Vegetais e frutas, hoje em dia, contêm menos nutrientes que no passado (além de ficarem sem gosto). Houve quedas de até 37% nos níveis de ferro, cálcio, potássio, fósforo, vitaminas A, B2 e C e proteínas. Outros minerais, como magnésio e zinco e vitaminas (B6 e E), também devem ter caído, mas não há valores antigos para comparação.
Isto é causado por vários fatores:
- O solo está ficando esgotado, cada vez com menos minerais. Os fertilizantes artificiais repõem uma parte deles, mas apenas aqueles necessários ao seu crescimento e produtividade.
- O solo fértil, desprotegido pelo desmatamento, é carregado pelas chuvas. Em algumas regiões dos EUA, verificou-se que a superfície estava quase 2m abaixo do nível do final do século 19.
- Novas variedades são desenvolvidas, mas o objetivo não é o conteúdo nutricional e sim a produtividade, adaptação ao clima, rapidez de crescimento, imunidade às pragas, tamanho e resistência à deterioração (para que suportem melhor o transporte e possam ficar mais tempo nas prateleiras).
- As frutas e os vegetais são colhidos ainda verdes e amadurecem durante a armazenagem e o transporte, portanto não contêm muitos dos nutrientes que só recebem no final do crescimento.
- Devido ao crescimento mais rápido, há menos tempo para a troca de nutrientes entre as raízes e os fungos e bactérias do solo (sem falar em que estes são prejudicados pelos pesticidas).
Voltar aos métodos antigos não é uma solução, já que sua produtividade é muito baixa e não conseguiria alimentar 7 bilhões de pessoas, sem falar em que a produção não resistiria ao transporte e armazenamento e teria que ser consumida localmente.
Fonte:
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=soil-depletion-and-nutrition-loss&page=1