Autor Tópico: Filme - A Corporação  (Lida 1742 vezes)

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Offline O Grande Capanga

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Filme - A Corporação
« Online: 11 de Setembro de 2010, 14:19:13 »
Quem já assistiu?

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A Corporação ataca questões éticas de grandes empresas



Os ataques às práticas éticas e sociais das grandes empresas que compõem o documentário A Corporação não serão novidade para a maioria dos liberais bem informados.

Mas a pesquisa bem feita, a apresentação clara e a correlação precisa com os escândalos recentes envolvendo grandes empresas norte-americanas devem incentivar os espectadores bem menos informados a refletir mais profundamente sobre o papel das grandes firmas no mundo.

Se tivesse sido exibido alguns anos atrás, A Corporação provavelmente tivesse passado desapercebido. Mas o destaque ganho por Fahrenheit 9/11 e os escândalos envolvendo empresas norte-americanas devem despertar o interesse do público. O fato de Michael Moore aparecer no filme, como entrevistado, é uma atração adicional.

A produção canadense é dirigida por Mark Achbar (Manufacturing Consent: Noam Chomsky and the Media) e Jennifer Abbot a partir de um livro de Joel Bakan.

O documentário começa com um breve histórico legal das grandes empresas. De acordo com a lei, as firmas têm os mesmos direitos que os indivíduos: podem processar, ser processadas, etc.

Mas o foco do filme está em mostrar que existe uma grande diferença entre o indivíduos e a corporação. Espera-se dos indivíduos que demonstrem responsabilidade ética e social. Já a corporação tem, por lei, apenas uma responsabilidade: garantir a seus acionistas o maior lucro possível.

O longa-metragem afirma que esta é uma abordagem unidimensional que conduz à exploração da força do trabalho, à devastação do meio ambiente, a fraudes contábeis e várias outras coisas do gênero.

WTC e o ouro
Para comprovar seu argumento, os cineastas entrevistam cerca de 40 pessoas, incluindo Noam Chomsky, Milton Friedman, Mark Moody-Smith (ex-presidente da Royal Dutch Shell) e os jornalistas Jane Akre e Steve Wilson, ex-funcionários da Fox News.

Os temas variam desde fábricas de fundo de quintal no Terceiro Mundo até a destruição do meio ambiente, passando pela patenteação do DNA.

Uma parte perturbadora do filme mostra um negociador de commodities, Carlton Brown, dizendo que, ao assistir ao ataque terrorista contra o World Trade Center, os dealers de ouro acharam que a tragédia teria um aspecto positivo, na medida em que faria o preço do ouro subir.

Os cineastas deram a executivos-chefes como Mooy-Smith a oportunidade de apresentar argumentos em favor da responsabilidade empresarial.

O que Moody-Smith quer mostrar é que existem alguns líderes bons nas grandes empresas, capazes de conduzi-las num rumo positivo.

Os diretores respondem que esses poucos bons líderes não serão capazes de impor uma responsabilidade ética a uma máquina construída com o objetivo único de auferir lucros.

Um raio de esperança é lançado por Ray Anderson, executivo-chefe da Interface, a maior fabricantes mundial de tapetes. Anderson se conscientizou da questão ambiental e reestruturou um terço de sua empresa, que vale 1,4 bilhão de dólares, com base em princípios ecologicamente sustentáveis.

"A Corporação" não é um trabalho de ativismo global que defenda a derrubada do capitalismo. Uma seção final do filme analisa como o poder das grandes empresas pode ser reduzido por meios legais e sociais.

Alguns trechos do filme, como um em que Michael Moore, antes do lançamento de "Fahrenheit", comenta por que a Disney lança filmes de um inimigo declarado das grandes empresas, como ele, estão datados, e o filme fala muito pouco da Worldcom ou da Enron.

Mesmo assim, será muito bem-vindo pela parte do público cujas preferências políticas se situam à esquerda do centro.

http://cinema.terra.com.br/ficha/0,,TIC-OI5111-MNfilmes,00.html

Offline Blues Brother

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Re: Filme - A Corporação
« Resposta #1 Online: 11 de Setembro de 2010, 19:18:46 »
Eu assisti e depois discuti algumas coisas do filme em sala de aula.

Apesar de ser claramente esquerdista, é um documentário bem diferente do estilo burlesco do Michael Moore.

Os documentarias entrevistam os CEO's das empresas visadas, permitem que eles deêm sua versão.

Eles entrevistam até o Milton Friedman e isso atesta sua tentativa de entender o "outro lado".

Michael Moore jamais fez ou fará isso, porque ele acredita que é portador exclusivo da verdade.

E não há dúvidas de que o capitalismo desregulado gera um monte de situações bizarras e cruéis:

O caso daquele país sul-americano onde o governo fez uma lei que impede as pessoas de colher água da chuva, uma vez que uma empresa era responsável exclusiva pelo fornecimento de água se sentia lesada com isso.

A lição que EU tirei do filme: o capitalismo funciona, mas tomemos as rédeas.


Offline O Grande Capanga

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Re: Filme - A Corporação
« Resposta #2 Online: 11 de Setembro de 2010, 20:22:35 »
Exatamente.

Esse é um filme esquerdista, mas não tem o que criticá-lo no sentido de dizer que tá errado.

O país em questão é a Bolívia e a cidade é Cochabamba.

O pior foi o caso da Monsanto.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Filme - A Corporação
« Resposta #3 Online: 12 de Setembro de 2010, 23:13:49 »
Eu assisti há alguns anos e achei bem interessante. Ainda não vi nenhum escrutínio detalhado sobre o que o filme coloca.

Não lembro se o filme chegava a ter um tom ou uma sugestão mais de extrema-esquerda, meio "vamos nos rebelar e instaurar o comunismo", acho que meio como o BB colocou, serve mais para jogar um balde de realidade no sonho dos "anarco"-capitalistas e libertários mais empolgados.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Filme - A Corporação
« Resposta #4 Online: 13 de Outubro de 2013, 17:58:41 »
<a href="http://www.youtube.com/v/t5QMzIBcIv8" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/t5QMzIBcIv8</a>

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We hear a lot about the negative effects of big business, and the deleterious effects of unethical corporate behaviour are undeniable. But it seems increasingly  likely that the most effective way of creating change would be to find more ways to harness the power of big business for good, rather than simply fighting an unwinnable war against it.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Filme - A Corporação
« Resposta #5 Online: 19 de Outubro de 2019, 14:20:33 »
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<a href="https://www.youtube.com/v/g7FaL4OaViQ" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/g7FaL4OaViQ</a>

Marc Benioff, chairman and co-CEO of Salesforce, joins "Squawk on the Street" to discuss his view that capitalism is "dead," and why he believes Big Tech may need to be broken up.



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<a href="https://www.youtube.com/v/e_BD71JGy2A" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/e_BD71JGy2A</a>

Pressure to integrate ESG factors into corporate culture means big business is shifting away from shareholder primacy and towards stakeholder capitalism. But is this move at the expense of profit?



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https://www.investopedia.com/terms/e/environmental-social-and-governance-esg-criteria.asp

What Are Environmental, Social, and Governance (ESG) Criteria?
Environmental, social and governance (ESG) criteria are a set of standards for a company’s operations that socially conscious investors use to screen potential investments. Environmental criteria consider how a company performs as a steward of nature. Social criteria examine how it manages relationships with employees, suppliers, customers, and the communities where it operates. Governance deals with a company’s leadership, executive pay, audits, internal controls, and shareholder rights.

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