Autor Tópico: Em nome do conhecimento, cientistas não têm medo de pagar mico  (Lida 559 vezes)

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Em nome do conhecimento, cientistas não têm medo de pagar mico
« Online: 28 de Dezembro de 2010, 02:49:51 »
Em nome do conhecimento, cientistas não têm medo de pagar mico

Vida de cientista, ao contrário do que muita gente pensa, não é sinônimo de moleza no conforto do laboratório. Na hora das pesquisas, a maioria não tem medo de pagar mico, enfrentar adversidades climáticas ou deixar de lado banho quente e energia elétrica.

Para estudar os efeitos da falta de sono no comportamento sexual de ratos, a biomédica Tathiana Alvarenga, 28, doutoranda da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), precisa ficar acordada junto com suas cobaias.

Como esses bichos são mais ativos durante a noite, isso significa longas madrugadas observando os animais fazerem sexo.

E não vale nem cochilar: num intervalo de 30 minutos, alguns machos conseguem até três ejaculações.

"É cansativo, mas a gente acaba se acostumando", diz a pesquisadora, que enfrenta madrugadas insones há cerca de cinco anos.

Também na Unifesp, a bióloga Vanessa Kahan, 27, vira noites investigando os efeitos da falta de sono na cicatrização de camundongos.

"Meu pai não se conforma com essa rotina", diverte-se a cientista, que garante não se incomodar com os olhares de desconfiança e as provocações da família e dos amigos.


A biomédica Tathiana Alvarenga, doutoranda da Unifesp, no laboratório onde estuda a privação de sono em ratos

Por causa de sua pesquisa com carrapatos em animais silvestres, a bióloga Vanessa Ramos também se acostumou a ouvir piadinhas.

Como o melhor horário para pegar os bichos é de manhã bem cedo, ela normalmente acorda antes do sol nascer e se embrenha no mato atrás desses artrópodes de quem a maioria tenta fugir.

Para não espantar os carrapatos, nada de repelentes ou outros métodos químicos. Resultado: algumas picadas de recordação.

"No início eu tinha medo. Principalmente por causa das doenças que eles podem provocar, como a febre maculosa. Mas, agora que eu já me acostumei com a'" rotina de segurança, já não tem problema nenhum", afirma.

Bem longe do mato, geneticistas da USP e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) têm projetos -distintos- que envolvem células-tronco presentes no sangue menstrual.

Assim como a medula óssea, o sangue menstrual tem células com alta capacidade de diferenciação, sendo um tratamento promissor para doenças musculares e até para diminuir a rejeição de órgãos transplantados.

O difícil, garantem os cientistas, é convencer as mulheres a doar. O procedimento, que envolve uma espécie de copinho de silicone, ainda provoca desconfiança.

Ainda assim, um time de mais de 30 mulheres já se inscreveu para, literalmente, dar o sangue pela ciência.



http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/850960-em-nome-do-conhecimento-cientistas-nao-tem-medo-de-pagar-mico.shtml

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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