Quem se interessa pelo ceticismo focado no paranormal deve estudar os "cases" da época vitoriana.
Essa época é interessantíssima. Teve o Arthur Conan Doyle que produziu um personagem fantástico (Sherlock Homes) que jamais iria ser enganado por fadas ou espíritos devido ao seu raciocínio lógico e investigativo e que no entanto, ele próprio (o autor) acreditava nessas bobagens com a inocência de uma criança. Teve, Crookes, um cientista brilhante, que se apaixonou por uma médium e viveu vários anos cercado de picaretas espiritóides. Teve Faraday que elucidou o fenômeno das mesas girantes. Teve Houdini, o lelé da cuca do Flammarion, Freud (que chegou a se interessar pela telepatia), dentre tantos outros. O ilusionismo avançou nessa época com truques espetaculares e se não fossem os mágicos que se entregavam ao desmascaramento de médiuns, a onda espiritóide teria se arrastado século XX a dentro como aconteceu aqui em terra brasilis.
Derren Brown, James Randi, Richard Wiseman (sim, um mágico com Phd em Psicologia), Penn&Teller, o brasileiro Chronus seguem a linha de Houdini e fazem um ótimo trabalho de esclarecimento público sobre o bullshit paranormal.
A biografia de Houdini, por sí só já é um prato cheiro.