Autor Tópico: Invasão alienígena  (Lida 739 vezes)

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Offline Dr. Manhattan

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Invasão alienígena
« Online: 11 de Dezembro de 2010, 11:22:41 »
Em mais um dos seus ensaios provacantes, o escritor Charles Stross lança uma ideia curiosa (que ele não parece levar
100% absolutamente a sério): nós já estamos vivendo sob o controle de invasores alienígenas.

No caso, mentes coletivas que possuem objetivos que não necessariamente se alinham aos interesses dos humanos tomados
individualmente. Chamamos essas entidades de "corporações". Elas possuem existência legal, podem ser processadas e podemos
estabelecer contratos com elas. Porém, é possível (segundo ele) dizer que elas são mais - e ao mesmo tempo menos que humanas.

Pode não ser uma visão totalmente correta, mas não deixa de ser um ponto de vista interessante.

Para os anglófonos, mais em:

Citação de: Charles Stross

Invaders from Mars
By Charlie Stross

"Voting doesn't change anything — the politicians always win." 'Twas not always so, but I'm hearing variations on that theme a lot these days, and not just in the UK.

Why do we feel so politically powerless? Why is the world so obviously going to hell in a handbasket? Why can't anyone fix it?

Here's my (admittedly whimsical) working hypothesis ...

The rot set in back in the 19th century, when the US legal system began recognizing corporations as de facto people. Fast forward past the collapse of the ancien regime, and into modern second-wave colonialism: once the USA grabbed the mantle of global hegemon from the bankrupt British empire in 1945, they naturally exported their corporate model worldwide, as US diplomatic (and military) muscle was used to promote access to markets on behalf of US corporations.

Corporations do not share our priorities. They are hive organisms constructed out of teeming workers who join or leave the collective: those who participate within it subordinate their goals to that of the collective, which pursues the three corporate objectives of growth, profitability, and pain avoidance. (The sources of pain a corporate organism seeks to avoid are lawsuits, prosecution, and a drop in shareholder value.)

Corporations have a mean life expectancy of around 30 years, but are potentially immortal; they live only in the present, having little regard for past or (thanks to short term accounting regulations) the deep future: and they generally exhibit a sociopathic lack of empathy.

Collectively, corporate groups lobby international trade treaty negotiations for operating conditions more conducive to pursuing their three goals. They bully individual lawmakers through overt channels (with the ever-present threat of unfavourable news coverage) and covert channels (political campaign donations). The general agreements on tariffs and trade, and subsequent treaties defining new propertarian realms, once implemented in law, define the macroeconomic climate: national level politicians thus no longer control their domestic economies.

Corporations, not being human, lack patriotic loyalty; with a free trade regime in place they are free to move wherever taxes and wages are low and profits are high. We have seen this recently in Ireland where, despite a brutal austerity budget, corporation tax is not to be raised lest multinationals desert for warmer climes.

For a while the Communist system held this at bay by offering a rival paradigm, however faulty, for how we might live: but with the collapse of the USSR in 1991 — and the adoption of state corporatism by China as an engine for development — large scale opposition to the corporate system withered.

We are now living in a global state that has been structured for the benefit of non-human entities with non-human goals. They have enormous media reach, which they use to distract attention from threats to their own survival. They also have an enormous ability to support litigation against public participation, except in the very limited circumstances where such action is forbidden. Individual atomized humans are thus either co-opted by these entities (you can live very nicely as a CEO or a politician, as long as you don't bite the feeding hand) or steamrollered if they try to resist.

In short, we are living in the aftermath of an alien invasion.


fonte: http://www.antipope.org/charlie/blog-static/2010/12/invaders-from-mars.html#comments
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Alan Watts

Offline Gigaview

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #1 Online: 11 de Dezembro de 2010, 18:38:36 »
A Apple está considerando sair da China depois das denúncias de trabalho escravo em suas fábricas. Isso tem um impacto negativo no seu marketing. O Macdonald's há alguns anos teve que rever o uso de embalagens de poliestireno por pressão dos consumidores e recentemente pelo mesmo tipo de pressão passou a adotar politicas de esclarecimento mais detalhadas sobre o conteúdo nutricional de seus produtos. As discussões sobre o aquecimento global também tem provocado discussões pararelas entre empresas, como esse evento que aconteceu em Cancun simultâneo ao evento principal, para discutir a redução dos impactos das políticas e estratégias das empresas no meio ambiente. Portanto, se as corporações não fossem humanas e não tivessem objetivos humanos jamais seria permitido que as pessoas fossem capazes de interferir. O autor se esquece que as pessoas formam mercados e são os mercados que sustentam as corporações. A concorrência entre corporações também mantém afastada a idéia de uma manipulação das massas e consequentemente desses mercados.

A analogia com uma invasão alienígena não sobrevive a uma análise mais profunda.
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Offline Contini

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #2 Online: 11 de Dezembro de 2010, 19:01:24 »
Interessante ponto de vista Giga! Intuitivamente eu tendia para esta explicação considerando o fator humano, seu post cristalizou rssa idéia.

Mas espero que o Enio não leia em ingles!
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Offline Gigaview

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #3 Online: 11 de Dezembro de 2010, 21:04:37 »
Grandes corporações tendem a se comportar com os traços da personalidade de seus CEOs tanto que muitas vezes incorrem em erros estratégicos primários porque tendem a se comportar como pessoas. Steve Jobs apostou erradamente no Newton contrariando pesquisas de mercado e fez o mesmo com o NeXT por paixâo á tecnologia. É só ver como é a pessoa Steve Jobs para entender a corporação Apple. Bill Gates desprezou a Web e suou para colocar o Internet Explorer no nível do NetScape. Quando Steve Balmer assumiu a Microsoft ficou claro que se havia um fantasma diferente na máquina. A Polaroid entrou tarde demais no mercado de câmeras digitais pela falta de visão de sua cúpula diretiva. Esses traços de pernonalidade são considerados e ponderados cuidadosamente em análises de estratégias competitivas. Muitas vezes, é possível identificar um padrão de reação de uma empresa a mudanças no ambiente de negócios baseando-se na personalidade de seus dirigentes e antecipar movimentos competitivos.

Portanto, a analogia alienígena só faz sentido se alienígenas estivessem no comando de corporações, ainda assim com objetivos humanos. Seriam esses alienígenas humanos? Daria um belo roteiro para um texto scifi.
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Offline _tiago

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #4 Online: 11 de Dezembro de 2010, 22:52:13 »
Giga,

Você alega que as empresas sofrem pressão de seus consumidores e, por isso, mudam sua postura pra algo mais "aceitável"; mas por que eu não poderia simplesmente dizer que elas assim fizeram pensando nesses objetivos alegados pelo autor?
Acredito que você considera que o objetivo de um único indivíduo é diferente do objetivo de um conjunto de indivíduos. Tomada essa perspectiva e considerando que o objetivo último de uma empresa é o lucro, até quando e o quanto de uma decisão individual é realmente eficaz ou mesmo isenta dessa pecha considerada pelo autor?
E por que a concorrência entre corporações seria incapaz de anienar um indivíduo? Nem toda manipulação é intencional, muito menos explícita; não afirmo, mas não descarto. :P

Por que dizer que as empresas refletem a personalidade de seus dirigentes invalida a distinção alegada pelo autor? Distinção não
significa independência e ambas as criaturas do autor estão de mãos dadas, é natural que uma interfira na outra.

Offline Gigaview

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #5 Online: 11 de Dezembro de 2010, 23:54:13 »
Giga,

Você alega que as empresas sofrem pressão de seus consumidores e, por isso, mudam sua postura pra algo mais "aceitável"; mas por que eu não poderia simplesmente dizer que elas assim fizeram pensando nesses objetivos alegados pelo autor?
Acredito que você considera que o objetivo de um único indivíduo é diferente do objetivo de um conjunto de indivíduos. Tomada essa perspectiva e considerando que o objetivo último de uma empresa é o lucro, até quando e o quanto de uma decisão individual é realmente eficaz ou mesmo isenta dessa pecha considerada pelo autor?
E por que a concorrência entre corporações seria incapaz de anienar um indivíduo? Nem toda manipulação é intencional, muito menos explícita; não afirmo, mas não descarto. :P

Por que dizer que as empresas refletem a personalidade de seus dirigentes invalida a distinção alegada pelo autor? Distinção não
significa independência e ambas as criaturas do autor estão de mãos dadas, é natural que uma interfira na outra.

De fato, acredito que pode ser possível em situações de monopólio ou de oligopólio. Nesses casos pouco importa o feed-back do mercado com consumidores fiés por falta de opção mas muito provavelmente insatisfeitos. Num cenário competitivo acho difícil estabelecer e conduzir estratégias com orientação "não-humana" pois sempre haverá uma corporação oferecendo o que o mercado demanda, portanto "humanamente" orientada.

Desconheço tentativas de manipulação economicamente viáveis  que foram bem sucedidas para uma corporação. Vontade não falta, mas os riscos e os custos de mídia envolvidos descartam qualquer iniciativa nesse sentido.

Se os dirigentes são humanos e elas (as corporações) decidem como humanos, porque os objetivos seriam "nâo humanos"?


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Offline Enio

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #6 Online: 12 de Dezembro de 2010, 00:28:10 »
Eu sigo a posição de me manter na dúvida quanto à existência de aliens na Terra.

Offline Gigaview

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #7 Online: 12 de Dezembro de 2010, 00:38:43 »
Um dos problema com os crentes é que eles são incapazes de discutir metáforas.
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Offline Geotecton

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #8 Online: 12 de Dezembro de 2010, 01:25:45 »
Um dos problema com os crentes é que eles são incapazes de discutir metáforas.

O que são "metáforas"?  :P
Foto USGS

Offline Dr. Manhattan

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #9 Online: 12 de Dezembro de 2010, 14:12:46 »
Concordo na maior parte com você - existem mecanismos de controle das corporações (a questão de sua eficácia é discutível, no entanto),
e desprezo as opiniões mais conspiracionistas sobre a ação das empresas, mas no que se refere a

Desconheço tentativas de manipulação economicamente viáveis  que foram bem sucedidas para uma corporação. Vontade não falta, mas os riscos e os custos de mídia envolvidos descartam qualquer iniciativa nesse sentido.

Você consideraria a inclusão do IE no Windows uma forma de manipulação? Ou (olhando mais no passado) a proibição da
coleta da sal na Índia? Ou as artimanhas da indústria do tabaco contra as evidências dos males do cigarro?

No que se refere à moralidade dos empresários, não podemos esquecer das experiências de Milgram e do experimento da
prisão de Stanford.

E lembre-se que o Jobs já chegou a ser chutado da Apple pela diretoria.

Citar
Se os dirigentes são humanos e elas (as corporações) decidem como humanos, porque os objetivos seriam "nâo humanos"?


Você já viu uma multidão enfurecida? Ela é composta por humanos mas coletivamente tende a agir como um réptil acuado.

Resumindo, a verdade deve estar em algum lugar entre os dois extremos, e acho que o Stross está ciente disso.
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Alan Watts

Offline Gigaview

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Re: Invasão alienígena
« Resposta #10 Online: 13 de Dezembro de 2010, 04:01:36 »
Concordo na maior parte com você - existem mecanismos de controle das corporações (a questão de sua eficácia é discutível, no entanto),
e desprezo as opiniões mais conspiracionistas sobre a ação das empresas, mas no que se refere a

Desconheço tentativas de manipulação economicamente viáveis  que foram bem sucedidas para uma corporação. Vontade não falta, mas os riscos e os custos de mídia envolvidos descartam qualquer iniciativa nesse sentido.

Você consideraria a inclusão do IE no Windows uma forma de manipulação? Ou (olhando mais no passado) a proibição da
coleta da sal na Índia? Ou as artimanhas da indústria do tabaco contra as evidências dos males do cigarro?

No que se refere à moralidade dos empresários, não podemos esquecer das experiências de Milgram e do experimento da
prisão de Stanford.

E lembre-se que o Jobs já chegou a ser chutado da Apple pela diretoria.

Citar
Se os dirigentes são humanos e elas (as corporações) decidem como humanos, porque os objetivos seriam "nâo humanos"?


Você já viu uma multidão enfurecida? Ela é composta por humanos mas coletivamente tende a agir como um réptil acuado.

Resumindo, a verdade deve estar em algum lugar entre os dois extremos, e acho que o Stross está ciente disso.


Na época, a Microsoft tinha market share próximo a 90% do mercado. Entramos naquela situação em que o cliente tem fidelidade por falta de opção. Mesmo assim a Microsotf foi processada inicialmente na Europa e depois nos EUA e foi obrigada a incluir a opção de desinstalar o IExplorer. Isso mostra que existem mecanismos de controle para inibir tentativas de asfixiar a concorrência e a Microsoft teve que ceder.

A tributação do sal data de 1825 e durou até 1930 e foi uma estratégia do governo britânico. Não acho um bom exemplo no contexto da discussão das corporações apátridas e sem objetivos humanos como nos diz o texto, pelo contrário, exemplifica a tentativa de manter a Índia sob o julgo inglês, com uma dose enorme de patriotismo do ponto de vista deles.

Em relação à indústria do tabaco, quem está vencendo a guerra? As corporações tabagistas já estiveram entre as mais poderosas do mundo e mantinham relações de interesse tributário com a maioria dos governos dos países aonde estavam estabelecidas. O que aconteceu então com a manipulação? Com a administração alienígena? Por que perderam terreno? Por que sucumbiram aos interesses de uma vida saudável (objetivo humano) das pessoas? Porque foram incapazes de sustentar mentiras. O mercado disse não e venceu, apesar do lucro enorme dos governos com impostos.

Não vejo que a experiência de Milgran ou a da prisão de Stanford se apliquem ao mundo corporativo porque existe visibilidade das práticas gerenciais, meios de comunicação eficientes e a possibilidade da pessoa se desvincular da empresa a qualquer momento. Nos dois casos, as condições da experimento são muito diferentes daquelas encontradas nas empresas, apesar de no passado, no ínico da revolução industrial poderem ser aplicadas. Uma criança acorrentada a um tear para ganhar o salário que pagava apenas a sua alimentação poderia ser um exemplo. No mundo atual, o caso do trabalho escravo na China teve repercursão mundial e forçou a Apple a um posicionamento junto aos seus acionistas e consumidores. A vigilância no mundo corporativo é orientada por práticas centradas no controle de qualidade. Essas práticas são conhecidas e as empresas em geral se orgulham delas e chegam a disponbilizar ou vender esse know-how. A GE, por exemplo, manda seus executivos para a Disney University para aprender com eles.  

Essa história conheço bem e daria um outro tópico. Jobs foi chutado por John Sculley (que conhecí pessoalmente) por outros motivos que estavam longe de qualquer intenção manipuladora. Jobs era um pentelho egocêntrico, genial, que colocou em batalha campal (literalmente, com socos e pauladas) a equipe do Macintosh com a equipe do Apple II. Faltou ao Sculley talento para entender o mercado e administrar a Apple que estava rachando em duas. Jobs dançou. Assim como Sculley que dançou pouco tempo depois por estar afundando a empresa. Administração alienígena? Pode ser se considerarmos que ele veio da Pepsi (ele era casado com a filha do CEO da Pepsi) e não entendia patavinas de informática, apesar de ter uma patente de um tubo de TV como engenheiro.

Novamente, não acho que o exemplo seja pertinente. Uma corporação está longe de ser uma multidão enfurecida, é composta por uma multidão recrutada, selecionada segundo as necessidades da empresa e treinada para desempenhar funções tendo em vista objetivos bastante claros a todos. Toda estratégia empresarial preconiza um objetivo global baseado na visão que a empresa tem do futuro. Dessa estratégia global, abrangente e portanto genérica, são desenvolvidas as estratégias funcionais para se atingir os desdobramentos desse objetivo global. Daí vem os objetivos de marketing, de produção, de finanças, de recursos humanos, de logistica, de informação, etc e suas respectivas estratégias que são desdobradas em práticas em níveis táticos. Nenhuma corporação esconde seu ojetivo global e geralmente ele aparece colado junto com a missão nos elevadores e corredores das empresas.

Acho que Stross não entende bulhufas de business, de economia e de marketing.
« Última modificação: 13 de Dezembro de 2010, 04:04:04 por Gigaview »
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