Autor Tópico: Eleições em Mianmá  (Lida 532 vezes)

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Eleições em Mianmá
« Online: 08 de Novembro de 2010, 15:21:13 »
Mianmar dá início a eleições inéditas em duas décadas

Mianmar começou a abrir neste domingo (noite de sábado no Brasil) seus postos de votação para as primeiras eleições nacionais do país em 20 anos.

Enquanto os generais no poder dizem que o pleito marcará uma transição para um regime democrático civil, críticos na oposição alegam que o processo é uma farsa.

Observadores internacionais e jornalistas estrangeiros não foram autorizados a acompanhar o processo eleitoral.

O principal partido da oposição, a Liga Nacional para a Democracia, liderado pela Prêmio Nobel Aung San Suu Kyi, está boicotando as eleições.

Suu Kyi foi vetada do pleito pelas leis do país. Em 1990, seu partido venceu as eleições, mas foi impedido de assumir o poder.

Boicotes

Participam do pleito 37 partidos e cerca de 3 mil candidatos, sendo que dois terços deles concorrem em legendas apoiadas pela junta militar no poder.

Segundo a oposição, autoridades estariam ameaçando demitir de seus empregos trabalhadores que não votassem para os candidatos oficialistas.

Na véspera das eleições, a polícia patrulhava as ruas do país, e lojas fecharam suas portas. A mídia estatal instou os cidadãos a votar e advertiu contra boicotes.

A internet saiu do ar nos últimos dias no país, o que, segundo críticos, é uma tentativa da junta militar de restringir as comunicações durante o período eleitoral.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/11/101106_mianmareleicoes_pai.shtml

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Re: Eleições em Mianmá
« Resposta #1 Online: 09 de Novembro de 2010, 11:22:53 »
Tailândia começa devolver 20 mil refugiados birmaneses a Mianmar

As autoridades tailandesas começaram nesta terça-feira a devolver a Mianmar (antiga Birmânia) os 20 mil birmaneses que cruzaram a fronteira entre domingo e segunda-feira para fugir dos confrontos entre guerrilheiros de etnia karen e o Exército birmanês, informaram fontes oficiais.

Os refugiados birmaneses que buscaram abrigo em Mae Sot, no lado tailandês, foram colocados em caminhões e caminhonetes, alguns da Organização Internacional para as Migrações, para retornarem a Myawady, no outro lado da fronteira.

Com os poucos pertences que dispõem, garrafas de água, comida e esteiras de palha entregues pela Cruz Vermelha e outras organizações humanitárias, os refugiados entravam nos caminhões.

Alguns poucos militares supervisionam as operações. Na grande esplanada do quartel militar que abrigou a maior parte dos refugiados na noite passada permanecem entre 1 mil e 2 mil birmaneses.

As autoridades tailandesas determinaram que Exército birmanês retome o controle de Myawady, depois de os insurgentes, membros de uma facção dissidente do Exército Budista para a Democracia Karen (DKBA), impedirem essa ação durante a noite e madrugada desta terça-feira.

Entre outros pontos-chave da fronteira birmanesa entre domingo e segunda-feira, os rebeldes atacaram Myawady, a Passagem de Três Pagodas para protestar pelas eleições parlamentares organizadas pela Junta Militar birmanesa.

O partido apoiado pela Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) anunciou nesta terça-feira que obteve 80% dos votos nas eleições do último domingo, enquanto a oposição democrática reconheceu sua derrota.

A ofensiva rebelde causou ao menos sete mortos e a fuga de 20 mil birmaneses para Tailândia.

O DKBA uniu-se à União Nacional Karen em 1995 e assinou cessar-fogo com o regime militar birmanês.

Diferentes guerrilhas étnicas birmanesas se prepararam e formaram alianças de ajuda para uma possível ofensiva do Exército birmanês após as eleições de domingo.

Mianmar é governada por militares desde o golpe do general Ne Win, em 1962.

Tailândia recebe em campos de refugiados há décadas cerca de 150 mil birmaneses.

O partido apoiado pela Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) anunciou nesta terça-feira que obteve 80% dos votos nas eleições do último domingo, enquanto a oposição democrática reconheceu sua derrota.

A informação, divulgada pela emissora de TV estatal, teve como base declarações de uma autoridade do Partido da Solidariedade e Desenvolvimento da União, liderado pelo atual primeiro-ministro, o general reformado Thein Sein.

O Partido Democrático e a Força Democrática Nacional - as duas maiores formações da oposição -, por sua vez, admitiram sua derrota e reconheceram o triunfo dos generais.

Por enquanto, o anúncio do partido governista não foi confirmado pela Comissão Eleitoral, que continua com a apuração, embora os primeiros resultados deixem claro que os militares chegarão à vitória, para, em teoria, a partir de agora governarem como civis.

A Constituição de 2008 reserva ao Tatmadaw (Forças Armadas) no mínimo 25% das cadeiras em ambas as câmaras do Parlamento, composto por 440 deputados e 224 senadores.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=26274403

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Offline Geotecton

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Re: Eleições em Mianmá
« Resposta #2 Online: 09 de Novembro de 2010, 21:22:04 »
Mianmar fica no planeta Terra?  ::)
Foto USGS

Offline Derfel

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Re: Eleições em Mianmá
« Resposta #3 Online: 09 de Novembro de 2010, 23:23:44 »
Por que Mianmá e não Mianmar no título do tópico? É algum trocadilho? :hein:

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Re: Eleições em Mianmá
« Resposta #4 Online: 10 de Novembro de 2010, 12:51:41 »
As duas formas são corretas no português. Originalmente se usava mais Mianmá e depois começou-se a usar Mianmar, para ficar mais parecido com a palavra em inglês, Myanmar. Mas como eu me acostumei a escrever da primeira forma quando ela era a mais comum, ainda a uso.

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Re: Eleições em Mianmá
« Resposta #5 Online: 12 de Novembro de 2010, 11:20:56 »
Primeiros resultados oficiais dão vitória arrasadora aos militares em Mianmar

Apuração se encontra em seu quinto dia

O braço político da Junta Militar de Mianmar alcançou uma arrasadora maioria de votos nas eleições do último domingo, segundo os resultados preliminares divulgados pela emissora de TV estatal nesta sexta-feira.

Por enquanto, o Partido da Solidariedade e Desenvolvimento da União obteve 133 das 147 cadeiras na Assembleia Nacional e 81 das 86 vagas no Senado. Há dois dias, um porta-voz do partido anunciou que a legenda teria ao redor de 80% dos votos. No mesmo sentido, a oposição democrática, encabeçada pelo Partido Democrático e pela Força Democrática Nacional, já havia assumido sua derrota.

Embora já seja certa a vitória do partido liderado pelo atual primeiro-ministro, o general reformado Thein Sein, a Comissão Eleitoral birmanesa continua com a lenta apuração, que já entra em seu quinto dia. As autoridades do país ainda não confirmaram uma data para anunciar os resultados oficiais do pleito, nem detalhou o sistema de apuração de votos em Mianmar, comandado por uma ditadura militar desde 1962.

Pela Constituição de 2008, o Tatmadaw (Forças Armadas) tem reservado no mínimo 25% das cadeiras em ambas as câmaras do Parlamento, composto por 440 deputados e 224 senadores.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/primeiros+resultados+oficiais+dao+vitoria+arrasadora+aos+militares+em+mianmar/n1237825338497.html

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Re: Eleições em Mianmá
« Resposta #6 Online: 31 de Março de 2011, 09:05:23 »
Junta militar entrega o poder a civis em Mianmar


O presidente Thein Sein (esq.) foi primeiro-ministro no governo militar

A junta militar que governava Mianmar foi oficialmente desfeita nesta quarta-feira após transferir o poder para um governo liderado por civis, de acordo com um comunicado divulgado na TV estatal do país asiático.

A medida - considerada pelos militares, que governaram o país por quase 50 anos, o último estágio da transição para uma 'democracia disciplinada' - ocorre quatro meses após as criticadas eleições gerais, consideradas nem livres nem justas por governos ocidentais e ativistas pró-democracia em Mianmar.

A nova administração civil é composta por generais afastados de suas funções, alguns militares ainda na ativa e tecnocratas.

O recém-empossado presidente, Thein Sein, que foi primeiro-ministro sob o regime militar de 2007 até este ano, afastou-se de suas funções como general para poder concorrer nas eleições de novembro.

Correspondentes dizem que o general que governou Mianmar por quase 19 anos, Than Shwe, deve manter ainda influência substancial nos bastidores, embora o comunicado da TV não tenha dito se o militar de 78 anos ocupará alguma posição.

Nobel

Dos 30 nomes do novo gabinete de governo, mais de dez pertenciam também à Junta. Apenas quatro dos integrantes são estritamente civis.

Críticos dizem que as eleições de novembro, as primeiras em 20 anos, foram orquestradas para que os militares continuassem no poder.

Um quarto dos assentos do Parlamento pertencem a nomeados pelos militares, e a grande maioria dos outros lugares ficou com candidatos apoiados pelas Forças Armadas.

O partido da vencedora do prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi venceu as últimas eleições realizadas anteriormente do país, em 1990, mas o pleito foi anulado pelos militares.

Ela boicotou as eleições de novembro, classificando-as de irregulares.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=28192793

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Re: Eleições em Mianmá
« Resposta #7 Online: 31 de Março de 2011, 09:35:28 »
É só teatro, o governo da Birmânia continua sendo uma ditadura...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

 

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