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Especialistas discutem avanço em vacina contra HIV
« Online: 26 de Julho de 2005, 19:31:50 »
Especialistas discutem avanço em vacina contra HIV

Especialistas de 135 países presentes na Terceira Conferência da Sociedade Internacional de aids avaliaram nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, os poucos avanços na obtenção de uma vacina contra o HIV e a necessidade de investir mais em prevenção contra a doença.

O diretor mundial do programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids, Peter Piot, destacou que o sucesso da resposta do mundo à epidemia depende da integração entre a ação e o planejamento.

"Enquanto executamos ações de emergência para garantir acesso universal à prevenção e ao tratamento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), devemos conseguir soluções a longo prazo, como uma vacina e microbicidas", disse Piot.

Piot encerrará amanhã o encontro bienal com um discurso intitulado "O status da resposta: o que falta para reverter a epidemia?". Segundo uma das premissas da Conferência, que reúne cerca de 5 mil cientistas de 135 países, uma vacina contra a doença dependerá essencialmente de um detalhado conhecimento dos canais de circulação do vírus e das condições genéticas da população atingida.

Entre os documentos técnicos apresentados hoje tiveram destaque os experimentos usando vetores de DNA, capazes de provocar uma resposta imune para controlar o vírus em organismos já infectados, neste caso em macacos rhesus.

"Vetores de DNA otimizados podem ser úteis, sejam sozinhos, em combinação com outras vacinas ou em tratamento conjunto com anti-retrovirais", aponta um estudo de um grupo de pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (EUA).

Outro grupo de cientistas, da Universidade de Milão (Itália), apresentou seus avanços no uso de agentes que aumentam as respostas imunes do organismo e permitem atrasar o início dos tratamentos com anti-retrovirais que freiam a multiplicação do HIV.

Os caros anti-retrovirais são o tratamento inibidor mais usado atualmente para prevenir o desenvolvimento da infecção da aids em pessoas recém expostas ou contaminadas com o vírus. Na área da prevenção, na sessão de hoje foi apresentado um estudo patrocinado pela Agência Nacional de Pesquisa da Aids da França (ANRS), que afirma que a circuncisão masculina protege contra a aquisição do HIV.

A hipótese, discutida há alguns anos, foi pesquisada agora por cientistas franceses em uma mostra aleatória em regiões da África Subsaariana com altos índices de contágio do HIV através do contato heterossexual. "A circuncisão masculina fornece um alto grau de proteção contra a infecção do HIV e é equivalente a uma vacina com 63% de eficácia", conclui o estudo.

Segundo os especialistas, esta prática poderia reduzir a incidência entre homens e indiretamente entre mulheres e crianças, devendo ser reconhecida e promovida internacionalmente.

Alguns estudos anteriores sugerem que a epiderme do pênis circuncidado se torna mais resistente e atua como uma barreira natural contra as infecções.

A África Subsaariana é a região do mundo mais afetada pelo HIV/aids, com mais de 25 milhões de pessoas contagiadas (7,4% da população). Os debates no Rio de Janeiro também discutem se os avanços da ciência estarão ao alcance dos doentes.

A organização Médicos Sem Fronteiras, presente na Conferência, pediu "medidas urgentes" para garantir o acesso aos remédios a preços acessíveis. "Alguns anti-retrovirais de primeira linha continuam fora do alcance financeiro em muitos países. Tratar uma criança custa quatro vezes mais que um adulto. Além disso, os remédios da segunda geração são até doze vezes mais caros que os antigos", afirmou a organização.


Fonte: Terra Notícias

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Vacina contra HIV
« Resposta #1 Online: 01 de Setembro de 2006, 19:07:02 »
Testes de vacina contra aids são encerrados com sucesso   
 
Um grupo de cientistas suíços encerrou com sucesso a primeira fase de testes de uma combinação de duas vacinas contra a aids, realizados simultaneamente em Londres e na cidade suíça de Lausanne, disse hoje o representante da pesquisa, Giuseppe Pantaleo. "Os resultados vão além de nossas expectativas", afirmou Pantaleo, chefe do Serviço de Imunologia do Hospital Vaudois, de Lausanne.
Em entrevista ao jornal Le Temps, o cientista disse que a combinação das duas vacinas - aplicadas em injeções separadas por um intervalo de 14 meses - provocou uma resposta imunológica à aids em 90% dos 20 voluntários que participaram dos testes. Concretamente, a combinação das duas vacinas - a DNA HIV C e a NYVAC HIV C - conseguiu estimular as células capazes de eliminar as infectadas pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), causador da aids.

Os resultados representam um avanço, já que em um primeiro teste clínico - realizado em 2004 pelo mesmo grupo de cientistas - apenas uma das duas vacinas (a NYVAC HIV C) foi aplicada e somente 45% das pessoas que a receberam reagiram positivamente. Calcula-se que, sem vacina, apenas uma de cada 100 mil células do sistema imunológico reage diante de um vírus desconhecido, como o HIV, enquanto depois da aplicação das duas vacinas, a taxa aumentou para uma de cada 100 células, afirmou Pantaleo.

Outro resultado positivo dos testes foi que "seis meses depois da última injeção, a resposta imunológica permaneceu praticamente igual". O médico anunciou que sua equipe prepara os testes da segunda fase com 200 voluntários, "o que permitirá confirmar os primeiros resultados e verificar a tolerância dos pacientes às vacinas".

No entanto, "estes testes serão mais difíceis de organizar, já que deveriam ser desenvolvidos nos países onde a cepa do vírus sobre a qual trabalhamos (a C) está mais presente", como nações da África subsaariana e do Sudeste asiático, afirmou Pantaleo. Nestas regiões, a cepa C é causadora de 55% das infecções, informou o cientista.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,17560,OI1115859-EI298,00.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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