Para os desavisados, toda fonte de energia é "entrópica", no sentido de que se utiliza de um aumento de entropia para uma transdução energética. Naturalmente, no caso de acumuladores de energia, como pilhas e baterias, é necessária uma diminuição de entropia (no dispositivo) às custas de um aumento da entropia do ambiente, o que, é claro, está de acordo com a impossibilidade de se criar energia sem expensas várias. A diferença, aqui, é que aproveita-se uma diferença de entropia já naturalmente em fluxo, em detrimento da necessidade de se produzir um sistema para tal, o que não é muito diferente de uma hidrelétrica. Mas, em termos de impactos ambientais, isto é interessante.
O Brasil está na melhor posição para este aproveitamento energético, como se esperaria. Um aproveitamento global desta energia, segundo o artigo, forneceria em torno de 13% das atuais necessidades energéticas do planeta. Não é muito, mas, considerando a "economia de impacto ambiental" (talvez... não se sabe sobre a real aplicabilidade técnica em larga escala), pode ser algo importante, principalmente se associado às outras formas de pouco impacto, como usinas eólicas e solares. Resta saber sobre os aspectos financeiros e de engenharia de larga escala, para avaliar sua efetiva viabilidade.