Eu esse ponto da argumentação libertária/voluntarianista difícil de contra-argumentar. "Cobrança de impostos, é, essencialmente, roubo". Se não fosse roubo, seria uma contribuição voluntária, não fazendo sentido se falar em coisas como sonegação. Contribui-se o quanto se quiser.
Para serviços públicos isso não é tão problemático, não difere tanto do que seria uma cobrança por um serviço privado. A coisa complica mesmo para políticas redistributivas, que não são análogas a serviços, mas sim filantropia, caridade.
Ambas as coisas poderiam ser meio que mescladas, argumentando que a parte do imposto que vai para políticas sociais não difere da parte do preço de um produto que iria para filantropia/caridade, essa talvez seja uma forma de contra-argumentar, mas não me parece satisfatoria.
Outra que me lembro é a do "véu da ignorância". Se fôssemos trocar de papel com alguma outra pessoa aleatoriamente, preferiríamos que isso se desse numa sociedade onde há políticas que ajudam aqueles que estão em maior desvantagem, em comparação a uma sociedade onde é "cada um por si", em especial se o número daqueles vivendo mais confortavelmente for uma minoria.
Mas isso não resolve ainda a questão do roubo, não deixa de se poder dizer que preferiríamos viver onde houvesse uma gangue boazinha que roubasse dos ricos e redistribuisse aos pobres.
Outra coisa que me ocorre é que isso talvez seja uma visão meio tacanha de moralidade, que despreza o que vai ser daqueles que se beneficiam das políticas sociais do estado.