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BC orienta população a recusar ‘cédulas rosadas’São Paulo (AE) - O Banco Central (BC) orientou a população e o comércio a recusar notas de reais manchadas de rosa. Essas cédulas, que já circulam no Estado de São Paulo, ficaram rosadas após roubos a caixas eletrônicos. Nesses casos, um sistema específico dos equipamentos 24 horas tingiu todos os reais, assim que o lacre do depositário de notas se rompeu. As cédulas rosadas devem ser retidas e enviadas ao Banco Central. Quem depositá-las, porém, não perderá o valor. As notas serão enviadas pelos bancos ao BC, que examinará a veracidade e estabelecerá um prazo para o ressarcimento. O governo considera as notas manchadas como “danificadas” e pretende tirá-las da praça e destruí-las, assim como ocorre com as rasgadas, rabiscadas ou malconservadas. A ação toma por base a Lei 8.697 de 1993.Júnior SantosDispositivo foi criado para desestimular roubo de máquinas de autoatendimento, alvos de explosõesDispositivo foi criado para desestimular roubo de máquinas de autoatendimento, alvos de explosõesA instituição pede que comerciantes e consumidores fiquem atentos quando receberem trocos e pagamentos. E recusem notas tingidas. O BC deve divulgar em breve uma regulamentação sobre as cédulas, que está em fase de estudos com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A Polícia Civil reuniu-se com representantes dos bancos para estabelecer as normas de recebimento das notas.Nas agências, está sendo feito uma espécie de recibo do portador, com cadastro nominal e de documentos como RG e CPF. A intenção da polícia é investigar a origem das cédulas, com base no registro final. Ontem, o Banco do Brasil comunicou os primeiros cinco casos de recebimento à polícia.A Polícia Civil disse que o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) e as delegacias dos bairros também vão receber e apreender as notas para encaminhamento a Brasília. O Deic esclareceu que os portadores não serão enquadrados em crime de receptação de item roubado ou furtado.A tecnologia que tinge as cédulas de rosa quando quadrilhas especializadas explodem caixas eletrônicos é usada na França, Bélgica e Suíça. Ela foi adaptada aos terminais de autoatendimento brasileiros pela empresa TecBan, que também opera a rede Banco 24 horas no País. Segundo a empresa, todos os 12 mil caixas eletrônicos do Banco 24 horas existente no Brasil têm o sistema instalado. A empresa também apresentou a solução à Febraban, para que seja testada em outros bancos privados.A tecnologia começou a ser implementada em maio do ano passado, quando a TecBan detectou a ação criminosa em sua rede. A empresa estima em 65 o número de terminais do Banco 24 horas estourados por bandidos. Do início do ano até a primeira quinzena deste mês, houve 122 casos na Grande São Paulo. De cada quatro caixas, um foi explodido.Por motivo de segurança, a empresa não revela como o sistema funciona, mas diz que a força da explosão espalha a tinta, e respingos cor-de-rosa atingem todas as cédulas da máquina. A intenção é coibir a ação das quadrilhas e o uso das cédulas no comércio, além de rastrear o destino.