Autor Tópico: Formação do DNA  (Lida 2693 vezes)

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Offline Karanami

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Formação do DNA
« Online: 27 de Agosto de 2010, 21:20:09 »
Qual a possibilidade de o Dna e suas multiplas variações ter se formado ao acaso? (De acordo com a lei das probabilidades) .

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Formação do DNA
« Resposta #1 Online: 27 de Agosto de 2010, 23:10:53 »
Não se supõe que o DNA tenha se originado por acaso. "Acaso" descreve uma situação onde qualquer possível resultado tem igual probabilidade, e aqueles que pesquisam sobre sua origem não esperam ou propõem que esse fosse o caso, mas tentam descobrir situações que aumentariam as probabilidades desse resultado, da origem do DNA.

Se a pergunta persiste apesar disso, a resposta estaria em saber quais são as outras possibilidades alternativas para uma dada circunstância inicial que se imagine, a partir da qual qualquer futuro acontecimento fosse decorrer totalmente do acaso.



Quanto a "múltiplas variações" do DNA, bem, supondo que por isso se refira a variedade de genomas e genótipos existentes, a probabilidade é absurdamente ínfima. Da mesma forma que é ínfima a probabilidade de conseguir se sortear, a partir de toda a variação genética da espécie humana, exatamente o seu genótipo, ou exatamente o genótipo de um primo seu, ou vizinho. Cada um desses genótipos não é produto de um sorteio ao acaso de toda a variedade genética existente, mas do fato que os genes, e suas variações, ao serem passados de pais para filhos, se organizam naturalmente num padrão genealógico, muito mais específico, restrito, do que a ampla gama de possibilidades que se teria de um sorteio genético ao acaso.

A mesma lógica que se aplica aos genótipos, se aplica aos genomas das espécies. As espécies são aparentadas em diversos graus, meio como irmãos/filhos, pais, primos, tios, avós, e famílias diferentes. Esses padrões de parentesco, as similaridades entre os parentes esperadas pelo parentesco biológico, são muito mais restritas do que a infindavel gama de possibilidades de "sorteios", sem as restrições genealógicas.

Caso não esteja claro, para melhor visualização, em vez de pensar em genes, meio abstratos, pense nas partes do corpo de toda a vasta quantidade de espécies que existem, e imagine que elas pudessem ser combinadas por acaso, sem as restrições impostas pelo parentesco.

Isso é, enquanto na realidade, duas espécies proximamente aparentadas são geralmente necessariamente muito parecidas, imagine poder violar isso, e ter coisas como pessoas com cauda de peixe, ou pequenos macacos com asas de aves nas costas. E diversas outras criaturas já imaginadas na mitologia.

O número de possíveis combinações ao acaso é imensamente maior do que as combinações que observamos nas espécies, que são justamente apenas aquelas esperadas por uma restrição de combinações impostas de acordo com parentesco.

Offline Geotecton

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Re: Formação do DNA
« Resposta #2 Online: 27 de Agosto de 2010, 23:26:16 »
Não se supõe que o DNA tenha se originado por acaso. "Acaso" descreve uma situação onde qualquer possível resultado tem igual probabilidade, e aqueles que pesquisam sobre sua origem não esperam ou propõem que esse fosse o caso, mas tentam descobrir situações que aumentariam as probabilidades desse resultado, da origem do DNA.

Se a pergunta persiste apesar disso, a resposta estaria em saber quais são as outras possibilidades alternativas para uma dada circunstância inicial que se imagine, a partir da qual qualquer futuro acontecimento fosse decorrer totalmente do acaso.



Quanto a "múltiplas variações" do DNA, bem, supondo que por isso se refira a variedade de genomas e genótipos existentes, a probabilidade é absurdamente ínfima. Da mesma forma que é ínfima a probabilidade de conseguir se sortear, a partir de toda a variação genética da espécie humana, exatamente o seu genótipo, ou exatamente o genótipo de um primo seu, ou vizinho. Cada um desses genótipos não é produto de um sorteio ao acaso de toda a variedade genética existente, mas do fato que os genes, e suas variações, ao serem passados de pais para filhos, se organizam naturalmente num padrão genealógico, muito mais específico, restrito, do que a ampla gama de possibilidades que se teria de um sorteio genético ao acaso.

A mesma lógica que se aplica aos genótipos, se aplica aos genomas das espécies. As espécies são aparentadas em diversos graus, meio como irmãos/filhos, pais, primos, tios, avós, e famílias diferentes. Esses padrões de parentesco, as similaridades entre os parentes esperadas pelo parentesco biológico, são muito mais restritas do que a infindavel gama de possibilidades de "sorteios", sem as restrições genealógicas.

Caso não esteja claro, para melhor visualização, em vez de pensar em genes, meio abstratos, pense nas partes do corpo de toda a vasta quantidade de espécies que existem, e imagine que elas pudessem ser combinadas por acaso, sem as restrições impostas pelo parentesco.

Isso é, enquanto na realidade, duas espécies proximamente aparentadas são geralmente necessariamente muito parecidas, imagine poder violar isso, e ter coisas como pessoas com cauda de peixe, ou pequenos macacos com asas de aves nas costas. E diversas outras criaturas já imaginadas na mitologia.

O número de possíveis combinações ao acaso é imensamente maior do que as combinações que observamos nas espécies, que são justamente apenas aquelas esperadas por uma restrição de combinações impostas de acordo com parentesco.


Em resumo: A possibilidade de se formar o DNA ao "acaso" é zero, visto que há um número pequeno mas expressivo de fatores de controle que não permitem uma equidistribuição de possibilidades. Mas isto não significa que ele tenha sido "planejado".
Foto USGS

 

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