O uso dos antiretrovirais em combinação ("coquetel") reduz a carga viral nos indivíduos portadores do HIV , impedindo a imunodeficiẽncia mas não a presença viral no sangue e demais líquidos corporais. O uso do antiretroviral em um indivíduo portador do HIV ( mas ainda sem diagnostico devido à janela imunológica) antes da doação não protegeria o receptor de se contaminar.
Por outro lado o uso "profilático" do antiretroviral em receptores é impraticável porque:
a) o tempo de manutenção da terapia é por 30 dias , com custo elevado e ocorrẽncia de efeitos adversos ( especialmente gastrointestinais) em 30-40%.
b) a eficácia de prevenção é de 81 % , ou seja , mesmo corretamente utilizada , quase um quinto dos indivíduos receptores de sangue contaminado podem se tornar portadores do vírus.
c) se um indivíduo está necessitando de hemotranfusão é porque tem um quadro de anemia grave e tudo que ele não precisa é correr o risco de ter a somação de efeitos adversos da profilaxia do tratamento.
A melhor solução , mas que ainda não está disponível para uso clínico , seriam os substitutos da hemoglobina (sangue artificial) mas as moléculas testadas até agora ,embora tenham capacidade carreadora de oxigẽnio compatível com a hemoglobina, acarretarm incidẽncia aumentada de eventos adversos cardiovasculares , possivelmente por estimular mecanismos de formação de coágulos ( efeito pró-trombótico).