O terremoto que atingiu a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, deixou um saldo, até o momento, de 113 mortos e cerca de 200 desaparecidos, além de um grande prejuízo material. Ironicamente um dos prédios mais afetados foi a catedral, cuja torre solapou após o tremor que atingiu a cidade com 6,3 na escala de magnitude.
Earthquake Details
Magnitude 6.3
Date-Time Monday, February 21, 2011 at 23:51:43 UTC
Tuesday, February 22, 2011 at 12:51:43 PM at epicenter
Location: 43.600°S, 172.710°E
Depth: 5 km (3.1 miles)
Region: SOUTH ISLAND OF NEW ZEALAND
Distances NEAR Christchurch, New Zealand
225 km (140 miles) SSE of Westport, New Zealand
305 km (190 miles) SSW of WELLINGTON, New Zealand
310 km (190 miles) NE of Dunedin, New Zealand
Location Uncertainty horizontal: +/- 12.2 km (7.6 miles); depth +/- 0.6 km (0.4 miles)
Parameters: Nph= 0, Dmin=0 km, Rmss=0.98 sec, Gp= 0,
M-type="moment" magnitude from initial P wave (tsuboi method) (Mi/Mwp), Version=D
Source: Institute of Geological and Nuclear Sciences, Lower Hutt, New Zealand
Fonte: USGS
Apesar de ter sido um terremoto com magnitude de média para alta, os estragos causados por ele foram maiores do que o normalmente observado para a magnitude de 6,3. A explicação para isto reside no tipo de subtrato do local e na posição da cidade em relação às grandes estruturas geotectônicas.
A cidade de Christchurch foi erigida sobre depósitos arenosos e siltíticos quaternários que assentam-se em uma planície litorânea, bordejada por alguns maciços gnáissicos e graníticos, em uma configuração que lembra a planície litorânea do estado do Paraná. Estes depósitos são pouco ou nada consolidados e que rapidamente se desagregam quando submetidos a algum tipo de
stress.
Em termos geoestruturais a cidade de Christchurch fica próxima ao final leste da falha transcorrente de Greendale. Um aspecto muito interessante, é que há indícios que uma nova falha tenha sido instalada (ou que foi reativada) na região, pois há relatos de que a superfície foi rompida continuamente em certos locais, com um bloco sendo colocado sobre o outro, o que denota um pequeno encurtamento crustal, acomodado por uma falha de empurrão.
Em termos geotectônicos, o leste da Nova Zelândia está próximo da zona de subducção da placa do Pacífico sob a placa da Austrália, em um segmento extremamente ativo em termos sísmicos.