Autor Tópico: Sudão do Sul  (Lida 1878 vezes)

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Offline SnowRaptor

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Sudão do Sul
« Online: 09 de Janeiro de 2011, 21:33:55 »
Citação de: [url=http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4879612-EI294,00-Sul+do+Sudao+define+seu+futuro+em+plebiscito+historico+no+domingo.html]Terra[/url]
Sul do Sudão define seu futuro em plebiscito histórico no domingo
Duas décadas de guerra e uma complicada transição culminam neste domingo em um plebiscito histórico no sul do Sudão que, segundo previsões, determinará o nascimento de uma nova nação, a primeira deste século.

Um total de 3,9 milhões de sudaneses estão convocados às urnas para decidir se querem seguir vinculados ao norte do país ou desejam a secessão. Se a proposta de separação do sul for aprovada, o novo país só poderá ser oficializado a partir de julho deste ano, respeitando um acordo de paz com o norte.

"Já não há um retorno para a guerra", afirmou nesta sábado o presidente do Governo autônomo do sul do Sudão, Salva Kiir. "Não há um substituto para a coexistência pacífica", acrescentou, em referência aos vínculos que quer manter com o norte se a população optar pela secessão.

A votação se prolongará por sete dias, e o resultado final será divulgado em meados de fevereiro, mas no final de janeiro já haverá uma tendência clara, segundo as autoridades.

Uma pesquisa prévia organizada por uma agência semioficial indicou que a opção da separação é apoiada por 96% dos eleitores, enquanto 4% são favoráveis a manter unidade.

"Vamos criar o país mais novo no planeta. Há muito tempo as pessoas estão esperando por esta votação", disse Mike Ding, um dos muitos partidários da secessão.
A votação é fruto dos acordos de paz assinados entre o norte e o sul do Sudão em 2005, após duas décadas de uma guerra que deixou dois milhões de mortos.

Desde esse pacto, o sul viveu com um governo autônomo e, com o tempo, os laços com o norte foram se apagando tanto no plano político quanto no militar e no econômico.
[...]
Elton Carvalho

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Offline SnowRaptor

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #1 Online: 09 de Janeiro de 2011, 21:35:19 »
No na BandNews que os 20% católicos do sul controlam 98% das reservas de petróleo do país.

Por que será que querem tanto a independência? ::)

Como o governo sudanês (?) é esperto, todas as refinarias de petróleo ficam no norte do país.

Esse é um dois principais impasses para a divisão...
Elton Carvalho

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Offline Liddell Heart

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #2 Online: 03 de Fevereiro de 2011, 18:41:41 »
No na BandNews que os 20% católicos do sul controlam 98% das reservas de petróleo do país.

Por que será que querem tanto a independência? ::)


Eles querem independência porque o atual governo do norte cometeu "genocídio" contra a população do sul, por motivações puramente religiosas. As medidas contra tais crimes foram vetadas pela China, que não queria perder um parceiro comercial.
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Offline SnowRaptor

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #3 Online: 03 de Fevereiro de 2011, 18:50:21 »
Com uma população sobre um território que tem 98% das reservas de petróleo do país, acho difícil aceitar que as motivações sejam pruamente religiosas.
Elton Carvalho

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #4 Online: 03 de Fevereiro de 2011, 20:09:33 »
Com uma população sobre um território que tem 98% das reservas de petróleo do país, acho difícil aceitar que as motivações sejam pruamente religiosas.


Bem, a disputa entre norte e sul é puramente religiosa, porém existem várias etnias/tribos internas que possuem divergências entre si. A separação só foi cogitada recentemente, é tanto que a China, que apoiava o governo do norte,  teve que mudar radicalmente sua estratégia.

Acho que as motivação econômicas foram aquelas que impediram a separação, não o catalisador desta.
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Offline Geotecton

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #5 Online: 03 de Fevereiro de 2011, 22:16:47 »
Eu acho que os dois fatores são importantes. A da parte étnico-religiosa pode ser observada em Darfur.
Foto USGS

Offline Barata Tenno

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #6 Online: 03 de Fevereiro de 2011, 22:43:14 »
Os soldados lutam pelo fator religioso e os generais pelo fator economico.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline SnowRaptor

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #7 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 00:19:44 »
Os soldados lutam pelo fator religioso e os generais pelo fator economico.

É por aí.
Elton Carvalho

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #8 Online: 04 de Fevereiro de 2011, 09:02:04 »
E nada do resultado?
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Offline uiliníli

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #9 Online: 09 de Julho de 2011, 11:39:40 »
Hoje acordamos com um novo país no mundo, após anos de guerra civil, o Sudão se dividiu em dois países.

O Sudão do Sul já foi reconhecido por vários países, como os EUA, em parte graças ao apoio dos evangélicos, pois o novo país tem maioria cristã e animista, em contraste com o islamismo que predomina no norte.

Mas, nem bem nasceu, o país já se encontra possivelmente a beira de uma guerra contra os ex-compatriotas do Sudão. As fronteiras não estão bem definidas ainda e um dos pontos de atrito, como não podia deixar de ser, é um província fronteiriça produtora de petróleo. Há também a questão religiosa, os conflitos entre cristãos e muçulmanos estavam no cerne da guerra civil que acabou em 2005, quando Cartum tentava impor a lei islâmica às minorias religiosas da região.
« Última modificação: 09 de Julho de 2011, 11:42:05 por uiliníli »

Offline uiliníli

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #10 Online: 09 de Julho de 2011, 11:44:49 »
Um novo Estado do zero
09 de julho de 2011 | 0h 00

Gilles Lapouche

A Terra contará hoje com um novo Estado, o Sudão do Sul. De onde ele saiu? Até aqui, ele era apenas a parte sul do Sudão, aquele país independente desde 1956 que sucedeu ao antigo Sudão anglo-egípcio, formado no tempo da grande "partilha" da África em 1899 (mais justamente no tempo do desmembramento da África realizado pelos europeus no Congresso de Berlim de 1878).

Por que o Sudão do Sul se separou do Sudão? Depois de uma longa guerra civil entre o norte (capital Cartum) habitado por muçulmanos e o sul cristão e animista, um conflito assassino, as populações do sul votaram quase unanimemente pela independência no início do ano.

Mas alguém me explique como é a passagem, o nascimento, de uma nova nação, quando esse país é pobre como Jó, desértico, carente de tudo e habitado por 80% de analfabetos? Eis a resposta: uma passagem ruim. E ainda pior porque o país do qual o Sudão do Sul se separou faz de tudo para essa independência ser uma abominação. Por que o Sudão de Cartum se obstina contra o Sul? Por muitas razões, entre as quais a seguinte: embora o Sudão do Sul seja de uma pobreza desesperadora, ele possui petróleo. Três quartos do petróleo do Sudão provinham de sua província meridional, hoje independente.

O Sudão do Sul tem até uma capital, Juba, que tinha 200 mil habitantes em 2006. Hoje, possui 1 milhão. Uma capital do "Ocidente", com boom imobiliário e anarquia ilimitada. O governo ocupa um palácio presidencial luxuoso. Algumas vias asfaltadas atravessam a capital. O problema é que todas as vias do país são confiscadas pela capital. No restante do país, contam-se apenas 10 quilômetros de vias asfaltadas.

Em Juba, podem-se admirar alguns hotéis de boa aparência que não servem aos sul-sudaneses e sim aos funcionários internacionais e às ONGs que fervilham sobre o novo país. Essas pessoas podem pagar US$ 200 de diária. Uma prostituta em Juba entrega seu corpo por menos de US$ 10.

E o que se encontra nas ruas? Antes de tudo, barulho. O barulho dos mototáxis chineses, os "boda-boda", que disparam em meio à poeira. O barulho dos entregadores que transportam em seus carrinhos de mão legumes, botijões de água e os objetos de funilaria de que precisa um país que não produz nada. Nas ruas, "desocupados" procuram um modo de sobreviver. E há também os chineses. Quem imaginaria um novo Estado surgindo na África sem brigadas de chineses participando da epopeia? Alegra ver surgir um Estado e saber que as populações oprimidas do sul estão livres das garras do Sudão, o do norte - mas ao mesmo tempo angustia.

Como esse país carente de infraestrutura, sem a sombra de uma indústria e analfabeto poderá resistir à raiva, ao desprezo e à cobiça da gente do norte? A esperança é o petróleo. O Sudão é rico em petróleo. E, embora 80% do petróleo seja extraído dos territórios do sul, as exportações são escoadas inteiramente pelo norte, pelo Mar Vermelho, graças a dois imensos oleodutos.

Essa divisão de tarefas entre as duas metades do Sudão deveria condenar os dois Estados ao entendimento. Esse seria o caminho da sabedoria. Infelizmente, a agressividade que os soldados do norte exibem há algumas semanas fazem recear que a palavra "sabedoria"não tenha uma reputação muito boa nessas plagas. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

É CORRESPONDENTE EM PARIS

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110709/not_imp742629,0.php

Offline Hold the Door

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #11 Online: 09 de Julho de 2011, 11:53:05 »
Em breve teremos intervenções militares internacionais para defender a soberania do novo Estado.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Offline Geotecton

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #12 Online: 09 de Julho de 2011, 13:03:50 »
Em breve teremos intervenções militares internacionais para defender a soberania do novo Estado.

Os marines e os rangers estão chegando!
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Offline Pagão

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #13 Online: 09 de Julho de 2011, 14:24:45 »
É uma nação em construção com uma identidade própria que se torna estado soberano... o Estado nacional aparece pois como uma tentativa de solução visando a paz... não é reprimindo os nacionalismos naturais que se constrói um mundo eventualmente melhor... mas antes aceitando cada povo - nação - estado e procurando que todos trabalhem em conjunto... e, assim, naturalmente também, venham a aceitar regras e formas de integração em entidades supranacionais... DEPOIS de lhes ser reconhecida sua a identidade nacional.
Cada nação que se liberta torna o mundo melhor..., pois a alternativa é mera opressão. Apesar de todos os perigos, o nacionalismo de povos subjugados ainda é uma força de libertação que pode resolver conflitos longos e sangrentos.
O problema é o nacionalismo exagerado de estados poderosos e de facto imperialistas.
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Unknown

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #14 Online: 09 de Julho de 2011, 19:00:14 »
Presidente do Sudão do Sul promete paz em regiões fronteiriças

Salva Kiir ofereceu anistia a grupos armados que lutam contra seu governo e prometeu trabalhar com líder sudanês, Omar al-Bashir

Em seu primeiro dia como presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir prometeu promover a paz em regiões fronteiriças e ofereceu anistia a grupos armados que lutam contra o seu governo, horas depois de seu Estado ter declarado independência do norte neste sábado.

O Sudão do Sul nasceu neste sábado, depois que a separação venceu um referendo realizado em janeiro, resultado de um acordo de paz de 2005, responsável pelo fim de décadas de guerra civil contra o norte.

"Eu quero assegurar ao povo de Abyei, Darfur, Nilo Azul e Kordofan do Sul que não os esquecemos. Quando vocês choram, nós choramos. Quando vocês sangram, nós sangramos", afirmou Kiir na cerimônia de independência na capital Juba. "Eu prometo a vocês que acharemos uma paz justa para todos", afirmou, acrescentando que trabalhará com o presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, para cumprir esse objetivo.

Todas as regiões que ele mencionou estão na problemática fronteira que o sul divide com o norte e que, segundo especialistas, podem reacender as tensões após a separação. Abyei é uma região rica com reservas de petróleo, que ambos os lados reivindicam. Darfur é palco de uma insurgência que já dura oito anos contra Cartum. Nilo Azul e Kordofan do Sul ficam na parte norte, mas têm grandes populações que ficaram do lado do sul durante a guerra civil.

Em discurso neste sábado, o presidente sudanês, Omar al Bashir, afirmou que o êxito da nova República do Sudão do Sul será igualmente um êxito para Cartum. "Respeitamos nossos compromissos em relação ao novo Estado do Sudão do Sul e vamos ajudá-los em seus primeiros passos, já que desejamos que triunfem. Seu êxito será nosso êxito", declarou Bashir ante milhares de sulistas, durante a cerimônia de independência.

Bashir também pediu paz e relações fraternais entre o sul e o norte, depois de várias décadas de conflito. "É nossa responsabilidade comum construir (uma relação) de confiança, que permitirá resolver as questões em suspenso", acrescentou.

Juramento

Ao tomar posse como líder do novo país, Salva Kiir prestou juramento como primeiro presidente do Sudão do Sul e assinou a Constituição transitória, comprometendo-se a "favorecer o desenvolvimento e o bem-estar do povo do Sudão do Sul".

O Sudão do Sul se proclamou independente neste sábado, separando-se do norte depois de cinco décadas de conflitos que mergulharam o novo país em uma miséria da qual espera sair graças a suas ricas reservas de petróleo. O novo país celebrou seu primeiro dia como Estado independente ao erguer sua nova bandeira em meio a comemorações populares pelas ruas.

Uma multidão saiu às ruas de Juba à meia-noite de sexta-feira para sábado, para celebrar a proclamação da independência. Ao soar os sinos de meia-noite, uma explosão de alegria comemorou a chegada do primeiro dia de vida do novo Estado. "Somos livres! Somos livres! Adeus ao norte, bem-vinda a felicidade!", clamava em meio à multidão Mary Okach.

"Lutamos muitos anos e esse é nosso dia, vocês não podem imaginar como me sinto", declarou por o estudante universitário Andrew Nuer, 27 anos, que viajou do Cairo especialmente para assistir aos festejos da independência.

O ruído era ensurdecedor na capital do novo Estado, cujo céu iluminou-se com fogos de artifício enquanto carros e ônibus repletos de pessoas que percorriam as ruas com bandeiras do Sudão do Sul em suas portas e janelas, enquanto os motoristas buzinavam.

Líderes

Horas antes da meia-noite, diversos líderes mundiais, entre eles 30 líderes africanos e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegaram a Juba para as comemorações da independência do novo Estado. "O povo do Sudão do Sul realizou seu sonho. A ONU e a comunidade internacional continuará do lado do Sudão do Sul", declarou Ban Ki-moon ao chegar ao aeroporto da capital.


Moradores do Sudão do Sul comemoram status de novo país, na capital Juba


Na sexta-feira, o governo sudanês de Cartum reconheceu nesta sexta-feira a futura República do Sudão do Sul, apesar de questões-chave ainda precisarem ser resolvidas entre ambos os países, como o estatuto das províncias fronteiriças em disputa.

Neste sábado, o presidente americano, Barack Obama, anunciou que os Estados Unidos reconhecem formalmente a República do Sudão do Sul. "Em um momento em que sudaneses do sul empreendem a dura tarefa de construir seu novo país, os Estados Unidos prometem acompanhá-los enquanto buscarem segurança, desenvolvimento e um governo responsável, que realize suas aspirações e respeite os direitos humanos", disse o presidente americano em comunicado.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também anunciou o reconhecimento oficial por parte do Reino Unido. "Nós acolhemos o Sudão do Sul na comunidade de nações e e estamos ansiosos para estabelecer laços mais estreitos entre o Reino Unido e o Sudão do Sul nos próximos meses e anos vindouros", afirmou Cameron em texto oficial.

Guerras

Entre 1955, um ano antes da independência da Sudão (até então uma colônia anglo-egípcia), e 2005 os rebeldes sulistas entraram em duas guerras contra Cartum reclamando maior autonomia. Os conflitos arrasaram a região, deixaram milhões de mortes e levara à desconfiança recíproca entre os dois lados do país.

O acordo de paz firmado em 2005 pelo líder dos rebeldes John Garang - alguns meses antes de sua morte num acidente de helicóptero - e o então presidente do Sudão Ali Osman Taha abriu um novo capítulo que possibilitou o referendo sobre a independência, realizado em janeiro deste ano.

A nova nação deve enfrentar grandes desafios, como os confrontos na fronteira que já provocaram 1,8 mil mortes neste ano, problemas de infraestrutura, um dos indicadores sociais menos desenvolvidos do mundo, negociações sobre a separação de bens e a reestruturação de setores com o Norte.

Veja fotos: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/presidente+do+sudao+do+sul+promete+paz+em+regioes+fronteiricas/n1597072580317.html

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Offline uiliníli

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #15 Online: 09 de Julho de 2011, 19:07:29 »

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Re:Sudão do Sul
« Resposta #16 Online: 11 de Julho de 2011, 09:55:15 »
Um novo país que não tem nem 10 km de asfalto... e com bastante petróleo.

O único jeito desse Sudão do Sul (deveriam escolher outro nome) dar certo, vai ser com muito financiamento estrangeiro e ocupação militar estrangeira, do contrário, o Sudão do Norte vai tentar invadir e novamente serão décadas de guerra civil sangrenta.
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Re:Sudão do Sul
« Resposta #17 Online: 14 de Março de 2012, 11:43:24 »
Sudão e Sudão do Sul concordam com demarcação de fronteira comum

Mediadores da União Africana dizem que um primeiro acordo foi feito entre o Sudão e o Sudão do Sul durante conversas nesta terça-feira.

Os dois países concordaram em princípio com a demarcação de sua fronteira comum. Cada país também deverá garantir liberdade de movimentação e residência a cidadãos do país vizinho.

O ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, que coordena as conversas, disse que o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, faria sua primeira visita ao país vizinho desde sua independência para a assinatura do acordo.

No entanto, discordâncias cruciais ainda permanecem entre os dois países, principalmente por questões relacionadas ao petróleo.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2012/03/120314_sudao_sudaodosul_cc_rn.shtml

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