A teoria Dbohriana me parece ter algum sentido. Mas acho que faria mais sentido se parássemos de tratar Deus como um indivíduo, como a maioria da população humana faz, e passar a tratá-lo como um mecanismo natural e inconsciente em equilíbrio, que regiria toda a existência, desde o nosso universo até outros que nos são paralelos. Como uma forma de matéria primária que faria fazer surgir outras formas de matéria. Eu só não mais engulo a idéia de Deus ser uma consciência autoritária.
Não haveria um plano divino, tudo seria mais uma consequência de acontecimentos anteriores, uma tendência a certos fatos acontecerem de forma natural. Se há planos espirituais, penso que no nosso plano haveria um multiverso, noutro plano haveria outro multiverso e assim adiante. Cada plano da existência ou faixa vibratória teria um conjunto de universos paralelos entre si, assim como o multiverso.
Com relação ao espírito, é interessante o conceito de ondas que refletem. E será que essas ondas reencarnariam?
Não acho que a melhor teoria seja sempre a mais simples. Não aprecio o reducionismo, pois acho que isso intimida a indagação e criatividade. Para mim, na essência da existência, não existe nem o perfeito nem o imperfeito. Tudo se interage, e cabe a nós julgarmos se é ou não perfeito, sem que seja necessariamente assim na realidade. Deus para mim, se existe, seria então não um indivíduo, mas um mecanismo nem perfeito e nem imperfeito... ficaria difícil distinguir isso. Preferia chamar de mecanismo equilibrado.
Pois a noção de perfeito e imperfeito é consequência de nosso julgamento, da limitação de nossas observações.
Não acho que esta teoria Dbohriana seja perfeita, mas vejo um sentido nela. Para os típicos cristãos, seria uma maravilha.
Para mim, para se entender Deus da forma como seria realmente, seria necessário se entender primeiro a nossa natureza material, para depois se partir para o extrafísico. Mas como eu também me baseio no Espiritismo, além de dados científicos, então já tenho uma certa base para juntar os dois num raciocínio que os encaixem... aparentemente, claro. E acho que esta seja a tendência dequi para frente, visto que já existem cientistas que explicam a espiritualidade pela teoria quântica. E não dá para negar isso! Pois existem.
Claro, de início não são bem vistos, assim como qualquer um que apareça com uma nova teoria sobre a realidade. Mas talvez com o tempo acabem sendo mais respeitados numa futura geração ainda mais esclarecida que a nossa. E isso é algo que já ocorreu na história. Einstein é um exemplo disso.