Mesmo que possamos obter capacidade tecnológica para "colonizar o espaço", qual é a garantia de que os humanos continuarão existindo como espécie?
Sensacionalismo barato de Hawking.
É sensacionalismo, mas ele tem razão. A longo, longuíssimo prazo, é isso ou a extinção.
Claro, a longo prazo estaremos todos mortos, your mileage may vary etc. etc.
Caro Dbohr.
Vamos especular com base nas palavras de Hawking.
Ao menos que a raça humana colonize o espaço nos próximos dois séculos, vai desaparecer para sempre.
Nossa população e o uso de recursos finitos do planeta Terra estão crescendo exponencialmente, assim como nossa capacidade técnica para mudar o ambiente para o bem e para o mal.
Contudo, nosso código genético carrega instintos egoístas e agressivos que foram vantagens necessárias para a sobrevivência no passado. Será difícil evitar o desastre nos próximos 100 anos, ainda mais nos próximos mil ou 1 milhão.
Ele afirma que o problema está neste conjunto: aumento exagerado da população; consumo excessivo de "recursos naturais" e na índole egoísta e agressiva da humanidade. Por outro lado, a solução seria a "colonização de outros mundos".
Ora este raciocínio é equivocado em pelo menos três aspectos.
Primeiro. Ele dá a entender que a "colonização de outros mundos" vai suprimir a índole agressiva e egoísta. Como isto ocorreria? Qual "mágica" fariam os humanos para adquirir esta moral elevada em três ou quatro gerações? E mesmo que se conseguisse, como e quem seriam os escolhidos para continuar a humanidade?
Segundo. O dinheiro necessário para operacionalizar uma "colonização de outros mundos" pode ser gasto aqui no planeta para se fazer uma contenção em larga escala do crescimento populacional; para se preservar os muitos biomas ainda existentes e para se aplicar em programas ambientais, como por exemplo do tipo 4R (Re-pensar; Reduzir; Re-usar e Reciclar).
Terceiro. Se migrarmos para "outros mundos" e mantivermos o mesmo padrão de civilização que temos hoje; apenas levaremos o problema junto, não resolvendo-o de modo algum. Ou seja, transferimos o "pepino" daqui para outro planeta.
Conclusão:
Ou o geólogo parananense não consegue enxergar o problema, devido as suas limitações intelectuais, ou o astrofísico inglês está fazendo alarde e sensacionalismo, se aproveitando de seu intelecto privilegiado e sua grande fama.