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Polícia trava ataque a jornal que publicou caricaturas de Maomépor CATARINA REIS DA FONSECA Poderia ter sido o mais grave ataque terrorista da história da Dinamarca, mas intervenção das autoridades permitiu evitar uma tragédia iminente.Cinco homens estavam a planear entrar nas instalações do jornal Jyllands-Posten, o diário que em 2005 publicou 12 caricaturas do profeta Maomé, e "matar o maior número de pessoas possível". O plano foi ontem revelado pela agência de segurança nacional dinamarquesa (PET), após a detenção do grupo terrorista.O director da PET, Jakob Scharf, anunciou em comunicado que a polícia conseguiu travar um "ataque terrorista iminente" e que "os suspeitos podem ser classificados como militantes islamitas com ligações a redes internacionais de terrorismo."De acordo com a mesma nota, o grupo de homens planeava forçar a entrada das instalações do jornal, em Copenhaga, e matar o maior número possível de pessoas presentes. O plano de ataque foi considerado pela polícia como "o mais sério de sempre" no país.Numa operação conjunta com a SAPO, a agência de segurança sueca, as autoridades dinamarquesas detiveram quatro elementos do grupo na Dinamarca e o quinto na Suécia. Três dos homens detidos residiam na Suécia, sendo que um deles era de origem tunisina. De acordo com a PET, os três viajaram para a Dinamarca na noite de 28 para 29 deste mês. O suspeito que vivia na Dinamarca é um jovem iraquiano que tinha a decorrer um processo de pedido de asilo.No momento da detenção foi encontrada uma metralhadora, um silenciador e munições.Reagindo ao anúncio das autoridades, o ministro da Justiça dinamarquês, Lars Barfoed, considerou "assustador" o plano que estava prestes a ser posto em prática. "Estas detenções confirmam que há pessoas que estão preparadas para cometer actos de terrorismo directamente contra a Dinamarca e os interesses dinamarqueses. Infelizmente, temos de enfrentar esta situação", declarou Barfoed.Também assustado com a descoberta ficou o director executivo do Jyllands-Posten, Lars Munch. "É chocante para nós e para os nossos colaboradores e famílias ver outra vez o nosso local de trabalho sob ameaça", escreveu Munch no site do seu jornal.Esta não é a primeira vez que ocorrem detenções ligadas à publicação das caricaturas de Maomé - as representações do profeta são consideradas blasfémia pelos muçulmanos. Em Julho, três homens foram presos na Dinamarca, suspeitos de estarem a planear ataques relacionados com as caricaturas. Há três meses, um belga de origem chechena foi preso depois de ter provocado uma pequena explosão em Copenhaga.O autor dos desenhos, Kurt Westergaard, tem sido obrigado a viver 24 horas por dia rodeado de seguranças, a fim de se proteger contra as ameaças de morte que tem recebido de grupos radicais.
Pelo titulo do tópico pensei que a policia é que tinha atacado o jornal.