Não vamos ficar indo de um extremo para outro, achando que assim tudo vai se resolver magicamente. Temos que chegar, num consenso, e separar responsabilidades, culpas e etc. Jogar a culpa no governo, capitalismo, Lula, não vai levar a lugar nenhum.