Repórter da BBC mostra a vida do povo indígena Khanty, na SibériaO fotógrafo russo Fedor Telkov, que mantém um fotoblog na página da internet em russo do Serviço Mundial da BBC, viajou para a Sibéria para conhecer o povo indígena Khanty, cujo estilo de vida é ameaçado pela indústria de produção de petróleo.
Os Khanty vivem da caça, da pesca e da criação de renas. Os animais são usados como transporte, sua carne pele é usada na produção de agasalhos e sua carne consumida.
No entanto, os campos de extração de petróleo instalados na área ameaçam o equilíbrio natural, já que afugentam os ursos - predadores naturais das renas - aumentando a concentração destes animais em outras partes da região.
Telkov visitou a família Kazamkin, que, como muitas famílias Khanty, aderiram ao "turismo étnico" para aumentar os ganhos. Eles recebem turistas que querem conhecer o estilo de vida índigena.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/12/101223_galeria_siberia_cc.shtml

O fotógrafo russo Fedor Telkov, que mantém um fotoblog na página da internet em russo do Serviço Mundial da BBC, viajou para a Sibéria para conhecer o povo indígena Khanty, cujo estilo de vida é ameaçado pela indústria do petróleo.

Muitas famílias Khanty passam parte do ano nos acampamentos de criação de renas. O bebê Anton Kazamkin, de um ano, aprenderá a prever o tempo pelas estrelas e como "ler" as pegadas dos animais.

Cada membro da família tem sua própria rena no rebanho comum. Os animais são usados no transporte, sua pele transformada em agasalhos e sua carne consumida como alimento.

Os Khanty têm que proteger as renas dos ursos, seus predadores, que são considerados sagrados. Quando um urso é abatido, eles fazem uma cerimônia para reconciliar o espírito do animal com o do caçador.

Apesar da importância da caça, os Khanty procuram manter as populações animais sustentáveis. A caça ilegal feita por caçadores vindos das cidades prejudica seu estilo de vida.

No inverno, a temperatura chega a 60 graus negativos. Casas como a da família Kazamkin, na foto, são aquecidas por fornos baratos a gasolina, uma das principais despesas da família.

As ferramentas e peles de animais usadas como roupa e carnes congeladas são guardadas em cabanas que ficam sobre estacas, para protegê-las de animais selvagens.

As famílias passam as noites no interior das casas, cozinhando, costurando ou preparando a pesca e a caça.

Nesta área havia um campo de extração de petróleo; para abrir uma estrada em meio à taiga (vegetação local), rios foram drenados, árvores foram cortadas e pastos foram destruídos.

Muitas famílias Khanty como os Kazamkin aderiram ao "turismo étnico", e recebem algumas pessoas em suas casas em determinadas épocas do ano. Na foto, Yekaterina Kazamkina, de 55 anos.