Autor Tópico: Contra China, EUA e Vietnã forjam aliança  (Lida 356 vezes)

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Contra China, EUA e Vietnã forjam aliança
« Online: 14 de Dezembro de 2010, 03:05:26 »
Contra China, EUA e Vietnã forjam aliança

Unidos pela oposição à política chinesa para o Sudeste Asiático, EUA e Vietnã atravessam o melhor momento das relações bilaterais desde o fim da guerra, há 35 anos. A aproximação inclui aumento das relações comerciais, colaboração militar e até negociações para um acordo nuclear.

Quinze anos depois que o então presidente Bill Clinton restabeleceu as relações diplomáticas, a visita de altos funcionários americanos ao Vietnã já virou quase uma rotina: a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o da Defesa, Robert Gates, estiveram lá nos últimos meses.

O comércio bilateral também tem se beneficiado. No ano passado, chegou a US$ 15,4 bilhões, contra apenas US$ 1 bilhão em 2001, quando os dois países firmaram um tratado comercial.

A balança tem sido bastante favorável para o Vietnã, que tem nos EUA seu principal comprador. Um dos frutos mais surpreendentes dessa aproximação é a negociação de um acordo nuclear para fins civis, pelo qual os EUA transfeririam tecnologia nuclear e urânio enriquecido ao Vietnã, algo impensável poucos anos atrás.

O realinhamento tem como pano de fundo as cada vez mais difíceis relações entre Pequim e Hanói por causa de disputas territoriais e a estratégia do governo Barack Obama de conter a influência chinesa na Ásia.

FRICÇÃO

Dezenas de pescadores vietnamitas foram presos nos últimos meses por patrulhas chinesas na região das ilhas Paracel, reclamadas por ambos os países e tomadas por Pequim em 1974.

“Nos últimos três anos, a assertividade chinesa tem provocado fricção nas relações com o Vietnã e se tornou a fonte mais séria de insegurança no Sudeste Asiático”, diz o analista Carlyle Thayer.

Os EUA dão sinais cada vez mais claros de apoio ao Vietnã na disputa. Em sua primeira visita, Hillary provocou a ira dos chineses ao afirmar que o Mar do Sul da China é “interesse nacional” americano e se oferecer para mediar disputas.

Pequim classificou o discurso como “praticamente um ataque contra a China”. “O Vietnã tem uma difícil disputa territorial com a China e tem buscado usar o poder americano para aumentar seu poder de barganha, mas no final será um peão sacrificado no jogo de poder dos EUA”, disse, em agosto, o almirante chinês Yang Yi.

Pequim prefere negociações bilaterais para lidar com a disputa de cerca de 200 territórios nessa região, de ilhas a pequenos rochedos, com Vietnã, Brunei, Malásia, Taiwan, Indonésia e Filipinas, todos diplomaticamente mais próximos dos EUA.

O apoio diplomático tem ganhado contornos militares. Um mês após o discurso de Hillary, em agosto, o destróier USS John McCain foi ao Vietnã para comemorar os 15 anos de restabelecimento das relações diplomáticas. As duas Marinhas realizaram as primeiras atividades em conjunto desde a guerra.

http://www.forte.jor.br/2010/12/12/contra-china-eua-e-vietna-forjam-alianca/

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Re: Contra China, EUA e Vietnã forjam aliança
« Resposta #1 Online: 19 de Dezembro de 2010, 12:54:54 »
Tudo isso faz parte de uma grande estratégia para isolar e cerca a China por todos os lados não a deixando expandir influência no Pacífico. De momento apenas a Coreia do Norte e a Birmânia estão na mão de Pequim. É preciso que a China seja contida e que o PCC seja obrigado a abrir o regime político, e só o fará se perceber que o país ficará politicamente isolado se o não fizer, com perigo do Ocidente pender para a Rússia e a India... Entretanto, o Brasil terá de definir a sua grande estratégia própria pois o seu papel conta e contará cada vez mais...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

 

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