Comecei a locar filmes de terror no começo da puberdade, com o intuito de sentir medo, me assustar, ficar apavorado com alguma cena. Consegui três vezes:
1) a primeira vez que vi
O exorcista, na cena que a possuída, após bater na mãe e jogá-la contra a parede, vira o pescoço para trás; tomei um susto depois de ter dado risada em quase o filme todo.
2) A cena final de
Carrie, mas muito mais por ser algo inesperado do que por ser, de fato, assustador.
3) Nas primeiras cenas de
Nightmare on Elm Street, por incrível que pareça, era mais assustador quando eu achava que era só sonho mesmo. Quando vi que Freddy Krueger dialogava com o mundo real, qualquer vestígio de medo foi embora.
É meio difícil se assustar com algo que você sabe que não existe, mesmo você entrando no mundo do filme e se colocando na situação do personagem. Mas depois descobri o quanto é legal e divertido assitir junto a outra pessoa que se borra de medo, grita, se descabela, sai correndo, tapa o olho para não ver.
O terror é uma das minhas melhores lembranças de infância. Além dos filmes, brincávamos de contar história de terror, inventávamos o "quarto do terror" e até fazíamos festa de terror. Eu tinha um incrível talento de ser aterrorizante e assustar todo mundo nessas brincadeiras.