Lion,
Li o livro há muitos anos. E a leitura de "Mein Kampf" exauriu minha disposição para pesquisar o assunto.

Mas, num passar de olho, encontrei isso aqui:
“As isenções de Hitler não permitiam certos privilégios, a não ser que explicitamente declarados. Por exemplo, as “pessoas arianizadas” não podiam se tornar membros do partido nem fazendeiras. Também, a menos que especificamente mencionado, não mudavam o status racial dos filhos do solicitante aprovado. Se um Mischling se casava com uma Mischling, parecia não haver esperança de alterar o status racial dos filhos, a menos que eles recebessem diretamente alguma forma de clemência. Na Wehrmacht, o Mischling não podia ser promovido acima de coronel, a não ser que a isenção declarasse diferente. Por exemplo, quando o meio judeu Coronel Walter Hollaender, que ganhara a Cruz de Ouro Alemã e a Ritterkreuz, estava para ser promovido a general, foi rejeitado por seu pai judeu, embora descrevessem como “um nacionalista-socialista convicto” e houvesse sido amigo de Reichenau. Ele ficou arrasado. Além disto, Hitler manifestara o desejo de que nenhum veterano Mischling ferido arianizado se estabelecesse em territórios orientais sem outras aprovações. O comunicado dizia que embora esses Mischling houvessem sido seriamente feridos (o que poderia significar que tinham recebido isenção), isto não lhes dava direitos especiais a viver no Leste.” p. 229/230
Não é exatamente sobre a camaradagem dos soldados, mas, mesmo assim, mostra que institucionalmente não eram tratados como iguais.
Também, lembro que existe o depoimento de um mestiço que diz que "antes de ser judeu, era alemão".
Então, tomando como base a presunção de B. M. Rigg de que, pelo menos, 150 000 Mischling serviram na Wehrmacht, acredito que devem ter existido convivências com a presença e com a ausência do preconceito.