Certo.
Mas para isto acontecer no modelo capitalista atual, implica em um consumo crescente de recursos naturais. Como compatibilizar a diminuição da pobreza, com o aumento da população e com o, provavelmente, explosivo aumento no consumo de recursos?
Isso é um basicamente um problema de engenharia. Alguns ecochatos radicais tentam usar esse argumento para defender uma
"volta a uma vida simples", viver no campo, cultivando para a subsistência. Trata-se de um caso de falta de imaginação e falta
de confiança na capacidade humana.
Imaginem, por exemplo, um mundo alternativo onde todas as viagens aéreas são feitas por
dirigíveis cheios de Hélio [1]. Os analistas, certo dia, concluem que o aumento do número de passageiros vai causar uma "crise do
Hélio": vai faltar gás para encher os dirigíveis, pois o Hélio é obtido de fontes não-renováveis [2].
Logo, concluem os catastrofistas, o melhor a fazer é obrigar todos a voltarem a
viajar de navio, pois nada poderá substituir os dirigíveis como meio de transporte aéreo...
[1] Sejam bonzinhos e imaginem que algo impeça o uso do Hidrogênio como substituto.
[2] A não ser que vocês estejam dispostos a esperar alguns milhões de anos para que os elementos radiativos
no solo emitam partículas alfa em quantidade suficiente.