Tópico: Brasileiro eleito para a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos

[Lakatos]

Brasileiro eleito para a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos
Radicado em Nova York, Michel Nussenzweig lidera grupo de pesquisa em imunologia

Maria Guimarães

O entusiasmo com a ciência faz parte do cotidiano desde a infância de Michel Nussenzweig, hoje imunologista na Universidade Rockefeller, em Nova York, Estados Unidos. “Parece ser uma coisa incrível de se fazer”, percebeu o menino já durante os primeiros anos de vida no Brasil, onde nasceu, e em Nova York a partir dos 12 anos, onde os pais – os renomados parasitologistas Victor e Ruth – foram fazer um pós-doutorado e acabaram se instalando. Ele ainda tentou um leve desvio pela medicina, mas, como os pais (também médicos), se encantou com o funcionamento das células e acabou na pesquisa científica. Rota cujo brilho acaba de ser reconhecido com a eleição, anunciada em 3 de maio, para a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Eleito na cota de pesquisadores norteamericanos, Nussenzweig se junta na Academia a outros sete brasileiros dos quais o mais recente (2007) é o neurocientista Iván Izquierdo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

O imunologista resume sua pesquisa de forma simples: “Sou um cientista básico, mas sou também médico”. A combinação o leva a investigar o sistema imunológico desde a origem e o funcionamento das células envolvidas na defesa do organismo, até contribuir para testes clínicos que buscam de fato desenvolver terapias contra doenças.

Uma das linhas de pesquisa em seu laboratório examina a função das células dendríticas, que Nussenzweig estuda desde o doutorado com o seu descobridor, Ralph Steinman, também da Universidade Rockefeller. “Estamos procurando a forma de mandar antígenos especificamente para essas células e induzir uma resposta imunológica”, conta.

A equipe do brasileiro novaiorquino também tem tido sucesso com estudos sobre anticorpos humanos que combatem o vírus HIV, causador da Aids. O trabalho rendeu, nos últimos anos, dois artigos na prestigiosa revista Nature e já se mostrou bem-sucedido em testes com macacos resos. “A aplicação de anticorpos protetores que algumas pessoas produzem defenderam os macacos da doença”, explica, de olho nos estudos clínicos que em breve testarão a ideia em seres humanos. Nussenzweig não participa dessa fase, mas está por trás dela: “Vão usar anticorpos produzidos pelo método que inventei”. Os resultados lhe conferem um certo otimismo em relação à vacina contra a Aids: “É difícil? Sim, mas não é impossível”.

Bem instalado na Rockefeller, com equipe de primeira linha, laboratório equipado e uma sala espaçosa e agradável, o pesquisador não deixa de lamentar a distância que o separa da ciência brasileira. “O Brasil faz pouco uso dos seus cientistas que estão no exterior”, comenta, lembrando a política do governo chinês de incluir em seu capital intelectual os pesquisadores instalados em outros países, resultando em desenvolvimento científico e transferência de tecnologia para o país. Se o Brasil tomar iniciativas desse tipo, ele desde já se candidata.

http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=71546&bd=2&pg=1&lg=

[uiliníli]

Michel Nussenzveig? Será parente do Moysés Nussenzveig?

[Geotecton]

Michel Nussenzveig? Será parente do Moysés Nussenzveig?

E quem é ele?

[Lakatos]

Michel Nussenzveig? Será parente do Moysés Nussenzveig?

Acho que sim. Senão isso aqui seria muita coincidência.

Edit.: Tenho quase certeza que o Michel é sobrinho do Moysés, mas ainda não achei comprovação.

[uiliníli]

Michel Nussenzveig? Será parente do Moysés Nussenzveig?

Acho que sim. Senão isso aqui seria muita coincidência.

Edit.: Tenho quase certeza que o Michel é sobrinho do Moysés, mas ainda não achei comprovação.

Isso aí é o que a dinastia Nussenzveig chama de churrasco de fim de semana
Imagino a rivalidade entre os físicos e os médicos da família

[Lakatos]

Michel Nussenzveig? Será parente do Moysés Nussenzveig?

Acho que sim. Senão isso aqui seria muita coincidência.

Edit.: Tenho quase certeza que o Michel é sobrinho do Moysés, mas ainda não achei comprovação.

Isso aí é o que a dinastia Nussenzveig chama de churrasco de fim de semana
Imagino a rivalidade entre os físicos e os médicos da família

São os Bernoulli do Brasil...

[Barata Tenno]

Eu acho esse ufanismo meio idiota.... O cara nasceu no Brasil, mas estdou e trabalho a maior parte da vida nos EUA. Qual o sentido de uma reportagem enaltecendo as origens dele? Não é cono se o fato dele ter nascido no Brasil influenciasse de alguma maneira no sucesso da pesquisa dele....

[3libras]

não barata, simplesmente a origem dele torna o fato noticiável para nós brasileiros.

diferente dos outros que venham a ser eleitos.

[Barata Tenno]

não barata, simplesmente a origem dele torna o fato noticiável para nós brasileiros.

diferente dos outros que venham a ser eleitos.

E é exatamente isso que eu não compreendo. O cara nem terminou o ginasial aqui, a origem dele é irrelevante.

[Geotecton]

não barata, simplesmente a origem dele torna o fato noticiável para nós brasileiros.

diferente dos outros que venham a ser eleitos.

E é exatamente isso que eu não compreendo. O cara nem terminou o ginasial aqui, a origem dele é irrelevante.

Eu concordo com o Barata e me remete a uma anedota dos início dos anos 70, quando alguns afirmaram, em minha cidade, que Neil Armstrong havia nascido no sul do Brasil e se mudado ainda bebe para o EUA.

Mesmo que fosse verdade, ainda assim seria irrelevante.

[uiliníli]

Também tem um mito de que o Fidel é paraense.

[Chemistry]

Origem irrelevante...[3]

[Lakatos]

Não acho a reportagem ufanista: ela está homenageando o brasileiro, e não o Brasil. Pelo contrário, ela até mostra o Michel dizendo que o Brasil deveria utilizar mais o conhecimento de seus cientistas que estão no exterior, a exemplo da China. Creio que o objetivo da reportagem é causar a ideia de "oh, nossos cientistas estão sendo usados lá fora porque não temos capacidade de mantê-los aqui, e pra piorar os estamos esquecendo, ao invés de usá-los em nosso prol." Ou seja, não é exatamente "ufanista".

[3libras]

não barata, simplesmente a origem dele torna o fato noticiável para nós brasileiros.

diferente dos outros que venham a ser eleitos.

E é exatamente isso que eu não compreendo. O cara nem terminou o ginasial aqui, a origem dele é irrelevante.

Você não entende que alguém que tenha vivido no brasil seja mais noticiavel que alguém que não tem ligação nenhuma com o país?

[Südenbauer]

Não acho a reportagem ufanista: ela está homenageando o brasileiro, e não o Brasil. Pelo contrário, ela até mostra o Michel dizendo que o Brasil deveria utilizar mais o conhecimento de seus cientistas que estão no exterior, a exemplo da China. Creio que o objetivo da reportagem é causar a ideia de "oh, nossos cientistas estão sendo usados lá fora porque não temos capacidade de mantê-los aqui, e pra piorar os estamos esquecendo, ao invés de usá-los em nosso prol." Ou seja, não é exatamente "ufanista".

Eu penso no impacto positivo desse tipo de fato. Imagine, por exemplo, que este cientista tivesse vindo de uma cidadezinha esquecida no interior do Brasil e decida dar uma palestra nas escolas dali para mostrar onde ele chegou mesmo tendo as mesmas origens simples daquelas crianças. É algo que abala nossa imaginação e amplia nossos horizontes.

É claro que esse é um exemplo dramático e não se aplica ao caso do supracitado. Mas a mensagem é que todos nós precisamos de exemplos/inspiração/visão.